Por Ricky Nobre![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6hE1za7I2ZBsLmczNFz8ZYo2HBZPQBce66z9AlS32z8MPzUlQ8G7Cb8vUcIMuT7ua6616oScFWJ4lfaDOzT07hVGUzZE3FBmk367Ck5GyrXwp7usGMFd4NM7sPdkBEo3owD-idSGvnSQ/s400/10299_gal.jpg)
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A história, como muitos já devem saber, leva o filho de Flynn para dentro da “Grade”, o sistema de computador de onde Flynn entrou e saiu no primeiro filme. O roteiro é mais bem cuidado do que o do filme original, o que não o livra de alguns problemas, principalmente a resolução dada ao personagem título. Tron (novamente interpretado por Bruce Boxleitner, que também volta como seu programador original, Alan) quase não aparece e não tem uma conclusão digna para sua participação. O verdadeiro vilão do filme (que se revela logo, mas não vamos entregar) é uma excelente sacada, assim como a permanência de Flynn pai (Jeff Bridges de volta) como um dos principais personagens. Mas Bridges volta também como Clu, programa criado por Flynn, onde o ator teria sido rejuvenescido por computador. Na verdade, ele parece ter sido recriado digitalmente, e se o resultado é impressionante em alguns momentos, em outros ficam clara algumas deficiências, que endureceram a expressão e os movimentos faciais do personagem.
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A dupla Daft Punk, responsável pela trilha musical, faz sua pontinha no filme mostrando seus verdadeiros rostos.
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Tron foi um fracasso. Lançado em 1982 pela Disney, no mesmo ano de E.T., Potergeist, Conan, 48 Horas, Rambo I, Rocky III, Porky’s, Vitor ou Vitória e Tootsie, grandes sucessos de bilheteria, Tron tinha um visual e um tema excessivamente originais para o público de então. O roteiro, apesar da premissa que continha faíscas de brilhantismo, era fraco e não explorava a aventura espetacular do programador Kevin Flynn (Jeff Bridges) em todo seu potencial. Não foi um completo fracasso de bilheteria, mas ao arrecadar bem menos do que o esperado pela Disney, foi considerado um fracasso. As exibições na TV e em vídeo ajudaram Tron a se tornar um clássico, principalmente sob a luz do tempo, que o revelou um filme totalmente revolucionário no campo da computação gráfica no cinema, sendo o primeiro a usar imagens geradas por computador interagindo na ação com os atores. Além disso, previu a forma quase simbiótica na qual a informática interagiria nas vidas do homem comum nas décadas seguintes. A legião de fãs de um filme esquecido e sub apreciado crescia e 28 anos depois, finalmente chegou a continuação.
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Tron: O Legado ganhou forma sob a direção do estreante Joseph Kosinski e é, em cada bit de sua essência, ao mesmo tempo uma reverência e uma síntese evolutiva do original. Os fãs vão se deliciar com as diversas citações ao primeiro filme, seja nos diálogos ou em pequenos detalhes, como um jovem Flynn cantarolando o tema musical do primeiro filme ao mostrar o bonequinho do Tron para o filho. Mas o visual é que liga o novo filme ao antigo com perfeição. Todo o design do filme presta total reverência ao visual do filme original (no qual o quadrinista francês Moebius também participou), sem jamais perder um frescor que se esperaria de um filme do final desta década. Ou seja, em nenhum momento o visual é “retrô", mesmo que remeta constantemente ao primeiro Tron, o que dá ainda mais certeza de como o filme de 1982 tinha um design verdadeiramente revolucionário. Quem tembém embarca nesse estilo é a dupla Daft Punk, responsável pela imensamente funcional trilha musical onde mistura seu estilo de música eletrônica habitual com referências ao tecnopop dos anos 80 e uma maciça orquestra sinfônica de 100 músicos. O resultado é excelente, apesar do excesso de citações a Phillip Glass e Hans Zimmer, além do roubo descarado das seis primeiras notas de Fanfara para Um Homem Comum, de Aaron Copland para o tema principal.
