quarta-feira, 29 de julho de 2009

Pra ver na TV à Cabo - HOMEM ARANHA 3

Obs:. Revirando algumas matérias antigas que não entraram no site reformulado me deparei com matéria do último filme do Aracnídeo. Já viu? Não viu? Vale a dica pra alugar na locadora:

por Luciana Werneck

Depois do sucesso dos dois filmes anteriores do Homem-Aranha, chega as telas o esperado terceiro filme deste simpático herói. Desta vez, Peter Parker não precisa enfrentar um mega vilão, agora são três e poderosos. Já deu pra perceber que o que não falta é ação, efeitos especiais e muita pancadaria. Para quem gosta de cenas de boa luta, este filme é diversão garantida! A única ressalva é que, por serem três vilões, o potencial deles não foi explorado tanto quanto mereciam, afinal o filme é curto e o espaço limitado, mas valeu pela inovação.
É possível que os mais críticos tenham reservas quanto a este filme, isso porque desta vez o roteiro não foi tão bem cuidado. A história é boa, os personagem foram respeitados, mas alguns detalhes do enredo parecem feitos as pressas como final de novela que termina antes do prazo previsto, sem o cuidado merecido. Esta costuma ser a falha de vários filmes de heróis quando se prioriza extremamente a ação. Mas não se assuste, estas falhas atrapalham, mas não chegam a estragar o filme.
Homem-Aranha 3 é divertido e o bom humor característico da trilogia e do personagem garantem boas risadas. Ele valeu o valor do ingresso na época, especialmente para ver o lado mau do Peter Parker. É hilariante!

E pra não dizerem que a matéria é velha, aqui vão cenas INÉDITAS!

NO MUNDO DA LUA!

por Renato Rodrigues

Um pequeno passo pra um homem, um passo menor ainda pra humanidade. Fiz meu perfil no Twitter... só faltam me dizer pra que serve essa &*%$#!

Falando nessas modernidades modernas, já imaginaram como seria a cobertura jornalísta se o Homem chegasse na Lua nos dias de hoje? Não? Claro que não, você tem o que fazer, mas esses caras abaixo não, clica aê.


segunda-feira, 27 de julho de 2009

Um amigo partiu



Os lobos do Alcatéia prestam sua homenagem ao amigo Miguel Farage Neto, que sempre esteve conosco nos eventos de Brasília. Parte da organização do Kodama, Miguel sempre soube ser amigo e manteve o bom humor em todas as ocasiões, inclusive quando soube que nós tínhamos vendido sua Alcatéia autografada, que ele tinha comprado e deixado no estande pra pegar depois. Miguel sempre deu sua risada sincera e gostosa e sempre e ose lembrou dos amigos cariocas, dando uma força sempre que podia. No sábado, Miguel dormiu e não acordou. Morreu como viveu. Gentil e com uma expressão de contentamento e serenidade. Ele e seu fiel guarda-chuva, seu rabo de cavalo, seu bonezinho e sua barba, ficarão na nossa memória. Que ele possa nos perdoar ao derramarmos umas lágrimas. Sabemos que morrer é sumir na curva, mas mesmo os lobos sabem que a saudade entre os encontros pode ser cruel. O enterro será realizado em Brasília, às 17 horas de 27 de julho, e a Márcia Tomodachi lhe levará uma rosa em nosso nome. Que ela chegue perfumada e linda aí nas suas mãos, do outro lado, até que possamos novamente nos falar! Os lobos uivam na saudade, mas confiam que sua alma imortal seguirá o caminho do eterno aprendizado.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

SITE BRASILEIRO DO JOHNNY BRAVO! Hup!

Pra quem curte dublagem como nós aqui vai uma dica do Ricardo Juarez locutor e ator de dublagens. Clica aê:

terça-feira, 14 de julho de 2009

A gente faz o que pode com o que tem!



Sabe quando a gente quer fazer uma coisa, mas não encontra como? Pois é, a gente fica esperando o momento ideal, a situação ideal, o cenário ideal, mas no final, a gente acaba é simplesmente esperando, porque essa confluências de coisas ideais é muito rara. Só passei por aqui hoje pra dizer que a Wicca #55 já está nas bancas! Ela fala sobre a Amazônia, numa viagem que fiz recentemente até lá e que me abriu um mundo de informações que ainda estou digerindo.

