quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

MONTEIRO LOBATO + MAURÍCIO DE SOUZA

Por Renato Rodrigues
Esse ano a obra de Monteiro Lobato entra em domínio público e muitas editoras estão correndo para lançar suas versões. Maurício de Souza, que de bobo não tem nada, já preparou a sua: "Narizinho Arrebitado", a primeira história do Sítio do Picapau Amarelo.

Como na aventura original, Narizinho (Magali) visita o Reino das Águas Claras na companhia da boneca Emília (Mônica). Com certeza essa será o primeira de muitas adaptações do Sítio a pipocarem nas livrarias.

Eu vou comprar o meu e colecionar! Olha essa capa!



Turma da Mônica – Narizinho Arrebitado
Autor: Monteiro Lobato
Adaptação: Regina Zilberman
Ilustrações: Maurício de Sousa
Apresentação na orelha: José Vicente – Reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares
64 páginas
Girassol Brasil

A POLÊMICA DE SECOND COMING.


Por Carlos Tavares

O novo título da Vertigo, selo da DC Comics, Second Coming, ainda nem saiu e já está gerando uma onda de insatisfação enorme que agora foi convertida em uma petição. 

Para aqueles que não estão familiarizados com o assunto, Second Coming, do escritor Mark Russell e do artista Richard Pace, conta a história de Jesus retornando à Terra onde encontra o super-herói mais poderoso da Terra, o Sun-Man. A partir da sinopse, parece que Jesus está chocado ao saber o que aconteceu com o evangelho em sua ausência, mas isso não pareceu incitar as pessoas até que uma entrevista com Russell expandiu a premissa. 

"Um super-herói todo-poderoso, chamado Sun-Man, tem que dividir um apartamento de dois quartos com Jesus Cristo", disse Russell a Bleeding Cool. "O conceito é que Deus ficou tão aborrecido com a performance de Jesus na primeira vez que veio à Terra, desde que foi preso tão cedo e crucificado pouco depois, que o manteve preso desde então." 

"Deus então vê esse super-herói na Terra alguns milhares de anos depois e diz:" é o que eu queria para você! "Ele envia Jesus para aprender com esse super-herói e eles acabam aprendendo um com o outro", disse Russell. "Eles aprendem as limitações da abordagem um do outro para o mundo e seus problemas." 

Esses comentários têm estimulado alguns artigos diferentes que estão em desacordo com a premissa da história, e uma nova petição criada pela CitizenGo está chamando a DC para impedir o lançamento da série. Até agora, a petição tem 107.760 assinaturas, com uma meta de 200.000 (via Bleeding Cool). 

"A DC Comics está se programando para lançar uma nova série ultrajante e blasfema apresentando Jesus Cristo como o parceiro de um super-herói todo poderoso. Deixe a DC Comics saber que essa história é inapropriada. Ela deve ser imediatamente retirada de seu cronograma de lançamento "Você pode imaginar a mídia e o alvoroço político se a DC Comics estivesse alterando e zombando da história de Maomé ... ou Buda? Este conteúdo blasfemo não deve ser tolerado. Jesus Cristo é o Filho de Deus. Sua história não deve ser ridicularizada por causa da venda de histórias em quadrinhos." 

Não é como se fosse a primeira vez que Jesus aparecesse em um quadrinho, mas parece que muitos não estão felizes com as mudanças que a revista está fazendo na história de Jesus. Você pode ler a descrição oficial abaixo. 

"Testemunhe o retorno de Jesus Cristo, como Ele é enviado em uma missão santíssima por Deus para aprender o que é preciso para ser o verdadeiro messias da humanidade se tornando companheiro de quarto com o salvador favorito do mundo: o super-herói todo-poderoso Sun-Man, O Último Filho de Krispex! Mas quando Cristo retorna à Terra, ele fica chocado ao descobrir o que aconteceu com o seu evangelho - e agora, ele quer esclarecer as coisas. "

THE BATMAN - DATA DE LANÇAMENTO ANUNCIADA.


Por Carlos Tavares

A Warner Bros. acaba de anunciar datas para alguns de seus próximos filmes da DC, incluindo The Batman, que não terá Ben Affleck no papel-título. 