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A história, como muitos já devem saber, leva o filho de Flynn para dentro da “Grade”, o sistema de computador de onde Flynn entrou e saiu no primeiro filme. O roteiro é mais bem cuidado do que o do filme original, o que não o livra de alguns problemas, principalmente a resolução dada ao personagem título. Tron (novamente interpretado por Bruce Boxleitner, que também volta como seu programador original, Alan) quase não aparece e não tem uma conclusão digna para sua participação. O verdadeiro vilão do filme (que se revela logo, mas não vamos entregar) é uma excelente sacada, assim como a permanência de Flynn pai (Jeff Bridges de volta) como um dos principais personagens. Mas Bridges volta também como Clu, programa criado por Flynn, onde o ator teria sido rejuvenescido por computador. Na verdade, ele parece ter sido recriado digitalmente, e se o resultado é impressionante em alguns momentos, em outros ficam clara algumas deficiências, que endureceram a expressão e os movimentos faciais do personagem.
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Para apreciar Tron em sua plenitude é preciso encará-lo como ele é: um filme para crianças, como foi o primeiro. A idéia de programas de computador antropomorfizados que possuem organização social, raciocínio e alguns hábitos semelhantes aos nossos, até mesmo distinção de sexos, é para ser aceita como quem aceita um filme de fantasia. E é exatamente isso que Tron é: uma fantasia digital, gênero inaugurado por seu antecessor e que só agora teve seu segundo filme.
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Tron: O Legado não revoluciona como seu antecessor, mas bebe competentemente de sua fonte, sendo uma ótima diversão para quem entrar no espírito do filme, com o auxílio de efeitos 3D de boa qualidade, sem exageros. Aliás, ele segue o estilo de Coraline e Alice, com imagens totalmente 2D no “mundo real” e 3D quando o Flynn júnior chega “do outro lado”. Com um custo de 170 milhões de dólares, Tron arrecadou 80 milhões em uma semana. Provavelmente, não era o que a Disney esperava, como aconteceu há 28 anos. Vamos ver o que o tempo fará com o novo Tron.
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5 comentários:
Você é tão chique! Tudo o que um crítico precisa ser.
Olha, não duvido nada que vai ter gente perguntando quando é que os rostos do Daft Punk apareceram... Avise aos mais vagarosos - o rosto deles é esse mesmo! Aliás, eles voltaram à terra natal para participar desse filme. Lady Gaga também veio da Grade, mas não voltou para fazer o filme porque acha que seu local de nascimento é muito provinciano - ao contrário do Daft Punk que manteve as origens e o sotaque. (WUON MOUR TAYM!!!)
Provavelmente será um sucesso. Não imediato, pois mesmo não sendo tão revolucionário quando o original, os efeitos ainda são fortes e a adição de um roteiro melhor acentua tudo. mas acredito que em breve os bonequinhos começam a ser vendidos, e os xuneiros de plantão começam a imitar as motocicletas do filme.
Xuneiro: aquele que xuna o carro.
Xunar: colocar umas macaquices feitas com papelão, papel alumínio e durepox no carro. Semelhante a tunar.
Tunar: fazer a máquina mais potente ou melhor na aparência ou no desempenho.
Papelão, papel alumínio e durepox: itens que tornam impossível qualquer melhoramento ou evolução.
Nanael: patrocinador principal do Google Search.
Qualquer um que disser que todo mundo sabe o que é xuneiro: vai tomar no #@!
Ninguém perde absolutamente nada em ignorar o que é um "xuneiro". Tunning é o que faz gente da estirpe de Chip Foose.
Chip Foose: Apresentador do programa Overhaulin' no Discovery Channel.
Programa Overhaulin': Extreme Makeover para carros.
Gente que não sabe isso: Quem assiste Extreme Makeover, American Idol, America's next Top Model e que passa correndo pelo Discolvery Channel.
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