quarta-feira, 31 de maio de 2017

Chá das Cinco #98 - Sabe aquele filme que tem uma trilha marcante mas é meio ruim?

Tem uns filmes cujos cenas se tornam icônicas, a música inesquecível mas que você não tem muito saco pra ver. Tem, não tem? Então, contamos hoje os nossos, conta aí um seu.

Presentes os cantores de chuveiro: Renato Rodrigues, Eddie Van Feu, JM, Patricia Balan, Carlos Tavares e Ricky Nobre

MULHER MARAVILHA: “o mundo inteiro esperava por você”.


Por Ricky Nobre


Mulher Maravilha é indiscutivelmente a maior super-heroína de todos os tempos. Chega a ser chocante saber que a única produção áudio visual da personagem, além das animações, foi a bobinha porém icônica série de TV produzida entre 1975 e 1979. Os outros dois personagens da “trindade”, Superman e Batman, tiveram muito mais sorte nesse aspecto, ainda que a qualidade dos filmes variasse do excepcional ao inassistível. Desde a década de 90, a Warner vem iniciando e cancelando produções com a personagem, sendo que o roteiro de Joss Whedon, feito em 2005 foi o que chegou mais perto de ser realizado, mas o estúdio parecia nunca ter coragem suficiente para levar o projeto adiante. Com o sucesso do grande projeto do estúdio Marvel, a Warner/DC entendeu finalmente o potencial que tinha nas mãos e lançou seu próprio universo com Homem de Aço em 2013. Um filme solo da Mulher Maravilha era, enfim, inevitável.

 

A nova Mulher Maravilha encarnada pela atriz Gal Gadot já começou muito bem em sua pequena participação em Batman Vs Supeman, angariando elogios até dos que detestaram o filme, numa surpreendente unanimidade. Assim, a expectativa pelo filme solo aumentou exponencialmente. Com uma diretora abandonando o projeto na pré-produção por divergências criativas e as constantes polêmicas quanto à qualidade dos filmes da franquia (Esquadrão Suicida foi quase unanimemente considerado péssimo pela crítica), a expectativa era tão grande quanto a apreensão. Com Patty Jenkins (do excelente Monster) no comando, o tão esperado filme solo da princesa amazona traz uma semelhança com o primeiro filme do Capitão América que vai muito além da ambientação numa guerra mundial: é um filme com coração, algo até agora inédito nesta nova linha de tempo da DC no cinema.

 

Jenkins mantém a emoção como elemento chave do filme, e nisso tem o excelente elenco como constante aliado. O roteiro não traz maiores novidades nem brilhantismos, apesar de uma revelação perto do final possa pegar parte do público de surpresa. A beleza e a imensa satisfação que o filme traz está, além de nas excelentes cenas de ação e luta, nos personagens. Os personagens secundários têm suas personalidades definidas e conseguem a simpatia do público apesar do tempo limitado (Etta bem que podia ter um papel mais relevante, na verdade). Steve Trevor consegue ser o típico herói masculino sem, em momento algum, roubar o brilho que é DELA. 

 

A Diana de Gal Gadot é destemida, poderosa, extremamente culta e com um imenso coração. Sua inocência em relação à humanidade, contudo, é o grande ponto de tensão do filme, gerando desde situações cômicas até grandes atos de heroísmo e momentos de profunda dor e decepção. Gadot carrega seu personagem com tal dignidade que a ingenuidade de Diana nunca a diminui, pelo contrário, apenas atesta sua grandeza, principalmente com as decisões que toma ao lidar com a dor da verdade. Vendo essa Diana que faz sua primeira jornada no mundo dos homens e a Diana de Batman Vs Superman, percebemos um amadurecimento que, se não dá mais espaço para a inocência, não deixa de lado o coração amoroso. E é justamente esse discurso sobre o amor, que pode fazer alguns espectadores se retorcerem nas cadeiras, que torna a Mulher Maravilha o verdadeiro contraponto luminoso ao Batman que o Superman não conseguiu ser nessa franquia.

 

A importância da personagem como ícone feminista é mantida no filme, principalmente nas sutilezas. A mesma mulher que parte de sua terra natal, com a possibilidade de nunca mais voltar, porque é a coisa certa a fazer, é a mesma que experimenta incontáveis roupas numa loja, fica fascinada por sorvete e enfrenta um pelotão armado de metralhadoras com sangue nos olhos, pois não tolera injustiça e opressão. E é essa mulher que pode ser tão múltipla que, com certeza, irá ressoar fortemente entre o público feminino. 

