quarta-feira, 27 de março de 2019

"NÃO SE PREOCUPE, A VIDA CONTINUA DEPOIS QUE A POEIRA CAI."

Por Carlos Tavares

A Marvel Studios lançou vários posteres de personagens, que ajudam a esclarecer os que viraram poeira e os que restaram, além de uma mensagem nada sutil para qualquer fã desesperado dos Vingadores: 

"Não se preocupe, a vida continua depois que a poeira cai."









Finalmente invisível.








Para quem tinha dúvidas...






Essa me surpreendeu...




Olha ela aí...









terça-feira, 26 de março de 2019

DUMBO


Por Ricky Nobre


A Disney está fora de controle! Não apenas quer dominar o mundo comprando Hollywood inteira, como também está numa fissura contínua e irrefreável em criar versões live action de praticamente todos os seus clássicos de animação. O que começou como uma excelente e original ideia em Malévola, acabou como uma enxurrada de adaptações cada vez mais próximas às originais, muito pouco acrescentando para justificar a refilmagem de clássicos. É aí que entra Dumbo de Tim Burton como um delicioso (e, como é de Burton, sombrio e melancólico) alívio nesta linha de montagem de onde já despontam em breve Alladin, Rei Leão e Mulan.

 

Disney realizou Dumbo em 1941, vindo diretamente do fenomenal fracasso comercial de Fantasia (1940). Seu filme anterior, Branca de Neve e Os Sete Anões (1937), mudou absolutamente todas as regras que se tinham como sólidas em animação e foi um sucesso arrasador. Empolgado, Disney superestimou a predisposição do público em assistir um longo filme episódico com muita animação experimental. Desta forma, em Dumbo, Disney deu uma guinada drástica de volta à simplicidade. Ainda que tenha se permitido enfiar o pé na jaca do experimentalismo na sensacional sequência dos elefantes cor de rosa, Dumbo contava uma história extremamente simples, de forma direta, com canções originais divertidas para agradar as crianças, tudo numa metragem bastante curta (apenas 62 minutos). 

 

Ao revisitar este clássico 78 anos depois, Burton realiza um filme completamente diferente do original ao mesmo tempo em que é uma adaptação perfeita. Ao decidir não ter animais falantes, os personagens principais se tornam o cavaleiro Holt (Colin Farrell) seu casal de filhos Milly (Nico Parker) e Joe (Finley Hobbins), que se tornam os responsáveis pelo pequeno Dumbo, rejeitado pelo dono do circo em decadência Max Medici (Danny DeVito, sensacional) pelo motivo que já conhecemos: as orelhas gigantes. Ambientado em 1919, o filme mostra o empenho das crianças em encaixar Dumbo no ambiente circense, que é mostrado como uma grande família.

 

A jogada de mestre de Burton foi fazer uma adaptação razoavelmente fiel (dentro da nova proposta, obviamente) do filme original até a história se esgotar, na metade do filme. A partir daí, temos uma espécie de “Dumbo 2”, onde um magnata do entretenimento (Michael Keaton) fica sabendo do sucesso de Dumbo e procura Max oferecendo comprar não apenas Dumbo mas também todo o circo e torná-lo sócio. A partir daí, é uma história completamente nova, porém sem nenhuma sensação de quebra de continuidade, mas apenas o desenvolvimento natural da história. 

 

Dumbo tem muitos trunfos, a começar pelo elenco, com destaque especial para De Vito, Keaton, Eva Green e as crianças. Aí entra também o bebê elefante. Dumbo é uma mistura perfeitamente equilibrada de realismo com cartum. Magistralmente animado, ele mantém uma impressionante expressividade sem qualquer lapso de exagero. Como é uma infância sofrida (e é um filme de Burton), ele carrega constantemente um olhar triste e melancólico, seja pelo bullying que sofre, pela saudade da mãe, ou pelas tentativas frustradas em se adaptar. Seu jeito de bebê é absolutamente encantador e conquista o público sem nenhuma dificuldade. A temática do filme original é mantida ao tratar da riqueza que existe no “diferente”, que tem reflexos em todos os componentes do circo, em especial o personagem de Farrell, que se mantém um grande cowboy mesmo tendo perdido o braço na guerra. 