A Wicca é feita com o coração, como são feitos os livros e meus bolos que saem meio tortos. Nenhum deles teve as condições ideais. Sempre tem algo que apressa o trabalho, uma obra interminável bem ao lado onde alguém sempre resolve martelar ou serrar na hora de maior concentração, um telefone que toca com um cobrador mal-criado de uma firma fictícia que dá faniquito assim que percebe que eu não sou uma completa imbecil e me grita o famoso "A SENHORA NÃO SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO!!!!!" E ouve um pouco mais do que isso, claro. Mesmo assim, todos os livros, Wiccas, Previsões, Alcatéias, Portais, Bolos de Chocolate e Pudins da Lua Cheia são concluídos, entregues e chegam às mãos de quem os merece. Não espere as condições ideais para realizar o que você sonha! Faça o que pode com o que tem! Fazendo com amor, sairá perfeito!

Deixo você com esse vídeo super legal sobre o que pessoas comuns podem fazer somente com o que elas possuem, nesse caso, a voz. Nenhum instrumento foi usado durante a gravação e nenhum animal foi ferido.

P.S.: Nunca - eu disse NUNCA - consegui escrever e entregar um livro ou um trabalho escrito com prazo folgado. Sempre - e eu disse SEMPRE - é em cima da hora, com um monte de coisas acontecendo, robôs gigantes quebrando tudo, alienígenas invandindo o mundo, panela no fogo, caldeirão aceso e cachorros latindo. E eu que me imaginava escrevendo num chalé, ao lado de uma lareira e um piano, com um lindo collie deitado no tapete, terminando calmamente meus livros, hoje me contento com a realidade. Termino correndo, descabelada, ao lado de uma janela com vista bonita, um teclado no lugar de um piano e uns vira-latas amarelos dormindo por perto. Agora já tenho uma collie! Só falta o tapete e a calma que acompanhava a cena.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Alcatéia - Um herói tem muitas vidas



O tema que tem andado nas cabeças dos Lobos ultimamente é quanto tempo resta à mídia de papel com a chegada da mídia virtual e sua rápida expansão. Encontrei essa matéria sobre Alcatéia e sua transição de quadrinho para livro, publicada numa revista sobre HQs há um par de anos e achei que seria interessante revivê-la para entrarmos novamente no assunto: terá o quadrinho nacional alguma chance ou devemos desistir?

"Se uma das principais virtudes de um herói é não desistir nunca, já sabemos que o brasileiro está no topo da lista. Ao que parece, o mesmo acontece com os heróis criados por esta raça teimosa que só ela: o quadrinista brasileiro.

Quando citamos Alcatéia, muita gente pode lembrar do site ligeiramente esquizofrênico que reúne os fãs de cinema e praticantes de magia. O que pouca gente sabe é que o que originou o site foi um quadrinho em estilo mangá que surgiu nas bancas nos idos de 2001 num ousado álbum de 154 páginas formatão. Ousado porque o preço era salgado para o leitor padrão, especialmente para um título surgido do nada. Ousado também porque o tema não tinha a ver com adolescentes com super poderes tentando reunir peças como quem participa de uma gincana superlativa. Pelo contrário, Alcatéia tinha em seu herói o jovem Philippe Du Noige, um pobre coitado mestiço que aguarda ansiosamente pela transformação que o fará ser aceito num lugar que sempre o hostilizara.

A história se passava na França do século XVII, num lugar chamado Château das Vertentes, um refúgio de lobisomens onde humanos não eram muito bem-vindos. O roteiro, da escritora Eddie Van Feu, era rico e simples, narrando com graça a jornada do herói. A arte era então de Áxia Stowe, uma novata na área com talento inquestionável. Depois do primeiro álbum, Alcatéia prosseguiu em fascículos até o quinto número.

No terceiro número, Áxia saiu e entrou Carolina Mylius, mudando um pouco a cara da história. O traço de Áxia, apesar de bonito, era um tanto infantil para uma história adulta. Carolina amadureceu a história e quem lia não conseguia se conter para ver o próximo passo. Cada revista ainda trazia matérias sobre o universo, rico e devidamente estudado tanto pela roteirista quanto pelas desenhistas, e sobre a saga que era fazer quadrinho no Brasil, o que era uma aventura a parte.