O The Hollywood Reporter revelou que a data de lançamento de The Batman de Matt Reeves será em 25 de junho de 2021, após uma recente entrevista com Matt Reeves sobre o enredo, os vilões do filme e muito mais. Enquanto isso, o Deadline informa que, após meses de especulação, Ben Affleck não irá estrelar como Bruce Wayne / Batman, pois a história tem a intenção de se concentrar em um Bruce mais jovem no filme. 

Bem Affleck também twittou após a notícia, dizendo "Animado por #TheBatman no verão de 2021 e para ver a visão de @MattReevesLA ganhar vida".

De acordo com a Variety, a Warner está muito feliz com os primeiros rascunhos de Reeves do filme Batman. 

Além disso, o DC Super Pets (!?!?) está marcado para estrear em 21 de maio de 2021, enquanto um novo Esquadrão Suicida será lançado em 6 de agosto de 2021. 

O Esquadrão Suicida, ao qual a Variety está se referindo como um "reboot" após o filme de 2016 está definido para ser escrito e dirigido pelo diretor James Gunn, e eu torço para que contratar Gunn para o Esquadrão tenha sido uma boa idéia. 

Este filme solo do Batman teve um processo de desenvolvimento turbulento. Em 2017, Ben Affleck disse que ele estaria dirigindo um filme do Batman. Mais tarde, confirmou-se que Affleck não estaria dirigindo o filme, mas ainda assim produziria e atuaria no projeto. Rumores posteriores sugeriram que Affleck terminará sua participação no Universo Estendido da DC como Batman em Esquadrão Suicida 2.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Sereia – O Lago dos Mortos: Lenda Russa Ganha Vida


Por Eddie Van Feu


  
Estreia amanhã, dia 31 de janeiro, um filme de terror fora do mainstream de Hollywood. O diretor Svyatoslav Podgayevskiy usou como inspiração a versão russa da lenda das sereias. Segundo as lendas eslavas, mulheres que morriam afogadas em rios e lagos se transformavam em sereias demoníacas, e eram condenadas a assombrar o local onde morreram. De noite, elas iam à superfície em busca de homens e com seu encanto, os atraíam para a morte nas profundezas. Os homens que caíssem em seus encantos estavam condenados a serem seus escravos para sempre.



Com essa abordagem, o filme é construído com tranquilidade e simplicidade. Não é estabanado e conhecemos seus poucos personagens o bastante para nos importarmos com eles, diferente de alguns filmes mata-mata que são indiferentes. A vítima da assombração é o jovem nadador bonitinho Roman (Efim Petrunin), que está para casar com a bonitinha Marina (Viktoriya Agalakova). Ao perceber que está vivendo uma situação macabra, ele pede ajuda para a noiva, a irmã e o melhor amigo.


O filme tem o pecado de alguns gatos pulando do armário (sustos sem motivo), mas tem a qualidade de ter um roteiro fluido, interessante e seus personagens não são imbecis. Ferramentas e informações são dadas a eles que tentam descobrir uma forma de quebrar a maldição. 


Os efeitos especiais são poucos, mas bem aproveitados e a atmosfera é envolvente. A história da Sereia foi um tanto resumida e merecia ter sido mais explorada. Eu veria de novo.
Para quem gosta de filmes de terror, curte lendas assustadoras e não se importa de sair da caixinha de vez em quando, é uma ótima pedida.




quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

DC UNIVERSE vs CANAL WARNER


Por Carlos Tavares

O CW tem um invejável leque de sucessos de super-heróis em sua rede, e foi um dos primeiros a unir grandes personagens do universo DC através de uma enorme quantidade de crossovers incríveis de super-heróis em suas séries. 

'Arrow' foi a primeira série de super-herói que começou tudo para o CW, e desde então, tem havido 11 temporadas de séries de super-heróis da DC que foram ao ar na rede até agora. 

Mas parece que a corrida do CW com iterações de super-heróis pode ter chegado a um obstáculo, já que a Disney e a DC Comics começaram ou planejam iniciar suas próprias redes de streaming para transmitir exclusivamente programas em seus respectivos universos. 