 

Os filmes de Burton sempre têm aquela fotografia que nos dá a impressão de que não precisaria necessariamente ser tão sombria o tempo todo. Aqui, não é exceção, mas o fotógrafo Ben Davis acaba administrando isso muito bem, evidenciando a belíssima direção de arte. O compositor Danny Elfman, que não anda particularmente inspirado nos últimos anos, realiza aqui seu melhor trabalho em muito tempo, e é um dos principais elementos da força emocional do filme. Burton escolhe com muita inteligência suas referências ao filme original, seja a utilização da pena, a sequência inicial do trem, do ratinho Timóteo, ou a forma de reproduzir a inesquecível sequência de Dumbo com a mãe presa, ao som de Baby Mine. O tom melancólico de Dumbo (o filme e o personagem) é extraído não apenas da própria história mas também desses ecos agridoces do passado, onde o saudosismo das referências do filme original reverberam emocionalmente no público. O filme tem algumas ressalvas a serem feitas, como sua solução em reproduzir a cena dos elefantes cor de rosa, que parece meio deslocada e um tanto inexplicável no sentido prático. A mais problemática, porém, é uma tola e preguiçosa solução do roteiro para que estabelecesse o cenário do clímax. O personagem de Keaton assume contornos de vilão caricato dos mais tolos e anacrônicos, depondo contra a estabelecida inteligência do personagem (e até a do público). Perto da conclusão, desce muito quadrado.

 

Tim Burton é o tipo de cineasta que tem um estilo tão marcante que seria possível identificar um filme seu mesmo sem créditos. Em Dumbo isso não é diferente, e o estilo visual, musical e dramático do filme representam a quintessência do diretor. Com uma filmografia rica porém inconstante, por vezes Burton se atrapalha em seus próprios clichês e pode até se tornar uma caricatura de si mesmo. Isso definitivamente não é o caso de Dumbo. Um filme lindo, divertido, profundamente emocional e melancólico e, ainda assim, alegre e otimista. Burton não poupou esforços em demolir as defesas emocionais do público mais casca grossa, então leve seu pacotinho de lenços. Um espetáculo deslumbrante para crianças e adultos.

 

COTAÇÃO:
DUMBO (2019)

Com: Colin Farrell, Michael Keaton, Danny DeVito, Eva Green, Alan Arkin, Nico Parker e Finley Hobbins

Direção: Tim Burton

Roteiro: Ehren Kruger

Fotografia: Ben Davis

Montagem: Chris Lebenzon

Música: Danny Elfman

Desenho de produção: Rick Heinrichs

Direção de arte: Andrew Bennett e Dean Clegg

segunda-feira, 18 de março de 2019

BATMAN DE MATT REEVES SERÁ UMA HISTÓRIA DE DETETIVE AMBIENTADA NOS ANOS 90.


Por Carlos Tavares

Parece que o molde do The Batman de Matt Reeves está finalmente começando a tomar forma. Até agora, sabemos que o filme será um prequel que foca em uma versão mais jovem de Bruce Wayne, mas agora parece que temos um período de tempo e um gênero específico para o tão aguardado projeto, previsto para ser lançado em 2021. 

De acordo com Discussing Film, The Batman será ambientado nos anos 90 e será mais uma história de detetive. Escrevendo especificamente, o canal diz: 

"[O foco do filme estará em] as habilidades de detetive do Batman, já que o filme será [centrado] em torno de um mistério que o Batman terá que resolver." 

Se este for o caso, o projeto de Reeves será único como um filme do Batman que realmente mostra as habilidades de detetive do Maior Detetive do Mundo, da DC Comics, já que a maioria dos filmes foca geralmente nas suas habilidades de combate ao crime. 

Mas os executivos da Warner Bros., aparentemente satisfeitos com o trabalho de Reeves até agora, decidiram dar a ele um orçamento maior, e o diretor também acrescentou uma boa quantidade de ação. 

Seu gênero e cenário são apenas o último de uma série de vazamentos recentes relacionados ao filme de Reeves. Um possível novo logo foi apresentado e existem rumores de que o Pinguim será o principal adversário. 


De todas as coisas que sabemos, uma coisa que ainda não sabemos é quem estará interpretando o Cruzado de Capa. Ben Affleck, que interpretou o Batman nas últimas três aparições do herói, anunciou que estava pendurando o capuz no começo deste ano, dado que o novo diretor tinha pouco ou nenhum interesse em trazer Batfleck de volta. 