Mas depois de 2005, quando saiu o último número de Alcatéia, a Linhas Tortas anunciou sua saída do mercado de quadrinhos de banca. Lamentos à parte, a Editora, como muitas outras antes dela, não agüentou o tranco de uma briga de cachorro grande, que era o que acontecia nas bancas. Mesmo com um material de qualidade e um público fiel, os quadrinhos da editora não conseguiam dar o retorno esperado. Peraí! Isso era pra ser uma matéria de inspiração! Não pode acabar assim! E ainda bem que não acaba. A Linhas Tortas saiu das bancas, ficando apenas em livrarias durante todo o ano de 2006 e anunciou que prosseguiria nos títulos em forma de álbuns. Assim, Contos de Leemyar, Clube dos Cinco, Heróis S.A. e Alcatéia teriam sua chance de ir até o fim em graphics bem cuidadas, tiragem menor e distribuição limitada.

Alcatéia recebeu seu segundo volume em forma de álbum em maio de 2007, com lançamento no Kodama, evento de mangá e anime de Brasília, enquanto os outros títulos continuam em produção. O que ninguém esperava era que Alcatéia continuasse também de outra forma. A história de Philippe ganhou profundidade, detalhismo e muito lirismo na forma de um livro que aguardado com curiosidade. Eddie Van Feu, que conta com um enorme número de leitores, resolveu seguir o conselho da amiga e desenhista da obra, Carolina Mylius, e transformou a obra em uma série de sete livros.

Dos quadrinhos para as livrarias, a história continua.

A idéia era chegar mais rápido ao fim da saga, com mais riqueza de detalhes. Pra quem lamenta a perda dos belos desenhos do quadrinho, não precisa chorar. Os livros são ilustrados e o primeiro volume, Prateada, com 300 páginas, já está disponível. Autora de diversos artigos, revistas e livros, como O Portal, um romance de aventura, Eddie Van Feu acredita que o livro de Alcatéia tem muito mais chances de alcançar o grande público do que o quadrinho. “Há uma certa magia em Alcatéia. De todas as pessoas que compraram conosco em eventos, não houve uma única que não tenha retornado para completar a coleção. No começo, fiquei triste em abandonar o quadrinho, mas hoje sei que é temporário”.
Celine e Ravin, personagens da trama, ganham figurino estudado e expressão no belo traço de Carolina Mylius.

Ela também conta que ficou feliz com a experiência de fazer o livro. “Os personagens cresceram e ganharam uma dimensão que eu nem sabia ser capaz de passar. Quando vou ao universo, entro num mundo tão real quanto esse que a gente vive no dia-a-dia.” A idéia de produzir sete volumes parece ambiciosa, mas não é tão difícil se considerarmos que a autora também produziu a Série Wicca, revistas de Previsões, matérias de humor, roteiros de quadrinhos, documentários, contos e contribuições para diversos jornais, revistas e publicações, além de dar assessoria para TVs, jornais e rádios de todo o país. Dos sete volumes, um já está à venda, o próximo está sendo finalizado e espera-se ao menos uma Alcatéia por ano.

Philippe ganha profundidade e se revela um personagem mais complexo, apesar de sua aparente simplicidade.

Felizmente, as histórias são independentes e podem ser lidas em qualquer ordem. Este é um tique nervoso da autora, que gosta que seu público a acompanhe porque quer e não porque é obrigado. Toda história é fechada em si mesma, deixando apenas o irresistível gostinho de quero mais. Quanto aos outros títulos, a autora prefere não comentar ainda sobre o futuro. Mas nós continuaremos esperando... Afinal, somos brasileiros e não desistimos nunca!"

O "NOW" é o AGORA!

Pois bem, dois anos se passaram (atualizei a matéria para o presente. Na época, a publicação do livro ainda estava sendo negociada e os quadrinhos estavam mais frescos na memória do que agora), e o cenário se apresenta outro. Pior ou melhor? nos fóruns, leitores reclamam do material que chega ou que não chega pelas editoras. As editoras reclamam que perdem espaço para a Internet, onde um nerd escaneia o quadrinho e disponibiliza pra todo mundo de graça.