Enquanto o CW ainda tem um contrato de vários anos com a DC para temporadas anteriores de super-heróis como 'Arrow' e 'The Flash', todas as últimas temporadas e novos lançamentos serão transmitidos exclusivamente no site da DC Universe

Esperemos que o CW tenha bom senso e olhe para outras franquias de quadrinhos como Dark Horse e Image Comics, que, embora não sejam tão famosas quanto DC ou Marvel, criaram e lançaram notáveis ​​propriedades de graphic novels como Hellboy, Aliens e Spawn. 


A maioria das séries de super-heróis do CW tendem a ser familiares, enquanto que a Dark Horse e a Image Comics são conhecidos por seus anti-heróis mais atrevidos e estilo de desenho mais extravagante, e isso pode se tornar uma preocupação para o CW, pois eles terão que encontrar um jeito de adaptá-los a sua rede. 

O CW também terá que ter em mente as preocupações orçamentárias sobre a montagem dessas franquias como séries de TV, como até agora eles se inclinaram para uma mostra de super-heróis mais "realista", que exigem menos investimento em CGI. 


A Image Comics foi a precursora de todas as histórias em quadrinhos sangrentas e estranhas que vemos hoje. Personagens como The Maxx (que foi ao ar na MTV no início dos anos 90 devido a não ser amigo das crianças), e Spawn (onde o filme naufragou, mas a série animada foi bem recebida) definiram o ponto de referência para a complexa série de quadrinhos. 

Enquanto o Superman ainda estava usando sua cueca por cima da calça, Spawn tinha um traje vivo feito de necroplasma (uma substância verde com uma mente própria) nas entranhas ardentes do inferno. 

Os quadrinhos da Dark Horse também deram aos leitores algumas histórias incríveis, e que por sua vez levaram a clássicos live-action como "Alien" e "Hellboy". O número de adaptações que podem ser feitas a partir das franquias da Dark Horse é impressionante. 


No entanto, como mencionado anteriormente, o CW terá que considerar uma iteração mais amigável com a criança / TV se eles pensarem em converter qualquer uma das graphic novels da Image Comics ou Dark Horse em uma série. 

Dadas as circunstâncias, as redes terão que percorrer uma linha tênue para mapear um futuro curso de ação, já que suas opções serão limitadas por causa do conteúdo dessas histórias em quadrinhos e do perfil demográfico de seu público-alvo. 

O CW teve uma boa corrida com os super-heróis até agora, e esperamos que ele pelo menos considere a exibição desses programas como séries “da madrugada” em vez de programas de TV diurna, caso contrário, o CW pode se ver em apuros quando as pessoas começarem a assistir reprises sem fim de Arrow e The Flash.

Isso me lembrou do cão que corre atrás e morde o próprio rabo, já que a DC, a Warner e o CW são tudo da mesma "família".

CREED II: uma franquia que sempre se levanta antes do gongo.


Por Ricky Nobre


A longevidade da série Rocky é verdadeiramente impressionante. Pode ficar muitos anos dormente mas sempre dá um jeito de ressuscitar. Stallone já interpretou diversos personagens brucutus com enorme sucesso, mas nenhum com o fôlego para revivals periódicos como o pugilista com coração de ouro. E por mais improvável que pareça à primeira vista, é justamente esse coração que garante a preferência do público pelo garanhão italiano. Rocky é um cara MUITO legal de quem dá vontade de ser amigo, e revisitá-lo é como rever um velho companheiro. 

 

Depois do grande sucesso da volta de Rocky em 2006, o personagem parecia aposentado pra sempre, quando Ryan Coogler tornou possível injetar sangue novo em 2016 com Creed, onde o filho do falecido Apollo é treinado como pugilista pelo velho Rocky. Muito bem recebido pelo público e crítica, Creed pedia por uma sequência, ainda que o destino de Rocky ficasse dúbio ao final. Mas Rocky não pode morrer, e ele volta agora em Creed II. Mais do que o primeiro, este é um filme de Rocky, mas isso não quer dizer que o personagem título fique à sombra. O jovem diretor Steven Caple Jr. (que assumiu com a saída de Coogler devido ao cronograma de produção de Pantera Negra), realiza um filme muito bem equilibrado, dosando as quantidades exatas de nostalgia, fanservice e atenção aos dramas de cada personagem. 