 

Obviamente, o filme não escapa de problemas, como quando uma demonstração de superpoder de Diana, ainda durante seu treinamento na Ilha, é deixada completamente sem questionamento. Os efeitos especiais, bons no geral, deixam escapar momentos incomodamente artificiais, como numa cena em que Diana barbariza com seu laço, que mais parece um videogame. O visual do vilão na batalha final também pode desagradar a alguns, ainda que o ator mantenha o personagem digno. O tema musical da Mulher Maravilha, composto por Hans Zimmer para Batman Vs Superman, é excessivamente testosterônico (como tudo que Zimmer e seu exército de ghostwriters fazem). Por outro lado, dá uma identidade musical sólida à personagem, coisa que anda muito rara nos filmes de super-herói, e o compositor Rupert Gregson Williams, apesar de fazer parte da geração de aprendizes de Zimmer, oferece alguma variedade e beleza em alguns outros momentos da trilha musical. 

 

Nesse desnecessário e indigesto FlaXFlu ente “marvetes” e “DCnautas”, existem os que dizem que Mulher Maravilha é bom porque parece filme da Marvel. Isso ignora que muitas características dos filmes anteriores da D.C. ainda estão lá, como as lutas em câmera lenta, típicas de Snyder, o visual refinado e belíssimo, a música com a identidade inconfundível de Hans Zimmer e sua companhia, a Remote Control. O que ele tem a menos é o pretensiosismo. O que tem a mais é emoção real. Coração. E é essa Mulher Maravilha, que é ao mesmo tempo amor e fúria, que pode, enfim, humanizar o universo DC no cinema. 

 

MULHER MARAVILHA (Wonder Woman, 2017)

Com: Gal Gadot, Chris Pine, Robin Wright, Danny Huston, David Thewlis, Connie Nielsen e Elena Anaya

Direção: Patty Jenkins

Argumento: Zach Snyder, Allan Heinberg e Jason Fuchs

Roteiro: Allan Heinberg

Fotografia: Matthew Jensen

Montagem: Martin Walsh
Música: Rupert Gregson-Williams

COTAÇÃO:



terça-feira, 30 de maio de 2017

Chá das Cinco #97 - Filme de terror: A Nona Vida de Louis Drax

Sinopse: Louis Drax sofre uma queda quase fatal no seu aniversário de nove anos, o nono que sofre. Na tentativa de desvendar as circunstâncias que cercam o acidente do garoto, o Dr. Allan Pascal passa a testar os limites entre a fantasia e a realidade.

 

Filme de quadrinhos com tema marcante? Agora tem!

por Ricky Nobre

Hans Zimmer compôs um tema para a Mulher Maravilha ainda no filme Batman vs Superman. Na época, chamou a violoncelista Tina Guo (mega celebridade no Youtube) para realizar o solo do tema com seu violoncelo elétrico. Admito, não sou fã do tema. Mas não apenas ele foi o único tema musical que se destacou no filme (os dos personagens título não chamaram nenhuma atenção), como ele foi reutilizado agora no filme solo da Mulher Maravilha, onde Tina retornou às gravações, apesar da trilha não ser de Zimmer, mas de Rupert Gregson Williams. Resumindo: o que a Marvel foi incapaz de fazer até agora, a DC fez. Deu uma voz musical a um personagem ícone, reforçando, inclusive, o tema no trailer. E mesmo eu achando que o tema podia ser bem melhor, ele vai com certeza grudar na personagem e as pessoas vão amar e lembrar dele. Espero que esse seja o primeiro passo para que os filmes de heróis passem a ter uma identificação musical maior e melhor.

Aqui, o tema numa versão do canal da própria Tina Guo. Sobre ela... Bom, ela merece um post só dela.

 


Aqui, o tema integrado numa das cenas principais do filme.



segunda-feira, 29 de maio de 2017

Chá das Cinco #96 - A Warner quer fazer uma série animada de Watchmen... E DAÍ?

Hoje não deu pra fazer o GIRO DA SEMANA pois viajamos para Paranapiacaba, mas tem um bate-papo do giro passado legal sobre a proposta da Warner em fazer uma série animada dos quadrinhos (que já viraram até filme) WATCHMEN. 
Será que presta?

MULHER MARAVILHA - A série dos anos 70

Assim como Christopher Reeve foi durante anos a melhor encarnação do Super-Homem, Lynda Carter entrou pelo Século 21 ocupando o posto de Mulher Maravilha. Vamos então vestir a calça boca de sino, abrir o baú e falar um pouquinho da...


por Renato Rodrigues

Diz a lenda que o primeiro piloto encomendado ainda na década de 60 pelo “muito esperto” Willian Dozier (produtor da série do Batman) tinha menos de 10 minutos e trazia uma história muito chinfrim que você pode conferir AQUI no You Tube

Em 74 a Warner, que já tinha os direitos da personagem, resolveu criar um tele-filme estrelado pela ex-tenista Cathy Lee Crosby (AQUI tem uma palhinha), Eles ignoraram as características do gibi (incluindo o uniforme que aqui vemos como uma simples roupa de malha com estrelinhas) e o piloto, apesar de uma audiência razoável, acabou sendo uma tremenda bomba.

Somente um ano depois, outro piloto foi feito. A série agora se passava durante a Segunda Guerra e se chamava “The New Original Wonder Woman” (Rede ABC. 1975-77). 