No meio das reclamações, temos o autor brasileiro, aquele mesmo, que não desiste nunca (ou quase nunca. Já conheci uma meia dúzia que abandonou as canetas nankim por um emprego público). Há um bom tempo não vejo nada de novo no front no que diz respeito à produção nacional e até julguei este paciente difícil em coma. Mas eis que a Roda gira e joga o destino pra lá. A Turma da Mônica reaviva o interesse pelo quadrinho nacional, ressuscita a Luluzinha, todo mundo vira adolescente e vendem milhões. E finalmente, o quadrinista brasileiro pode sonhar de novo! Será que pode mesmo? De vez em quando recebo algum tipo de e-mail de desenhista culpando as editoras por não acreditarem no trabalho nacional.
Philippe e Prateada em SD, no traço do desenhista Corsário.

Sou obrigada a partir em defesa das editoras. Olha só a minha situação. Sou escritora, desenhista e trabalho com editores o tempo todo. Sei que é difícil manter um negócio e sei que é terrível lidar com alguns artistas que acham que aqui deveria ser como nos Estados Unidos, ou no Japão. Temos uma série de problemas com o quadrinho nacional. Na maioria das vezes, infelizmente, não é culpa da editora. Eu sei o quanto é frustrante não poder culpar o lado aparentemente mais forte da corda, mas é verdade. A editora, geralmente, faz o que pode. Bota na gráfica e bota na banca. Aí temos o problema real.
Alcatéia começou com o traço de Axia Stowe.

O artista nacional não tem preparo para um mercado profissional, que vai exigir dele noites em claro e um trabalho de alto nível, conquistado geralmente com um ESTÚDIO e não por uma pessoa só. A maioria não aguenta a pressão e abandona o barco. Eles podem dizer que não ganham pra isso. E vão ter toda a razão (e você está ouvindo isso de alguém que varou várias noites em cima de uma página de quadrinhos). Mas o desenhista ainda não é o problema. Há os que desistem, mas há vários que são realmente heróis e não desistem nunca. MESMO! É o piolho.

Carolina Mylius levou Alcatéia para um novo nível duas vezes. Uma no quadrinho, outra no livro.

O mercado é ruim, o pagamento é uma paçoquinha e um amendoin, o reconhecimento é quase inexistente e as críticas são destruidoras. Mas ele está lá, porque respira nankim. Então, podemos considerar que os desistentes viraram balconistas ou outra coisa qualquer e os teimosos continuarão na luta. Qual o problema então? O PROBLEMA SE CHAMA LEITOR! Sim, o problema é o leitor. Não temos um hábito de leitura que faça com que as pessoas procurem por quadrinhos. Pelo contrário, temos um preconceito contra as histórias em quadradinhos. São vistas como coisas de crianças. Não são vistas aqui como arte. Este é o perfil do grande público. Ele vai ler O Caçador de Pipas, vai achar o máximo porque a Veja disse que é o máximo, e vai torcer o nariz para qualquer coisa em quadrinho.

Se serve de consolo a desgraça alheia, os Estados Unidos também têm esse preconceito. Se não tivesse, Batman - O Cavaleiro das Trevas tinha sido indicado e ganho alguns Oscars. Não se iluda com o Oscar para o Heather Ledger, ele só ganhou porque morreu. Se estivesse vivo, não teria ganho. Mas nós temos um monte de gente nos fóruns e eventos de mangás, gente que lê quadrinho! Sim, temos um público de quadrinho, mas ele vai procurar o que já conhece, o que já viu em desenho animado, o que já existe há décadas, com novas roupagens.

Philippe e Celine, seu amor impossível no traço de Débora Usagi.

Sobra o leitor de quadrinho alternativo, aquele que lia Sandman nos anos 90 e Chiclete com Banana nos 80. Esse infeliz está neste momento endividado tentando manter a família ou morando com a mãe, e tentando manter a família. Enfim, o público para o chamado quadrinho nacional mal enche uma kombi. E essa porcaria de kombi não anda. E se andar, a polícia vai mandar parar porque ela não tem condições de circular com passageiros. Terminará enferrujando numa garagem qualquer. E então? O que fazemos? Sinceramente, não sei. Acho que o peixe nada porque não sabe fazer outra coisa.

