Pois é, eu sou aquela que está sempre à margem dos furacões culturais e populares que andam por aí. Eu sou aquela que nunca ouviu uma música do Restart, só viu o Justin Bieber no Saturday Night Live (e gostei muito!), e fiquei um bom tempo sem saber quem era Michel Teló ou o que ele cantava. Mas ando insistindo em sair da minha bolha onde só toca Enya para ver o que acontece no mundo lá fora, mesmo que com atraso (só fui ver High School Musical anos depois!).
Enfim, vi Jogos Vorazes. Considerando o bafafá que o livro fez, esperava outra coisa, mas, vamos aos fatos.
O filme tem um visual estranho, beirando o bizarro, numa espécie de Anos 80 exagerado (como se isso fosse possível) num revival futurista. Algo que não tenho certeza se funcionou muito bem. A história se passa numa realidade alternativa, ou num mundo distante, ou num futuro não tão distante, onde um reality show é a forma do governo de manter os pobres sobre controle. Pois é, a temática daria pano pra manga, podendo tocar em assuntos polêmicos sobre a mídia e as massas.
Jennifer Lawrence ao lado da namorada do Chapeleiro Louco. |
Não sei o livro, mas saberei, já que a Carol já comprou pra me dar de presente. Depois que vi a diferença cósmica entre o filme do Percy Jackson e o livro, até acredito que o livro de Jogos Vorazes possa ser melhor. Mas se a história é a mesma do filme, sinceramente, duvido. A própria ideia de que uma sociedade com aquele avanço médico e tecnológico invista tanto numa rinha de crianças é débil. Os artifícios usados nessa arena são surreais, explicados apenas por mágica. E aquele povo todo que manda seus filhos para o Big Brother do Mal já devia ter se revoltado muitas vezes dentro desses 74 anos em que isso acontece. O Oscar tem quase essa idade e teve suas demonstrações de revolta!
As cenas de ação e violência foram amenizadas para não chocar o público e para o filme não receber uma censura. |
No final, há uma total falta de mensagem, o que torna o filme ainda mais vazio. Se podemos extrair uma mensagem do filme, com muita dificuldade, esta seria: "Aprenda a jogar o jogo e jogue". Claro que os fãs vão dizer que aquilo é só o começo e tem muito mais nos outros dois livros e nos outros dois filmes. A questão é: o ingresso que eu paguei não vai valer por dois ou três filmes. Só pra um! Tudo o que eu quero é uma boa história. Não foi o que tive. Aguardem a crítica do livro quando eu o ler, lá pelo final do ano! Por enquanto, fiquem com o lado bom de jogos Vorazes: as paródias.
Um comentário:
http://www.interney.net/blogs/lll/2012/05/26/jogos_vorazes_e_um_filme_machista_e_ning/
Eu gostei deste texto sobre o filme.
E o livro não me empolgou não.
Abraço!
Postar um comentário