AÍ, SIM!

Essa versão recebeu reforço do material do seriado “A Mulher Biônica”, que paralisara sua produção já que Lindsay Wagner ainda estava se recuperando de um acidente de carro. A história você conhece: o capitão Steve Trevor cai na ilha, é resgatado pela princesa Diana que participa de um torneio para vir ao mundo exterior e derrotar as forças do eixo nazista.

Esta fase de 13 episódios tem como destaque a participação da jovem Debra Winger (Laços de Ternura) como Drusilla, irmã mais nova de Diana que assume a identidade de Wonder Girl (versão para TV da Moça Maravilha, que também aparecia nas Histórias em Quadrinhos).



As Novas Aventuras Da Mulher Maravilha
(Rede CBS. 1977-79)
Com o fim da Guerra, a Princesa Diana retorna a Ilha Paraíso. Trinta e dois anos depois outro avião cai na terra das Amazonas. Entre os passageiros estava Steve Trevor Jr., chefe de uma agência de segurança do governo, que surpreende Diana pela semelhança com o pai (o ator Lyle Waggoner fez os dois papéis). Assim a Mulher Maravilha (que não envelhece pois é imortal como as demais amazonas) retorna com ele ao mundo exterior (senão não tinha seriado). Pronto, a Mulher Maravilha estava de volta, desta vez nos "atuais anos 70".

Esta fase, com 46 episódios (contando com o piloto), foi a mais popular e lembrada e não podiam faltar episódios com discoteca, patins e os “avanços tecnológicos” da época, como um computador sarcástico (!) que ajuda Diana nas missões.

Em 2011 o produtor David E. Kelley (de Ally McBeal, Boston legal entre outros) fez um piloto que acabou não sendo levado adiante da super heroína (VEJA AQUI ALGUMA CENAS dos bastidores e do uniforme)

Bom, a partir de hoje o filme tá no cinema e você poderá conferir Gal Gadot (que já foi de longe a melhor coisa do filme BvS) como a nova princesa amazona. Espero que gostem!

Ouvir o tema animado e rever a série hoje é um tremendo barato pra quem assistiu na época e Lynda Carter sempre ocupará um lugar muito especial em nossas memórias como a mulher "Maravilhosa" que ainda é!

sexta-feira, 26 de maio de 2017

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Chá das Cinco #94 - O que achamos de "Piratas do Caribe 5"

Curiosos para ver a nova aventura de Jack Sparrow e sua trupe? Nós já vimos e a Eddie Van Feu vai contar como foi!

 

40 ANOS DE STAR WARS

Num dia 25 de maio, lá em 1977, George Lucas trouxe para os cinemas um filme que mudou tudo quanto era conceito de aventura e ficção espacial. Gostando ou não (Como alguém pode não gostar de Guerra nas Estrelas???) os personagens principais e a trilha sonora são reconhecidos até hoje em qualquer parte do planeta.

E, se a vida começa aos 40, parabéns Star Wars, o quarentão mais enxuto do cinema!

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Chá das Cinco #93 - CONFESSE: Você já acompanhou algum Reality Show?

Em mais um Vlog de vergonha alheia, confessamos quais os reality shows já acompanhamos na vida! 

Presentes os brothers: Renato Rodrigues, Eddie Van Feu, Ricky Nobre, Patrícia Balan e JM

 

HOMENS MORTOS CONTAM ÓTIMAS HISTÓRIAS! CRÍTICA DE PIRATAS DO CARIBE: A VINGANÇA DE SALAZAR

Por Eddie Van Feu



Piratas do Caribe chegou com poucas expectativas, em 2003, com A Maldição do Pérola Negra. Ninguém esperava muito de um filme baseado em um brinquedo da Disneylândia, mas o filme surpreendeu e rendeu mais duas ótimas sequências ágeis, divertidas e com visual cativante. Jack Sparrow virou um personagem icônico instantâneo e presença comum entre os cosplayers de eventos de quadrinhos e cinema. Piratas já tinha se tornado minha trilogia favorita quando veio o quarto filme, com nova direção, novo roteirista e total decepção. Mas o público compareceu e Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas, arrecadou mais de um bilhão de dólares. Com isso, já era certa uma sequência.



Só que a Disney perdeu 190 milhões com o Cavaleiro Solitário, onde Johnny Depp fazia um Tonto tão afetado quando Jack Sparrow. Com isso, os planos para um quinto Piratas foram suspensos. Até agora!




A Vingança de Salazar, título pouco inspirado e meio óbvio dado ao filme por aqui (no original, Dead Men Tell No Tales, Mortos Não Contam Histórias) passou por diversas mudanças até os acertos finais. Graças aos Deuses, os roteiristas do quarto, Terry Rossio e Ted Elliot, não estavam envolvidos (embora Rossio estivesse trabalhando em um roteiro para o quinto filme a pedido da Disney). O roteiro ficou a cargo de Jeff Nathanson e a direção ficou com a dupla norueguesa Joachim Rønning e Espen Sandberg.