Quem ama quadrinho vai continuar fazendo, só que terá que ter um emprego. Quem gosta de ler terá que procurar com mais afinco, ao invés de esperar que caia no seu colo. Poucas publicações hoje chegam ao público exigente. Quem quiser mais do que um best seller vendido de antemão por um marketing bem-feito, vai ter que ir atrás. Nesse ponto, se a Internet pode ter ajudado a matar o quadrinho, ela pode até mesmo ajudar a ressuscitá-lo. Não há nada que não se encontre na Internet. Basta um pouco de boa vontade e se livrar da necessidade patológica de ter tudo de graça (uma espécie de maldição que a geração atual de adolescentes adquiriu e poderá matar todos eles em muito pouco tempo, porque nada bom vem de graça).

Sim, podemos ter um mercado, não só de quadrinhos, mas de livros e de roteiros. Teremos profissionais preparados e um público exigente, porém leal. Muita coisa pode acontecer. Ainda é cedo pra desistir. Caindo de cabeça nos livros, olho para trás e parece que fazer quadrinhos era uma coisa que eu fazia na minha vida passada, algo entre a Queda da Bastilha e minha trágica morte numa emboscada. Mas, de repente, percebo que as pessoas estão procurando pelos quadrinhos que eu já fiz. As HQs de Alcatéia voltaram a ser procuradas, por causa do livro. Foi uma surpresa. Uma boa surpresa. Por isso acho que não precisamos desistir. Muita coisa pode acontecer. Philippe que o diga!

Pra quem quer conferir, a Linhas Tortas ainda vende os álbuns de Alcatéia #1 e #2, além do livro, claro, Alcatéia - Prateada. É só dar uma ligada ou uma emeiada: linhastortas@alcateia.com Tel.: (21)3872-4971

segunda-feira, 6 de julho de 2009

TRANSFORMERS 2

MAIS RÁPIDOS QUE OS OLHOS PODEM VER
Por Eddie Van Feu



Quando vi o trailler do primeiro filme dos Transformers, fiquei intrigada. O trailler era bom, mas sabe como é trailler, né? Qualquer porcaria parece boa! É que nem foto de hambúrguer em restaurante fast food. Mas fiquei intrigada porque eu gostava de Transformers, gostava dos brinquedos e tudo, eu tinha até o álbum de figurinhas! Mas o desenho não tinha história nenhuma! É sério! O roteiro era sofrível, as frases se repetiam o tempo todo e nem cenário tinha. Eles sempre lutavam no deserto ou na neve, pra não dar trabalho e fazer uma animação mais legal. Tudo bem! Era domingo, eu era uma pessoa pouco exigente e podia me permitir um prazer culpado de vez em quando (nota: prazer culpado é quando você gosta de uma coisa que sabe que é ruim, mas gosta assim mesmo).

Pra relembrar o primeiro filme, um clipe com o tema do desenho atualizado.


Tinha outro agravante que meu cérebro apagou antes de eu ver o filme. Era dirigido pelo Michael Bay. O Michael Bay culpado por Armageddon e Pearl Harbor, duas belas porcarias de alto orçamento. Mas não teria feito diferença. Transformers I é bom pra caramba!!! Saí do cinema depois de três horas que nem vi passar, feliz de ver a alma do desenho dos anos 80 embalada num roteiro amarradinho, numa produção bem cuidada e atuações muito boas. Será que o Michael Bay estava possuído??? Não, senhores, era o Senhor Spielberg que quando se mete a fazer alguma coisa, faz direito.
Depois de ver o filme cinco vezes no DVD Especial (que tem uns extras do caramba!), vi o trailler do segundo filme. Fiquei empolgada, porém também fiquei com medo. Muito medo. É tão fácil quebrar uma coisa boa! É só lembrar de Matrix! Os dois filmes seguintes anularam o primeiro. Highlander 2 matou a franquia. E quando o primeiro filme é muito bom, o segundo não pode ser mais ou menos. Tem que ser bom pra caramba!



Bom, se você curtiu o primeiro, pode ir tranqüilo para o segundo. Transformers – A Vingança dos Derrotados é bom pra caramba! Tem pequenas falhas que poderiam ter sido concertadas por um olhar mais atento. Novos personagens robóticos na trama acabam confundindo um pouco e tirando a atenção dos que a gente já conhecia (e são meio coloridos demais, mas deve facilitar a venda de brinquedos). Há pouca interação dos Autobots entre si, especialmente nos momentos de crise. Em contrapartida, há muita interação entre os Decepticons. Reconhecemos o bom e velho Starscream do desenho, um vira-folha filho da mãe que só ataca pelas costas.