Quem vai substituí-lo continua um mistério, mas com a Warner Brothers esperando lançar o filme em 25 de junho de 2021, provavelmente não demorará muito até que esta pergunta seja respondida.



FILME DO NOVA ESTÁ EM DESENVOLVIMENTO, CONFIRMA KEVIN FEIGE.


Por Carlos Tavares

Embora a Tropa Nova já tenha feito sua estréia no UCM, graças aos Guardiões da Galáxia, e eles podem até aparecer no futuro, se as teorias dos fãs forem consideradas. Rumores afirmam que a Marvel tem um filme do Nova em mente, como afirmou Kevin Feige recentemente. 

Durante uma entrevista, ele foi informado de que há quatro coisas que todo mundo está esperando no UCM. Um filme do Nova, um super-herói LGBT, Kamala Khan e o próximo filme de Taika Waititi. Em resposta, Kevin Feige disse: 

"Acho que todos estão se andamento e ... Vamos colocar desta forma: todos eles estão fluindo. Eu quero manter o foco neste e no futuro imediato, mas tudo o que você acabou de nomear está se encaminhando, alguns estão mais perto do que outros ”

As sementes para o personagem já foram plantadas pela Marvel. Como você deve lembrar, em Guerra Infinita vimos (na verdade ouvimos falar) a destruição de Xandar por Thanos. Xandar é o lar da Tropa Nova, e como Xandar foi destruído, é possível que a Marvel crie a história de origem de Richard Rider / Nova

Nos quadrinhos da Marvel Comics, Rhomann Dey vai para a Terra após a destruição da Tropa e entrega a Força Nova a Richard Rider. Com Xandar tendo sido destruído no UCM, os fãs estão começando a pensar em um arco similar para estréia na tela grande. 

Isso, juntamente com as declarações de Feige, sugere que a Marvel decidiu seguir em uma direção cósmica na próxima fase nos cinemas.

sábado, 16 de março de 2019

CAPAS DA EMPIRE DE ABRIL.


Por Carlos Tavares

A Revista Empire revelou as capas da edição de abril onde podemos ver o visual do Thanos e dos principais Vingadores.

As novidades não acabam....

Olha os uniformes aí Paty Balan...






SHANG-CHI JÁ TEM SEU DIRETOR.


Por Carlos Tavares

O primeiro filme asiático de super-heróis da Marvel Studios, Shang-Chi, tem agora um diretor com Destin Daniel Cretton assumindo o projeto. Cretton dirige Just Mercy, filme com previsão de estréia para 2020, com Brie Larson, de Capitã Marvel, e Michael B. Jordan, de Pantera Negra. 

Destin Cretton também é conhecido por O Castelo de Vidro, que também é estrelado por Brie Larson, Woody Harrelson e Naomi Watts

Dizem que o escritor sino-americano Dave Callaham está escrevendo o roteiro de Shang-Chi, que, segundo Deadline, "modernizará o herói para evitar estereótipos com os quais muitos personagens cômicos daquela época estavam sobrecarregados". Callaham também escreveu Mulher-Maravilha 1984, e está escrevendo Zombieland: Double Tap, Os Mercenários 4, Homem-Aranha: No Aranhaverso 2 e um novo Mortal Kombat. 


Nos quadrinhos, Shang-Chi foi criado por Jim Starlin e Steve Englehart em 1973 e é conhecido como o Mestre do Kung Fu. Seu pai é o vilão Fu Manchu, e sua mãe, uma americana branca que foi geneticamente selecionada por seu pai. Recentemente nos quadrinhos o personagem foi recrutado pelo Capitão América e o Homem de Ferro para se juntar aos Vingadores.



MARVEL'S JAMES GUNN.

DISNEY VOLTA ATRÁS E CHAMA JAMES GUNN DE VOLTA PRA CASA!


Por Carlos Tavares

Redenção e segunda chance. Já há muito tempo esses temas fazem parte dos roteiros dos filmes de super-heróis, e hoje parece que a vida imitou a arte. A Disney reintegrou James Gunn como roteirista e diretor de Guardiões da Galáxia Vol. 3. 