A ideia era aproximar o quinto filme do clima do primeiro e é basicamente o que acontece. Revemos personagens nove anos depois das escolhas que os levaram aos seus caminhos. Jack Sparrow continua pensando em si mesmo e tomando as piores decisões, vivendo em um momento de total falência, Barbosa prospera em sua frota de navios piratas e reencontramos até dois velhos e divertidos soldados ingleses. Conhecemos também o filho de Will Turner (Orlando Bloom), que, como seu pai no primeiro filme, move a história adiante. Temos uma astróloga decidida que também se mostra uma peça importante para encontrar o tridente de Netuno, artefato mítico que quebraria todas as maldições.

A versão fantasmagórica e vingativa de Javer Bardem é convincente.

No caminho desses heróis disfuncionais, o antagonista se destaca. Javier Bardem encarna o Capitão Salazar e sua tripulação incrivelmente comprometida a matar tudo o que cruzar seus caminhos.
A história é divertida, o roteiro é amarrado e os diálogos são ágeis e ácidos, como nos bons tempos, e quase podemos fingir que o quarto filme não aconteceu. É ótimo rever todos em boa forma, com grandes efeitos e aventura pitoresca.


Porém... Sim, tem um porém! Mas talvez poucos notem. Quando saímos do glamour do filme e colocamos a história em um contexto, a coisa fica meio estranha. O vilão é um capitão da marinha espanhola que massacra piratas, determinado a acabar com todos eles, pois os vê como uma praga dos mares que espalha morte e destruição. Então... Sem querer ser chata, os piratas ERAM UMA PRAGA DOS MARES QUE ESPALHAVAM MORTE E DESTRUIÇÃO. Claro que nós amamos histórias de piratas, porque todos gostamos da anarquia e do romance proibido que eles evocam. Mas eles eram criminosos! Eram assassinos, estupradores, homens sem moral e saqueadores. Se aparecesse um Capitão Salazar determinado a exterminar todos os bandidos da minha cidade (ou do congresso...), ele seria meu herói! Jack Sparrow é ótimo e tem seu charme, adoro Barbosa, mas ambos perderiam minha simpatia se atacassem meu navio ou cidade e roubassem tudo o que eu tinha.


Voltando a falar do filme, a nível de fofoca, houve muitos problemas com Johnny Depp durante as filmagens. Aparentemente, o ator levou muito a sério essa história de entrar no personagem e vivia bêbado, atrasando o trabalho e até fazendo todo mundo mudar a agenda.

Se Johnny Depp teve problemas com bebida ou não durante as filmagens, só podemos supor. Mas nada comprometeu seu desempenho como Jack Sparrow.

Além do próprio Depp, todo mundo estava animado em voltar ao universo de Piratas do Caribe e fizeram um grande trabalho. O filme é garantia de diversão e você não vê o tempo passar, com cenas tocantes e bonitas. O elenco estava ávido para voltar às aventuras mágicas dos Sete Mares. Acredito que o público também. Se puder escolher, prefira a versão legendada. A Disney resolveu substituir o dublador Marco Antônio Costa que dubla Johnny Depp desde Anjos da Lei porque ele cometeu a ousadia de pedir um aumento. Por essa pão-durice e falta de senso, o público perde parte importante do personagem.

Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar estreia nessa quinta-feira em todos os cinemas! Esqueça o salva-vidas e se atire nesse mar!

Serviço:

PIRATAS DO CARIBE: A VINGANÇA DE SALAZAR

Gênero: Aventura e Ação
Duração: 129 minutos
Elenco: Johnny Depp, Javier Bardem, Brenton Thwaites, Kevin R. McNally, Kaya Scodelario, Golshifteh Farahani, Stephen Graham, Orlando Bloom, David Wenham e Geoffrey Rush
Diretores: Joachim Rønning e Espen Sandberg
Produtor: Jerry Bruckheimer
Produtores Executivos: Mike Stenson, Chad Oman, Joe Caracciolo, Jr., Terry Rossio, Brigham Taylor
Roteiro: Jeff Nathanson
Fotografia: Paul Cameron
Montagem: Roger Barton e Leigh Folsom Boyd
Música: Geoff Zanelli


COTAÇÃO:




Eddie Van Feu ficou mais feliz vendo o filme que Jack Sparrow ganhando dinheiro e já espera a sexta aventura com sua roupa de pirata.




terça-feira, 23 de maio de 2017

Chá das Cinco #92 - Você parou de ler gibis? Por que parou? Parou por quê?

