terça-feira, 24 de outubro de 2017

GUERRA CIVIL II


Por Gabriel Maia

A Marvel, conhecida como “casa das ideias”, parece ter ficado com receio da sua receita de sucesso; testar coisas novas. Famosa por lançar personagens diferentes que vinham das ruas, de mutações ou radiação (coisas que na época de lançamento ninguém se interessava muito, ou tinha medo do tema trabalhado), ou por lançar heróis fora de qualquer padrão (sim Peter, estou falando de você), agora a empresa parece temerosa em decepcionar o público e tem seguido uma linha engessada de histórias e personagens, inclusive requentando títulos de sucesso.
Já tivemos pelo menos umas três “guerras secretas” e agora vamos para a segunda “guerra civil”. Pelo menos esta saga leva o nome de “guerra civil II”.
Bem, na primeira guerra civil tivemos uma divisão na comunidade super-heróica e o tema principal era a liberdade, onde o Capitão América defendia que os heróis tinham o direito de manter suas identidades em segredo, já o Homem de ferro defendia que todos os super seres (atuantes ou não) deveriam se cadastrar, receber um treinamento adequado e serem monitorados. Esta história bem construída e repleta de fortes emoções não teve um desfecho bem aceito culminando na morte de Steve Rogers (que poderia ter sido uma linda e simbólica morte do herói referencial de todos os heróis Marvel), mas depois ele voltou como acontece com todos os personagens de HQ.
A nova guerra civil não é tão grandiosa e nem tão dramática quanto a primeira. Na verdade a gente poderia chamar só de aventura dos Vingadores. O início da aventura se dá quando as névoas terrígenas (uma névoa que passa pela Terra e desperta os poderes inumanos adormecidos em humanos) despertam o poder do jovem Ulysses que passa a prever o futuro com uma exatidão assustadora. 

Carol Danvers, a Capitã Marvel, passa a pedir que os Inumanos emprestem Ulysses para que eles evitem as grandes catástrofes. 

Já Tony Stark, ao saber disso, passa a ser contra a ideia. Na visão de Stark mexer com o futuro era perigoso demais e ele deveria seguir seu curso. E isso é o que dá início à nova briga entre heróis; um queria se antecipar ao futuro e o outro queria preservá-lo.
Mas a ideia vai um pouco mais além, na verdade Stark queria ter a certeza de que os poderes do garoto eram precisos, pois poderiam prender e atacar alguém que não cometeu crime nenhum ainda, e poderia nem vir a cometer.
Na onda de evitar o futuro tivemos duas grandes (e, na minha opinião, desnecessárias) perdas; Máquina de combate e Hulk. O primeiro morre durante uma intervenção contra Thanos que havia acabado de chegar no planeta.

O segundo foi vítima de uma confusão criada por uma das visões onde Ulysses viu o Hulk matando vários heróis. 

Um grande grupo foi até uma fazenda onde Banner trabalhava tranquilamente e queria que o cientista os acompanhasse. 

Iniciada uma confusão Banner é atingido por um atirador que se entrega logo depois; Clint Barton. O Gavião revela que Bruce o pedira para ficar de olho nele, pois temia virar o Hulk, e na primeira oportunidade deveria matá-lo para evitar perda de vidas inocentes.
A próxima visão a causar tumulto foi a de Miles Morales, o jovem Homem-Aranha, com o corpo do Capitão América nas mãos, dando a entender que o matou. 

Agora Carol quer prender o adolescente e Tony quer preservá-lo.
O problema das visões de Ulysses é que no começo ele realmente via coisas que aconteceriam, mas a medida que seu poder crescia ele perdia o foco, como se ele enxergasse a sua linha temporal no começo e depois pudesse enxergar várias outras realidades sem saber qual era a sua. E este era o medo de Stark.
Nesta nova aventura o Capitão América é apenas uma figura decorativa sendo preparada para a próxima saga onde ele será o vilão. Os personagens parecem mais crianças perdidas e as mortes aconteceram para tentar dar drama e para sequenciar novos personagens.

Nem de longe ela chega perto do sucesso da última guerra civil, mas poderia dar um bom filme um dia.

2 comentários:

Eddie disse...

Nossa! Será que veremos isso um dia nas telas?

Gabriel Maia disse...

Olha, eu adoraria ver, mas tinha que ser bem elaborado pra ficar bem legal. Seria uma bela reunião de elenco e fim de dois personagens importantes.