 

A grande (velha) novidade de Creed II é a volta do pugilista russo Ivan Drago (Dolph Lundgren), adversário em Rocky IV (aquele vergonhoso panfleto da era Reagan), que matou o Apollo Creed no ringue e que agora traz seu filho Viktor (o lutador de MMA Florian 'Big Nasty' Munteanu) para desafiar Adonis e superar a vergonha e esquecimento que passou na Rússia após a derrota para Rocky. O jovem vê uma oportunidade de uma revanche pela morte do pai, mas Rocky vê que é uma péssima ideia e não quer parte nisso. 

 

Nessa trajetória, cada personagem tem que lidar com emoções que os consomem: Adonis, o orgulho; Ivan e Viktor, o ódio e a vergonha; Rocky, a incapacidade de lidar com o afastamento do filho. Creed II dá tão certo, não apenas pelas inúmeras referências a fatos e diálogos famosos de filmes anteriores e pela decisão de Caple Jr.de se entregar sem pudor aos clichês do boxe cinematográfico (que a série Rocky forjou praticamente sozinha), mas principalmente por ser um filme com coração. É um filme muito emotivo, que é muito honesto com os sentimentos dos personagens, estando totalmente em sintonia com o personagem de Rocky.

 

Se o filme falha em algo, é pela forma como a personagem de Ludmilla é usada. Sim, “usada” é o termo. Brigitte Nielsen volta como a (ex) esposa de Ivan e, apesar de uma participação diminuta e apenas um diálogo, é imprescindível para a conclusão da jornada de Ivan e Viktor. O problema é que, para fazer isso, foi descaracterizado todo o pouco que sabemos dela em Rocky IV. Assim, a esposa que apoiou o marido amorosamente ao deixar o ringue após a derrota para Rocky volta como uma típica “heartless bitch” que abandonou o marido e o filho por não conseguir conviver com um “fracassado”. Considerada inexpressiva, a personagem dela é descaracterizada e instrumentalizada para que as de Ivan e Viktor possam se desenvolver. Para fazer isso, um mínimo de explicação deveria ser apresentado que justificasse. Da forma que está, fica muito estranho para quem se lembra bem de Rocky IV.

 

Com uma arrecadação bem semelhante a de seu antecessor, Creed II não deixa dúvidas quanto à produção de um terceiro filme. Um terceiro que pode ter gosto de primeiro, uma vez que Stallone anunciou que este filme é sua despedida do personagem Rocky. Adonis Creed deverá, na próxima produção, sustentar-se por si só. É esperar e torcer. 

 


COTAÇÃO:

 
CREED II (2018)
Com: Michael B. Jordan, Sylvester Stallone, Tessa Thompson, Phylicia Rashad, Dolph Lundgren, Florian 'Big Nasty' Munteanu e Brigitte Nielsen.
Direção: Steven Caple Jr.
História: Cheo Hodari Coker e Sascha Penn
Roteiro: Sylvester Stallone e Juel Taylor
Fotografia: Kramer Morgenthau              
Montagem: Dana E. Glauberman, Saira Haider e Paul Harb
Música: Ludwig Göransson         

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

GEORGE PÉREZ ANUNCIA SUA APOSENTADORIA.


Por Carlos Tavares

George Pérez, o lendário artista por trás de alguns dos maiores eventos da história dos quadrinhos, anunciou formalmente sua aposentadoria dos quadrinhos. O artista divulgou uma carta aos fãs através de sua página do Facebook: 

“Para todos os meus fãs leais e gentis que me apoiaram ao longo das décadas, 

Nos últimos meses, tem havido muita especulação sobre o futuro da minha carreira, minha saúde, minha capacidade de desenhar e minhas futuras aparições em convenções. Como resultado, eu gostaria de esclarecer tudo em primeira mão para que, esperançosamente, quaisquer rumores, especulações e desinformação possam ser postas de lado. 

Com relação aos futuros trabalhos em quadrinhos e tal… eu sei que não é segredo que eu tenho lidado com uma miríade de problemas de saúde (diabetes, doenças cardíacas, problemas de visão, etc.), e esses problemas realmente me forçaram, para todos os efeitos, a me aposentar formalmente do negócio de criar novas histórias em quadrinhos. 