Todo mundo aqui já leu quadrinhos por anos à fio e acabou parando por um motivo ou outro. Diga aí nos comentário os seus motivos (se é que você parou de ler) 

Presentes os leitores: Renato Rodrigues, JM, Eddie Van Feu, Ricky Nobre, Patrícia Balan e Carlos Tavares


segunda-feira, 22 de maio de 2017

ZACK SNYDER DEIXA O FILME DA LIGA DA JUSTIÇA


por Renato Rodrigues
A gente brinca muito aqui de descer o pau no Zack Snyder, mas essa notícia deixou a gente sem fala.
De acordo com o Hollywood Reporter, o diretor Zack Snyder se afastou da direção de “Liga da Justiça” para lidar com a morte de sua filha, Autumn Snyder, por suicídio. Deborah Snyder, esposa do diretor e produtora do filme, também se afastou.

A batuta da finalização do filme foi para Joss Whedon (Justamente o diretor dos dois filmes dos Vingadores) que assume a direção, incluindo o processo de pós-produção e a gravação e adição de novas cenas, que, segundo a Warner Brothers, já haviam sido idealizadas e planejadas por Snyder.



Atualizado: Triste foi ver os comentários da comunidade de quadrinhos "Ai, não, Jossueldon não! Agora o filme vai ser colorido e com piadinha.."
Ô, raça!

Chá das Cinco #91 - GIRO DA SEMANA

Twin Peaks voltou ontem e Will & Grace voltarão em breve! Tem também uma série nova sobre luta livre nos anos 80 e um bate papo sobre a popularidade de Guardiões da Galáxia Vol. 2

Presentes Renato Rodrigues, Eddie Van Feu, Ricky Nobre, Patrícia Balan e JM

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Chá das Cinco #90 - DICAS DE SÉRIES

3 dicas que você encontra na Netflix hoje: A australiana "Nowhere Boys", a série da DC "Legends of Tomorrow" e a original da Netflix "Desventuras em Série"

Dicas de Eddie Van Feu, Renato Rodrigues e Patricia Balan

WINCHESTER-CHESTER-DOOOOO

por Renato Rodrigues
Aí sim!!! Os irmãos Winchester enfrentam fantasmas, macumbas e todo tipo de criatura sobrenatural há mais de 13 anos e vão ganhar um reforço na próxima temporada... Pelo menos por um episódio: a turma do Scooby-Doo!!

A confirmação aconteceu em um evento da própria CW onde também revelaram que esse crossover da 13º temporada será todo feito em desenho animado.

Acho muito maneira essa liberdade criativa que a série tem além, claro, das muitas vezes em que ela se auto-sacaneou sem ter compromisso em se levar sempre a sério!

Às vezes a gente reclama que Supernatural já deu o que tinha que dar... Até aparecer essa noticia!!! LONGA VIDA A SUPERNATURAL!!!!

PS: Espero que o fantasma não seja o Scooby-Loo de novo.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

ANTES QUE EU VÁ – um novo clássico teen para os anos 10.

Por Ricky Nobre


A premissa do “dia da marmota” ou time loops/day loops já deu origem a diversos filmes. Apesar de já ter aparecido em algumas obras antes (inclusive no anime Urusei Yatsura), foi no hoje clássico Feitiço do Tempo (1993) que as desventuras de um herói preso no mesmo dia que se repete indefinidamente caiu no imaginário popular. A ideia foi repetida em vários seriados, como Day Break e até mesmo um episódio de Arquivo X, e recentemente voltou a inspirar filmes como Contra o Tempo (2011) e No Limite do Amanhã (2014), além do recente filme da Netflix ARQ (2016). É impressionante o fascínio que a ideia exerce sobre público e autores, uma vez que, normalmente, esse tipo de apropriação de premissa é considerado falta de imaginação ou, até mesmo, plágio. Em vez disso, está em vias de tornar-se quase um subgênero. Com filmes de ação, suspense e até sátiras, a premissa carecia de uma ótica mais humana, algo semelhante ao (quase) original Feitiço do Tempo, ainda que este fosse uma comédia e terminasse com uma mensagem bastante moralista. Então chega Antes Que Eu Vá.

 

O filme já começa na vantagem ao sair da mesmice apresentando um olhar feminino para a história, com mulheres à frente do projeto, como a autora do livro Lauren Oliver, a roteirista Maria Maggenti e a diretora Ry Russo-Young, além de um elenco, em sua maioria, de meninas. Conhecemos Sam (Zoey Deutch, muito bem), uma menina em vias de concluir o ensino médio, bonitinha, padrãozinha, patricinha, popular com suas amigas populares que flutuam nas camadas superiores da grotescamente cruel cadeia alimentar do high school americano. Rir dos esquisitos, praticar bullyng e namorar o garoto bonitão e popular é o que se espera dela. E ela segue o roteirinho. Uma noite, tudo dá errado e ela acaba num grave acidente de carro... e acorda em casa, no mesmo dia novamente. Após o primeiro passo, que é aceitar o que está acontecendo, a prioridade lhe parece ser não morrer mais. Mas isso é só o começo. Ela precisa aprender é a viver.