Taí o trailler que não me deixa mentir!


Entre os humanos, a troca de cenário foi boa e os ajustes do que aconteceu no primeiro filme para que todos pudessem retomar uma vida quase normal foi eficiente, rápido e convincente. Os novos personagens são interessantes e os antigos não deixam a bola cair. A música está excelente e dá vontade de sair correndo pra salvar o mundo.
A principal falha é a falta de pausa. Não dá pra respirar, não dá pra ir ao banheiro sem perder uma seqüência inteira de destruição em massa e, em certos momentos, você já esqueceu porque eles estão brigando e começa a se perguntar quem é quem. É muito robô! E os bichos são brutos!



O humor está lá, em certos momentos quase histérico, meio estilo anime, mas não atrapalha. O relacionamento entre os personagens, humanos e robôs, fica claro e as cenas emotivas convencem, mesmo quando tem tudo explodindo a sua volta. Foi legal ver os pais de Sam terem uma participação importante, ao invés de serem excluídos como se tivessem ido para outra dimensão, como na maioria dos filmes para jovens.
E aí está o negócio. É um filme para jovens. No cinema, hoje, na estréia, só tinha gente com mais de 25. Pode ser o horário, o preço (o ingresso para o Transformers estava especialmente mais caro sem maiores explicações), mas acabei vendo uma platéia que curtiu e vibrou pela nostalgia do desenho lá de trás.
Mas como Hollywood não dá ponto sem nó, manteve as mulheres maravilhosas para segurar a atenção dos garotos. Não se espera muito que as meninas vejam o filme, mas Shia le Buff é tão carismático que mesmo não sendo o modelo esperado para capturar as meninas, captura todo mundo.

No final, saímos meio cansados do filme. Se você se deixar envolver, vai sentir que correu por vários dias, com robôs gigantes mau humorados derrubando tudo pra te pegar. Só depois você consegue parar de correr na sua cabeça e curtir a amizade, a lealdade, a coragem e o trabalho em equipe que é mostrado o tempo todo.



De vez em quando, alguém toma uma decisão errada. Parece o certo, mas o coração diz o contrário. Num filme de robôs gigantes, baseado num desenho animado sem roteiro, que por sua vez foi baseado em um brinquedo sem história, encontrar decisões tomadas com o coração é mais do que eu poderia esperar... Mas, como já sabemos desde os anos 80, alguns de nós são mais do que os olhos podem ver...

Olha o que os fãs fazem!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

RESIDENT EVIL – DEGENERATION

Somente para fãs degenerados
Patricia Balan
Resident Evil é um jogo de tremendo sucesso no mundo todo, porém este sucesso triplicou com o lançamento de Resident Evil 4. Os gráficos, além de assustadores, são belíssimos e a história por trás do jogo não deixa a desejar. Ora, não é à toa que Resident Evil deu origem a três filmes para o cinema, não é?
Pois é justamente esta a lembrança que a Capcom – os produtores do jogo – prefeririam que eu omitisse. Degeneration é mais uma das animações feitas de captação de movimentos no estilo de Beowulf e O Expresso Polar. Esta decisão foi tomada justamente para que Degeneration não fosse confundido com a trilogia que já passou no cinema e não empolgou muito os fãs da série.
Degeneration, no entanto, é para fãs de carteirinha. A animação é quase a mesma que os jogadores vêem nos clipes do jogo quando passam de fase. Porém isso não deve assustar o público que não conhece o jogo. Na verdade, Degeneration não deve assustar ninguém. O terror não é o mote desta animação. Os movimentos de câmera frenéticos, que nos fazem ver os inimigos de muito mais perto do que gostaríamos, não estão tão presentes neste longa. O que realmente está presente é a trama por trás dos jogos de Resident Evil, e isso é o que deve assustar o público. Não é à toa que Degeneration foi direto para as locadoras. É preciso fazer o dever de casa e rever a trama por trás de todos os jogos, principalmente Resident Evil 2. Isso fica claro nos primeiros minutos de exibição.
Para quem joga, no entanto, é bem divertido. Confesso que fiquei balançando um controle de Wii imaginário em todas as cenas de ação. Deu muita vontade de consultar o mapa para ver aonde o personagem iria depois e também senti alguma ansiedade para salvar o filme para não brigar com os mesmos inimigos outra vez. Mas não dá. No DVD, Leon Scott Kennedy está por sua própria conta. O frustrante é perceber que ele se vira muito melhor sem a gente.