Quanto aos pedidos de encomendas em casa, temo que minha aposentadoria agora se estenda também aos desenhos encomendados em particular. Embora eu esteja satisfeito por todos os clientes que receberam suas peças estarem mais do que satisfeitos com os resultados, alguns até mesmo encomendando mais deles, está se tornando uma grande pressão nos meus olhos para produzir tinta e lápis totalmente renderizados. peças de tom em um nível de qualidade que justifica o preço que está sendo pago por eles. 

Para encerrar, não fique com pena de mim sobre todas essas mudanças de vida e carreira. Felizmente eu ganho mais do que o suficiente através de royalties para ter uma vida confortável em que eu nunca precise trabalhar novamente. A menos, claro, que algo realmente tentador apareça e me seja dado tempo de entrega suficiente. Ei, nunca se sabe. 

Resumindo, eu ficarei bem. Eu tive uma ótima experiência fazendo exatamente o que eu queria desde que eu era criança. Agora eu posso sentar e assistir as coisas que eu ajudei a criar entreter novas gerações inteiras. Esse é um bom legado para se lembrar. 

E muito disso é graças a todos vocês, os maiores fãs do mundo. Eu sou humilde e eternamente grato. 

Desejando a todos vocês um 2019 seguro, feliz, saudável e além.” 


Os destaques da carreira de George Pérez, de 64 anos, são numerosos demais para serem mencionados. Ao longo de quarenta anos de história em quadrinhos como artista e escritor, Pérez atraiu quase todos os principais personagens das listas da Marvel e da DC Comics. Com o colaborador frequente Marv Wolfman, Pérez co-criou Os Novos Titãs, onde juntou os então Robin, Moça-Maravilha e Kid Flash com os novos personagens Estelar, Ravena, Cyborg e Mutano. Wolfman e Pérez acabariam pela independência de Dick Grayson da identidade de Robin, criando o personagem Asa Noturna. 


A dupla também foi responsável pela maxi saga de 1985 chamada Crise nas Infinitas Terras


Depois de Crise, Pérez assumiu a nova revista da Mulher Maravilha, integrando elementos da mitologia grega na história da personagem pela primeira vez. 


Pérez finalmente retornaria aos Vingadores no final dos anos 90, e em 2003, com o escritor dos Vingadores Kurt Busiek, ele desenhou um cruzamento muito antecipado entre os Vingadores da Marvel e a Liga da Justiça da America da DC. Ao longo da série de quatro números, Pérez usou todos os personagens que já haviam sido membros das duas equipes. 


A influência e o lugar de Pérez na história dos quadrinhos americanos não podem ser exagerados. Embora a sua produção nos últimos anos tenha diminuído devido a problemas de saúde. 

Um dos maiores nomes na indústria dos quadrinhos. Espero que alguma proposta tentadora apareça e que ele retorne com o seu traço maravilhoso e que enche os nossos olhos com tantos detalhes que nos perdemos caçando todos eles em suas páginas incríveis. 


George Pérez, muito obrigado por tudo!!






domingo, 20 de janeiro de 2019

STAR TREK SPIN-OFF - SEÇÃO 31?


Por Carlos Tavares

A CBS All Access está atualmente desenvolvendo um spin-off de Star Trek: Discovery estrelado por Michelle Yeoh. A série contará com Yeoh no papel principal como a Capitã Philippa Georgiou e mostrará seu papel numa tal Seção 31 da Frota Estelar.

MARVEL'S VISÃO E FEITICEIRA ESCARLATE

SÉRIE ENCONTRA SEU SHOWRUNNER.

Por Carlos Tavares


De acordo com o The Hollywood Reporter, a série Visão e Feiticeira Escarlate, que será lançado na plataforma Disney + encontrou seu escritor e showrunner. 