 

A narração inicial até sugere um filme piegas, com mensagens edificantes vazias, mas não é isso que o filme apresenta. O filme pode parecer excessivamente tolo de início, mas faz parte da apresentação da protagonista e do universo em que ela está inserida. Na verdade, a direção acerta ao apresentar um clima leve e introduzir impactos dramáticos nos momentos certos, enquanto a protagonista Sam, aparentemente fútil de início, cresce em substância conforme tem que lidar com a absurda situação em que se encontra. Em alguns momentos, pode haver certa dificuldade do espectador em entender a forma como Sam lida com a situação e com a repetição da rotina, e como ela pode levar tanto tempo para tomar certas atitudes. Isso, porém, faz parte do próprio tema do filme, sobre como é possível viver rotinas idênticas, dia após dia, e vermos as mesmas injustiças de novo e de novo até sermos capazes de sequer tentarmos algo diferente. Mesmo assim, certos saltos de tempo e certa apatia da personagem durante um determinado período de dias repetidos poderia ter sido melhor trabalhado no roteiro. 


 

Com um final inesperado e emocional, e um roteiro que leva a ideia do time loop para uma esfera mais intimista, contrapondo-se a outros filmes que usaram a premissa, Antes que Eu Vá pode se tornar um filme que os adolescentes de hoje vão se lembrar com enorme carinho daqui a 20, 30 anos. Poderia ser melhor escrito e estruturado, mas fica na cabeça bem depois da saída do cinema e isso não é algo que se veja com frequência. E se há algo de extremamente importante que o filme possa passar à juventude é: você NÃO sabe pelo que outra pessoa está passando. Seja gentil. Não seja um idiota. Viver um dia como se fosse o último não precisa significar fazer coisas sem se importar com as consequências, pelo contrário; significa fazê-las tendo exata noção delas. 



ANTES QUE EU VÁ (Before I Fall, 2017)
Com Zoey Deutch, Halston Sage, Logan Miller, Kian Lawley, Elena Kampouris, Cynthy Wu, Medalion Rahimi, Erica Tremblay e Jennifer Beals.
Direção: Ry Russo-Young
Roteiro: Maria Maggenti, baseado no livro de Lauren Oliver
Fotografia: Michael Fimognari
Montagem: Joe Landauer
Música: Adam Taylor


COTAÇÃO:

 

Chá das Cinco #89 - O que achamos de "Rei Arthur: A Lenda da Espada"

Direto de Camelot, o embate da semana:
Eddie gostou VS Ricky que achou muito marromenos. 
Veja os dois lados da história e depois o filme no cinema.

Presentes: Renato Rodrigues, Eddie Van Feu, Ricky Nobre, JM e Patrícia Balan.

Rei Arthur: Espadada, porrada e explosão!

Por Eddie Van Feu



Poucos mitos ganharam tantas versões e releituras quando Rei Arthur e seus cavaleiros. Já tivemos versões mais realistas, mais joviais, mais mágicas e até mais feministas. De Marion Zimmer Bradley a série Camelot (injustamente cancelada na primeira temporada), de Excalibur de 1981 ao anime Rei Arthur, praticamente tudo já foi feito sobre Rei Arthur! Mas não foi o bastante! Nunca será! O encanto de Camelot e a jornada do herói em um dos mitos mais ricos de nossa história nunca terminará e dele nunca nos saciaremos.

Mindinho fugiu de Game of Thrones e foi tumultuar em outro lugar.

Essa nova versão de Rei Arthur resolveu inovar e ignorar completamente a história original. Sinceramente, isso não me incomoda. Considero tão impossível fazer um bom filme de Rei Arthur tanto quanto de Os Três Mosqueteiros. São histórias novelescas, com muitos personagens e muitas coisas acontecendo ao longo de anos, e nada disso caberia em duas ou três horas. Então, tudo o que eu espero é uma boa e divertida história. E isso Rei Arthur: A Lenda da Espada deu!

Só eu estou surpresa em encontrar o David Beckham na Idade Média???

A história começa com o pai de Arthur (rei Uther) enfrentando inimigos mais fortes do que ele poderia vencer, deixando o pequeno Arthur sozinho. A partir daí, a vida de Arthur é resumida em um clipe de 40 segundos e nós o encontramos já galalau vivendo de trambiques. Como sempre, tem uma profecia que envolve a volta do jovem herdeiro ao trono desaparecido quando criança, e Arthur precisa decidir o que quer da vida. Por mais que seja mais fácil continuar sendo um picareta que bate até em vickings (!!!!), essa porta já se fechou.



Ele recebe ajuda da feiticeira Morgana, cuja magia remete ao antigo poder dos druidas de domínio dos animais e de assumir suas formas. Há também uma resistência ao déspota que também se junta ao herói relutante em sua jornada.

Charlie Hunnam faz o que pode, mas carece de tempero. 
Mas o que você quer saber é se o filme é bom! Depende das suas expectativas! Se você quer ver uma história genuína do Rei Arthur com um mínimo de respeito ao que sabemos de história, vá ler um livro. Qualquer um que viu a série Vickings da History Channel vai cair para trás quando vir a reação dos vickings em alguns momentos. Mas se você for ao cinema desapegado da história, pode se divertir.

