Por Nanael Soubaim
Hillary não teria chances! Trump até sumiria do retrovisor! Não haveria sequer um concorrente nas convenções de seu partido, se fosse realmente verdade. O facto é que ela talvez não tivesse estômago para os jogos políticos na vida real, ficaria muito frustrada e completamente engessada pela briga entre partidos, e também pelo fogo amigo que todos os presidentes americanos conheceram bem. Mas na ficção a história é outra!
A excepcionalmente bela e
cordial Lynda Carter será presidente dos Estados Unidos, na série Supergirl.
Criticada por ser considerada muito fraca, e olha que ela é prima do Superman,
a introdução de uma personagem dessa magnitude, vivida por uma artista dessa
envergadura, é mais uma tentativa de uma franquia salvar uma excelente idéia
com execução não tão boa. Não é o primeiro e não será o último seriado com esse
problema.
Imaginem quantas pessoas, de
fora do círculo de super heróis, conhecem a identidade de Clark! Já Kara,
coitada, deve existir até uma comunidade no facebook da ficção de gente que
sabe quem é a Supergil. Aliás, até ele foi escalado para ajudar a dar
credibilidade ao programa.
É válido? Sim, é válido,
afinal os dois são complementos que fogem ao estereótipo de par romântico, é
uma receita tradicional sem cair naquela mesmice; exceto é claro para a leva de
onanistas que quer ver na telinha a encenação de suas fantasias púberes. Além
de colocar a mais alta autoridade do país no pé da alienígena, com a
interpretação de um rosto que sempre surpreendeu não só pela beleza, mas também
pela vasta capacidade de expressões; Em tempo, foi a falta disso que tornou o
filme Grace um fiasco. Nunca deveriam ter tocado no rosto de Kidman.
Mas até que ponto é válido?
A isto eu respondo com até quando a DC vai tratar uma criatura extremamente
poderosa como “a gatinha que voa”? Não sei se notaram, mas praticamente o que
separa Kara de Kal-El é a experiência. Se levar em consideração o cérebro de um
ser que viaja próximo à velocidade da luz, e por isso JAMAIS deveria ser pego
de surpresa por coisa alguma, ele tem o equivalente a alguns séculos de
experiência a mais do que a prima.
E Lynda? Bem, desde os anos
1970 que a popularidade da Diana definitiva não é tão alta. Não é só uma vovó
que faz muita moça passar vergonha, ela é tão repleta de conteúdo e é uma
actriz tão experiente, que o risco de o tiro sair pela culatra é grande, porque
os mais atentos vão perceber a diferença de desempenho na interpretação das
personagens. Por outro lado, a diva pode bem ter o ímpeto de passar seu cabedal
par a jovem Melissa Bernoist, o que talvez convença os picaretas da DC a
respeitar um pouco mais a inteligência de seus fãs, enquanto ainda o são,
começando por dar mais relevância a uma personagem tão rica. Kara chorar vez ou
outra no colo da presidente, ao fim do episódio, seria algo muito bom para a
personagem. São uma garota fora dos padrões e uma mulher experiente.
Quanto ao aparente apoio da
empresa à candidatura democrata, aqui o que reluz é mesmo ouro. Lá não é crime
ter opinião.
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