Por Gabriel Maia
A Marvel,
conhecida como “casa das ideias”, parece ter ficado com receio da sua receita
de sucesso; testar coisas novas. Famosa por lançar personagens diferentes que
vinham das ruas, de mutações ou radiação (coisas que na época de lançamento
ninguém se interessava muito, ou tinha medo do tema trabalhado), ou por lançar
heróis fora de qualquer padrão (sim Peter, estou falando de você), agora a
empresa parece temerosa em decepcionar o público e tem seguido uma linha
engessada de histórias e personagens, inclusive requentando títulos de sucesso.
Já
tivemos pelo menos umas três “guerras secretas” e agora vamos para a segunda “guerra
civil”. Pelo menos esta saga leva o nome de “guerra civil II”.
Bem,
na primeira guerra civil tivemos uma divisão na comunidade super-heróica e o
tema principal era a liberdade, onde o Capitão América defendia que os heróis
tinham o direito de manter suas identidades em segredo, já o Homem de ferro
defendia que todos os super seres (atuantes ou não) deveriam se cadastrar, receber
um treinamento adequado e serem monitorados. Esta história bem construída e
repleta de fortes emoções não teve um desfecho bem aceito culminando na morte
de Steve Rogers (que poderia ter sido uma linda e simbólica morte do herói referencial de
todos os heróis Marvel), mas depois ele voltou como acontece com todos os personagens de HQ.
A
nova guerra civil não é tão grandiosa e nem tão dramática quanto a primeira. Na
verdade a gente poderia chamar só de aventura dos Vingadores. O início da
aventura se dá quando as névoas terrígenas (uma névoa que passa pela Terra e
desperta os poderes inumanos adormecidos em humanos) despertam o poder do jovem
Ulysses que passa a prever o futuro com uma exatidão assustadora.
Carol
Danvers, a Capitã Marvel, passa a pedir que os Inumanos emprestem Ulysses para
que eles evitem as grandes catástrofes.
Já Tony Stark, ao saber disso, passa a
ser contra a ideia. Na visão de Stark mexer com o futuro era perigoso demais e
ele deveria seguir seu curso. E
isso é o que dá início à nova briga entre heróis; um queria se antecipar ao
futuro e o outro queria preservá-lo.
Mas
a ideia vai um pouco mais além, na verdade Stark queria ter a certeza de que os
poderes do garoto eram precisos, pois poderiam prender e atacar alguém que não
cometeu crime nenhum ainda, e poderia nem vir a cometer.
Na
onda de evitar o futuro tivemos duas grandes (e, na minha opinião,
desnecessárias) perdas; Máquina de combate e Hulk. O primeiro morre durante uma
intervenção contra Thanos que havia acabado de chegar no planeta.
O segundo foi
vítima de uma confusão criada por uma das visões onde Ulysses viu o Hulk matando
vários heróis.
Um grande grupo foi até uma fazenda onde Banner trabalhava
tranquilamente e queria que o cientista os acompanhasse.
Iniciada uma confusão
Banner é atingido por um atirador que se entrega logo depois; Clint Barton. O
Gavião revela que Bruce o pedira para ficar de olho nele, pois temia virar o
Hulk, e na primeira oportunidade deveria matá-lo para evitar perda de vidas
inocentes.
A
próxima visão a causar tumulto foi a de Miles Morales, o jovem Homem-Aranha,
com o corpo do Capitão América nas mãos, dando a entender que o matou.
Agora
Carol quer prender o adolescente e Tony quer preservá-lo.
O
problema das visões de Ulysses é que no começo ele realmente via coisas que
aconteceriam, mas a medida que seu poder crescia ele perdia o foco, como se ele
enxergasse a sua linha temporal no começo e depois pudesse enxergar várias
outras realidades sem saber qual era a sua. E este era o medo de Stark.
Nesta
nova aventura o Capitão América é apenas uma figura decorativa sendo preparada
para a próxima saga onde ele será o vilão. Os personagens parecem mais crianças
perdidas e as mortes aconteceram para tentar dar drama e para sequenciar novos
personagens.
Nem
de longe ela chega perto do sucesso da última guerra civil, mas poderia dar um
bom filme um dia.
2 comentários:
Nossa! Será que veremos isso um dia nas telas?
Olha, eu adoraria ver, mas tinha que ser bem elaborado pra ficar bem legal. Seria uma bela reunião de elenco e fim de dois personagens importantes.
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