THIS IS CAMELOT!!!!

A música é vibrante, escandalosa e espaçosa, desenhando as lutas e movimentos da história. Os efeitos especiais das feras e monstros são muito bem feitos e a narrativa é extremamente ágil, o que pode atrapalhar os mais distraídos. O elenco é bom, com Jude Law como tio de Arthur, Eric Bana como pai, Dijimon Hounsou, Aidan Gillen e David Beckham (??!!). Astrid Berges-Fribey é Morgana (acho), em um dos poucos papéis femininos relevantes da história. Mas isso não me incomoda, porque é realmente um filme para meninos (e eu não tenho nada contra filmes para meninos).

Parente é f...

Por incrível que pareça, a escolha mais fraca foi justamente para Arthur. Charles Hunnam, apesar de simpático, lembra um Thor descompensado, sem traço de nenhuma das qualidades que fizeram de Arthur um rei. Falta-lhe carisma e personalidade, o que é uma pena, porque ele acaba se destacando de maneira negativa do resto do elenco.

Astrid é muito bonitinha e uma ótima druidesa.

Rei Arthur estreia nessa quinta-feira com muito soco, pontapé, espadada e parkur, com música celta ao fundo e fotografia bonita! Já peguei minha pipoca porque eu sou dessas.

Ficha Técnica:

ELENCO: Charlie Hunnam, Jude Law, Eric Bana, Annabelle Wallis, Djimon Hounsou, Eline Powell, David Beckham
ROTEIRO: Joby Harold, Guy Ritchie, Lionel Wigram
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Bruce Berman, David Dobkin, Jeff Kleeman
PRODUÇÃO: Guy Ritchie, Tory Tunnell, Lionel Wigram, Akiva Goldsman, Joby Harold
DIREÇÃO: Guy Ritchie
País: EUA
Gênero: Ação, aventura, vídeoclipe e paranauê
Duração: 126 min
Distribuição: Warner Bros.





quarta-feira, 17 de maio de 2017

O RASTRO

Por Eddie Van Feu



O cinema nacional não tem tradição em filmes de terror. Eu me lembro que minha mãe sempre me contava que ia ao cinema sozinha ver filmes do Zé do Caixão, e ficava morrendo de medo ao voltar na rua escura e deserta depois. Foi só quando O Rastro surgiu que me toquei que de tantos filmes de terror que eu vi na minha vida, só Zé do Caixão era brazuca.



Mesmo sem tradição, O Rastro chegou e fincou sua bandeirinha. Suas falhas são patentes, mas o roteiro as ofusca. A história se passa no Rio de Janeiro dos dias de hoje, onde o caos da saúde deixa a população abandonada à própria sorte. João é um jovem médico que trabalha na Secretaria, executando decisões políticas e pouco populares. Em uma dessas decisões, ele fecha um antigo hospital, traindo seu mentor e padrinho do seu casamento. Na remoção dos pacientes na calada da noite, uma menina que tinha sido internada no dia anterior desaparece, dando o pontapé inicial no pesadelo de João, que vai fazer de tudo para descobrir o que aconteceu com ela.


A promoção do filme colocou no UCI do New York Center uma gaveta de necrotério para quem quisesse provar a coragem e ENTRAR!

A primeira metade do filme é meio engessada. Os diálogos não parecem naturais e há cenas de sustos gratuitos com som alto, o que eu chamo de gato pulando do armário, um artifício que já está caduco e deveria ser proibido. Mas a fotografia e o roteiro impulsionam o filme e em dado momento, todos se encontram e o filme desabrocha numa linda orquídea negra e mórbida.

A atual situação infeliz do Rio como parte importante da história é um dos pontos altos do roteiro.

O mais interessante de O Rastro é que a verdadeira história de terror é a que vivemos, de corrupção e decadência, de total ausência de moral daqueles que deveriam estar no comando. Os fantasmas acabam sendo um adereço, uma lâmpada que chama a atenção e aponta para o canto escuro onde os ratos se escondem.

O filme estreia nessa quinta-feira, dia 18, e merece uma visita, por mais assustador que seja o fato de não saber se você está dentro ou fora do cinema em alguns momentos.



O RASTRO

Ficha técnica:

Gênero: suspense, terror, sobrenatural
Direção: J.C. Feyer
Roteiro: André Pereira, Beatriz Manella
Elenco: Alberto Flaksman, Alice Wegmann, Cláudia Abreu, Érico Brás, Felipe Camargo, Gustavo Novaes, Jonas Bloch, Júlia Lund, Leandra Leal, Rafael Cardoso, Ricardo Ventura, Sura Berditchevsky
Produção: André Pereira, Malu Miranda
Fotografia: Gustavo Hadba
Montador: Marcio Hashimoto
Trilha Sonora: Fabiano Krieger, Lucas Marcier







Chá das Cinco #88 - Sobre o filme de terror nacional "O Rastro"

Eddie fala hoje do filme nacional de terror "O Rastro"



Sinopse: João Rocha (Rafael Cardoso), um jovem e talentoso médico em ascensão, acaba encarregado de uma tarefa ingrata: supervisionar a transferência de pacientes quando um hospital público da cidade do Rio de Janeiro é fechado por falta de verba. Quando tudo parece correr dentro da normalidade, uma das pacientes, criança, desaparece no meio da noite, levando João para uma jornada num mundo obscuro e perigoso.