A decisão de recontratar Gunn foi ponderada e feita meses atrás, após conversas com a liderança dos estúdios Disney e a equipe da Marvel Studios. Depois da demissão, o presidente da Walt Disney Studios, Alan Horn, encontrou-se com Gunn em várias ocasiões para discutir a situação. Persuadido pelo pedido público de desculpas de Gunn e por ter lidado com a situação depois, Horn decidiu reverter o rumo e restabelecer Gunn. 

As mensagens nas mídias sociais eram indefensáveis, mas o cineasta nunca fez nada além de se culpar por um julgamento ruim exibido em uma época em que ele estava emergindo e tentando ser um provocador. Não houve relatos de que Gunn tenha se envolvido no comportamento que ele satirizou e ele nunca atacou a Disney. 

Em última análise, as cartas de Gunn eram palavras mal escolhidas e não ações, embora o gatilho rápido da Disney fosse completamente compreensível quando as mensagens de sua mídia social foram divulgadas pela primeira vez pelos meios de comunicações como a Fox News. Esses meios de comunicação deixavam claro que as postagens de Gunn foram expostas como uma resposta/represaria já que James Gunn sempre foi um crítico feroz do presidente Donald Trump. 

O retorno de Gunn aos Guardiões da Galáxia ficou complicado quando ele assinou contrato para escrever e dirigir a sequência do Esquadrão Suicida para a Warner Bros/DC. Mas a Marvel Studios concordou em iniciar a produção de Guardiões da Galáxia Vol. 3 depois que Gunn completar o seu trabalho no filme da DC Comics. Tornou a coisa toda mais fácil o fato de a Marvel Studios não ter encontrado nenhum outro diretor para Guardiões Vol. 3, apesar das especulações de que Taika Waititi, e Adam McKay estavam sendo cotados. 

A Marvel Studios permaneceu fiel a todos os detalhes sobre Guardiões Vol. 3, quando a divisão dirigida por Kevin Feige voltou seu foco para a Capitã Marvel e Vingadores: Endgame. Já que antes de sua demissão, Gunn escreveu um roteiro que Marvel confirmou que seria usado para a terceira parte dos Guardiões da Galáxia. O que não faz mais nenhum sentido pois o filme se passaria antes de Guerra Infinita e agora com o final da saga a história deverá ser totalmente diferente. 

Haverá uma onda inevitável daqueles que vão reclamar do retorno de James Gunn, mas criativamente, os Guardiões se beneficiarão de seu retorno. Todo o elenco do filme foi franco em seu desejo de ter Gunn de volta, dizendo que esses tweets não correspondiam às suas ações pessoais. O elenco claramente o ama; Chris Pratt, Zoey Saldana, Dave Bautista, Vin Diesel, Bradley Cooper, Sean Gunn, Michael Rooker e Pom Klementieff pediram o retorno de Gunn, em uma carta aberta. A controvérsia não abalou a camaradagem que o elenco tem com o diretor e colocou uma franquia de forte desempenho no limbo. A Marvel fez um ótimo trabalho permitindo que seus cineastas injetassem suas personalidades em cada franquia, e talvez nenhuma tenha sido tão carimbada quanto Guardiões. As duas primeiras partes arrecadaram mais de US$ 1,6 bilhão em todo o mundo, com a seqüência superando a primeira parte. 

Logo após o anúncio da demissão de Gunn, os fãs distribuíram uma petição pedindo à Disney que reconsiderasse. 

A Disney está a dias de fechar a aquisição dos ativos da Fox e, embora a empresa seja considerada como “para toda a família”, o que torna alguns gestos e ações intoleráveis, é de alguma forma reconfortante que haja espaço para segundas chances e que um bom diretor tenha a chance de superar um erro estúpido. 

Pouco tempo depois do anuncio de sua volta o diretor postou: 


"Estou extremamente grato por todas as pessoas que me apoiaram nos últimos meses. Estou sempre aprendendo e vou continuar trabalhando para ser a melhor pessoa que posso ser. Estou profundamente agradecido pela decisão da Disney e animado para continuar fazendo estes filmes sobre o amor que une todos nós. Tenho sido, e continuo honrado por todo seu amor e apoio. Do fundo do meu coração, obrigado. Amor para todos vocês." 

Como o diretor foi contratado para comandar a sequência de Esquadrão Suicida, e só voltará para a Marvel quando terminar o projeto, ainda não há previsão de quando a produção de Os Guardiões da Galáxia Vol. 3 vai começar.