quarta-feira, 20 de setembro de 2017

O ASSASSINO - O PRIMEIRO ALVO: UMA CATARSE BELA DE SE VER

Eddie Van Feu


Eu me lembro dos filmes de ação que meu pai adora até hoje, com o típico herói que atira, bate, dá pernada, explode tudo e no final saía andando, depois de ter salvo o mundo mais uma vez. Mas não é só meu pai que gosta de um bom filme de catarse. Eu era fã de Máquina Mortífera, via filmes do Charles Bronson e até do Chuck Norris, embora sentisse falta de um colírio e um pouco mais de roteiro.



O Assassino - O Primeiro Alvo chega para corrigir isso e deixar todas as Eddies e pais de Eddies felizes! É um filme de ação que não negligencia a história, surpreende com bons pontos de virada e encontrou um colírio ideal para prender a atenção das moçoilas.

Mas vamos ao plot! Jovem apaixonado com uma vida inteira pela frente perde a noiva de maneira bruta e covarde em um ataque terrorista, e passa, a partir de então, a se dedicar a um ambicioso projeto de vingança.



Vendo o potencial do rapaz, a CIA o coloca em um projeto com um mentor durão que treina assassinos no meio do mato. E então temos o encontro do rebelde Mitch Rapp (Dylan O’Brien) com o relutante e carne de pescoço Stan Hurley (Michael Keaton).

O filme é baseado no primeiro livro de uma série do escritor Vince Flynn e chega aos cinemas nessa quinta-feira, dia 21 de setembro.



Então, vamos ao que eu achei. As lutas são excelentes, a fotografia é bonita e os efeitos são ótimos. A história é batida, mas nem por isso não deveria ser vista. Inovar a velha história de aprendiz rebelde com mentor durão é difícil, porque se inovar demais, perde a graça. Os atores emprestam um carisma importante aos personagens, que talvez fossem ralos sem o peso de um Michael Keaton e o carisma natural de Dylan O’Brien. Essas duas escolhas foram muito importantes.




A atualização para a triste realidade de um mundo em que pessoas numa praia são metralhadas por um bando de psicopatas que se escondem atrás de uma religião é interessante, mas certamente vai incitar a fúria de pessoas que acham que os pobres terroristas estão apenas defendendo sua religião contra o Ocidente mau. Mitch fala claramente que essa gente tem que ter uma morte horrível e dolorosa e a maioria vai concordar com ele, porque terrorista é igual a nazista e zumbi, pode matar a vontade que ninguém liga.



Para quem espera um filme inovador que abale todas as estruturas estabelecidas, sugiro ir ver outra coisa. Esse é o filme para você ver numa sexta-feira, depois do trabalho, com os amigos ou com a família, e vibre quando as coisas começam a explodir. É um filme para quem gosta de torcer pelos mocinhos e quer ver os bandidos se explodirem ao menos na tela do cinema.



 

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