REI ARTHUR: A LENDA DA ESPADA

 


Gangsta Arthur e Uma Espada Fumegante
Por Ricky Nobre

Guy Ritchie tem uma coisa meio Tarantino. Ele impõe seu estilo pessoal, super cool, barra-pesada-cult no que quer que ele faça. Enquanto Tarantino mantém-se confortável com seu nome-marca, uma espécie de selo que garante a seu público cativo que ele verá aquilo de sempre, mesmo que sem a qualidade de antes, Ritchie tenta sobreviver no mainstream de Hollywood diversificando sem mudar. Sua fase inglesa inicial, com Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes e Snatch: Porcos e Diamantes, estabeleceu o estilo esperto e ágil de contar histórias de malandros de rua e gangsters com violência e bom humor. Sua proposta de um Sherlock Holmes durão, onde Robert Downey Jr. apresenta mais uma excelente interpretação de Tony Stark, foi um grande sucesso de público, gerando uma continuação e a possibilidade de um terceiro filme em breve. Assim como o grande detetive da literatura ganhou uma versão abrutalhada e cool, outro grande clássico britânico recebeu tratamento semelhante do cineasta: Rei Arthur.

 

Não espere do roteiro qualquer semelhança com quaisquer outros filmes já feitos sobre as lendas de Arthur. Apenas alguns nomes e a própria espada Excalibur estão presentes para justificar o nome do herói no título, que continua despertando o imaginário popular após tantos séculos. Aqui, Arthur (Charlie Hunnam) é o herdeiro do trono inglês que acabou sendo criado num bordel (do qual se tornou dono) após um golpe de estado aplicado por seu tio (Jude Law). Porém, muito mais difícil do que se descobrir o herdeiro legítimo do trono é aceitar sua identidade, seu destino e sua relação com Excalibur, sendo o mundo bruto das ruas o que ele entende por lar, e sua motivação será mais por vingança do que por desejo de poder. Falando assim, parece bem interessante. E deveria ser.

 

Rei Arthur sofre do mal do "filme-conceito". Ele de fato foi vendido para o estúdio como "Senhor dos Anéis encontra Snatch". E esse conceito, que certamente daria um fanfilm engraçadíssimo, não sobrevive às exigências de um filme mais épico ou dramático. Vários diálogos e sequências-de-montagem parecem retiradas diretamente dos primeiros filmes de Ritchie. A escala épica fica por conta dos efeitos especiais e seres monstruosos, seguindo a linha das interpretações das lendas onde a magia é um ponto central. A proposta de um híbrido de fantasia medieval com malandragem urbana não gera novidade relevante além do óbvio contraste que se vê na tela. Enquanto fantasia é ralo, com ares de blockbuster padrão, com muita destruição e barulho; enquanto “filme de Guy Ritchie”, não apresenta novidades, assemelhando-se quase a uma paródia que por vezes se intromete na narrativa. 

 

Cabe à simpatia e gosto pessoal do espectador aceitar o Arthur sujão da rua com tintas fortemente contemporâneas em meio a magos, bruxas e monstros num ambiente medieval. Mesmo assim, é preciso não ter maiores expectativas quanto a originalidade e emoção, que é rara. Uma boa ajuda para apreciar o filme é evitar a tenebrosa conversão para 3D. Além de irrelevante para o filme, tem péssimo efeito na fotografia muitas vezes escura e constantemente dessaturada, tendo o problema agravado na maioria de nossas salas de projeção onde a luminosidade das lâmpadas dos projetores são diminuídas para economizar energia. O plano da Warner é uma franquia de seis filmes, e a grande questão é se existirá fôlego para isso tudo. O juiz será o público e a quantidade de dinheiro que ele colocar nas bilheterias. E aguardem o próximo projeto de Ritchie, onde ele comandará mais uma adaptação live-action de uma animação clássica da Disney. Segundo o próprio Ritchie, será sobre o maior malandro de rua de todos: Alladin. 




REI ARTHUR: A LENDA DA ESPADA

Com: Charlie Hunnam, Astrid Bergès-Frisbey, Jude Law, Djimon Hounsou, Eric Bana e Aidan Gillen.
Direção: Guy Ritchie
Roteiro: Joby Harold, Guy Ritchie e Lionel Wigram
Fotografia: John Mathieson
Montagem: James Herbert
Música: Daniel Pemberton


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