Welcome, Strangeah... (Bem-vindo, Estranho)
Para quem não conhece nadinha de Resident Evil, o jogo, e mesmo assim vai se aventurar nesta animação, eu tenho algo aqui no meu casaco que pode te interessar.

A história do vírus
O início: Nas montanhas Arklay uma equipe denominada S.T.A.R.S. vai investigar uma série de assassinatos que sugerem canibalismo. No decorrer do jogo descobrimos que os assassinatos estão sendo cometidos por nada mais, nada menos que ZUMBIS. Ao contrário do que muitos podem pensar, estes comedores de carne humana não são resultado das ações de um feiticeiro vudu hiperativo, mas de um conglomerado farmacêutico chamado Umbrella Corporation. Esta corporação está fazendo testes ilegais na população para estudar o vírus T, ou T-virus em inglês. Este vírus é extremamente contagioso, infectando também os animais da região. O laboratório da Umbrella está localizado dentro da mansão onde o jogo se passa. A recompensa do jogador ao zerar o jogo é transformar a mansão em uma belíssima bola de fogo apagando este vírus miserável da face da Terra. Final feliz. Mas o jogo vendeu para dedéu... Aí ficou difícil manter os zumbis mortos e quietinhos.

Leon (acima) está mais bonitinho no jogo.

Leon e Claire
A estréia: Os sobreviventes da Equipe S.T.A.R.S. voltam para casa, Raccoon City, e contam o sufoco que passaram. Todo mundo acha que eles estão muito doidos e culparam alguma plantação de “tabaco” ilegal em Arklay. Só que os ratinhos das montanhas Arklay resolvem passar as férias em Raccoon City. Como os animais também foram infectados, qualquer um que é mordido nos meses seguintes tem uma morte dolorosa e passageira. Os mortos saem do cemitério direto o centro de Raccoon City. Assim, o T-vírus se espalha mais uma vez.
É neste jogo que conhecemos os heróis de Degeneration. Claire Redfield vai para Raccoon City procurar seu irmão, Chris – membro do time S.T.A.R.S. e sobrevivente do terror em Arklay. Chris é o protagonista de Resident Evil 5, então todos sabemos que ele está muito bem. Em Raccoon City Claire enfrenta os zumbis junto a Leon Scott Kennedy, um policial novato – aliás, este é o seu primeiro dia no emprego! A pior coisa que aconteceu na vida desse sujeito foi ter passado nesse concurso.

Claire agora é ativista na ONG Terra Save. Ela e Leon são os únicos personagens do jogo a aparecerem neste longa.

Os dois passam o jogo todo correndo dessa gente fedorenta. Para piorar, a nova população de Raccoon City ainda conta com um bichão medonho infectado pelo G-Virus. Este bichão não é ninguém menos que William Birkin, cientista maluco contratado pela Umbrella e criador do T-Virus e do novo G-Virus. William estava trabalhando em sua nova “obra de arte” (o vírus G) quando a Umbrella resolveu queimar os arquivos, devido aos incidentes em Arklay. William consegue salvar duas amostras do vírus G. Uma, ele coloca em um pingente e dá de presente para sua filhinha (!). A outra ele injeta em si mesmo e vira o bichão supracitado.
Raccoon City foi totalmente tomada pelo vírus e o governo decidiu que o único jeito era riscar a cidade do mapa. Um míssil nuclear faz o serviço completo. A cidade vai pelos ares assim como as provas contra Umbrella.

O Vírus como Arma Biológica
As amostras do T-Virus e do G-Virus voltam para as mãos da corporação farmacêutica que as criou. Essa história é contada em mais de DEZ jogos que esta série gerou (REvil 1,2,3,4, Umbrella Chronicles, Biohazard...).
Sete anos se passam entre o primeiro Resident Evil e Degeneration. Na época em que Degeneration acontece Umbrella já perdeu cientistas e funcionários demais para continuar resistindo às investigações e a seus competidores. Uma corporação monstro caiu e morreu – mas em Resident Evil isso não significa nada.
Outras corporações estão de olho no legado de Umbrella, imaginando o que significaria para elas ter posse deste vírus na mão esquerda e da vacina na mão direita.