A roteirista Jac Schaeffer, que já trabalhou no filme da Capitã Marvel, irá escrever o roteiro do piloto. A série ainda não tem data de estreia.

sábado, 19 de janeiro de 2019

DUBLADOR DO TIMÃO precisa de doação de sangue



O ator/dublador Pedro Lopes precisa de doação de sangue urgente (tipo O negativo).
Entre outros trabalho, ele fez a voz do suricate Timão do desenho "O Rei Leão")


Onde: Santa Casa Votuporanga - SP



Nenhuma descrição de foto disponível.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

NOVOS DEUSES


Por Carlos Tavares

A Warner Bros e a DC Comics têm muitos projetos em andamento, mas um que pegou a todos de surpresa foi o anuncio da produção dos Novos Deuses de Jack Kirby. Pelas mãos da diretora Ava DuVernay. 

Detalhes sobre o filme são escassos, já que a diretora aparentemente permanece na fase de desenvolvimento do filme, mas novos rumores revelados pelo blog We Got This Covered podem revelar como será o filme. 

O blog escreve que o filme de Novos Deuses "se concentrará principalmente no Senhor Milagre e na Grande Barda tentando escapar do planeta infernal conhecido como Apokolips. Além disso, a política e os conflitos entre Apokolips e seu mundo rival, Nova Genesis, darão peso adicional ao enredo." 


Não está claro se o filme será ambientado no universo compartilhado da DC, apesar das muitas ligações com os Novos Deuses que já foram vistas em filmes como Batman vs Superman, e Liga da Justiça. Já vimos as forças de Apokolips, os Parademônios, as Caixas Maternas e o Novo Deus Steppenwolf. 

Mas, como em todos os outros projetos da DC, não podemos contar com o parademônio ainda no tubo de explosão. Os planos da Warner Bros. para esses filmes tendem a vazar mais do que o normal, e nem todo projeto em desenvolvimento chega ao cinema. Filmes como Gladiador Dourado, Asa Noturna, Exterminador, Cyborg, A Tropa dos Lanternas Verdes, The Flash e muitos outros já foram revelados de alguma forma, sendo que a maioria já foi arquivada. 

Ava DuVernay

Vamos aguardar e torcer seguir adiante com seriedade e respeito para que enfim a DC desperte e decole de vez nos cinemas. Afinal se a Marvel pode lançar uns tais de Eternos, a DC pode e deve lançar sim os Novos Deuses. Afinal uma sempre vigia o trabalho da outra. Se você acha que não, o próprio Kevin Feige revelou que só decidiu fazer Capitão America: Guerra Civil, depois que a DC anunciou Batman vs Superman.

domingo, 13 de janeiro de 2019

VIDRO - A preciosa e frágil conclusão de uma trilogia inesperada.


Por Ricky Nobre


A carreira de M. Night Shyamalan tem um “que” de bizarra. O Sexto Sentido (1999), seu terceiro filme que todos pensam que foi o primeiro, foi um estrondoso sucesso e uma unanimidade de público e crítica que o tornou a grande sensação de Hollywood na virada do milênio. Daí por diante, seguiu um fase de sucessos que já não eram tão unânimes mas que consolidaram seu prestígio, principalmente sua marca registrada da “virada final inesperada”. De fato, é difícil encontrar em sua trajetória obras que, ainda de alta qualidade, tão exatas e perfeitas como Sexto Sentido e Corpo Fechado (2000), sendo este talvez seu mais magistral trabalho de direção. Suas obras posteriores tinham o perfil de obras primas falhas, como o sensacional suspense de Sinais (2002) que esbarra de falhas lógicas elementares do roteiro, ou a temática social absolutamente genial de A Vila (2004), mas que possui cenas supostamente aterrorizantes que não assustam nem o Cão Coragem. 

 

Controverso, permaneceu provocando fascínio em público e crítica até o inacreditavelmente ruim Fim dos Tempos (2008), um absoluto fracasso artístico e comercial. Daí foi ladeira abaixo, com O Último Mestre do Ar (2010), adaptação da famosa animação Avatar, que é até bastante decente na primeira metade (para quem não conhece a série), mas que se torna um desastre da metade em diante, e também Depois da Terra (2013), talvez não tão ruim quanto sua fama, mas absolutamente medíocre. Chegou um ponto em que se tornou um mistério como os estúdios ainda apostavam em seus projetos em frente à sequência de fracassos. Mas foi o próprio Shyamalan que desistiu de Hollywood primeiro, dizendo-se farto da interferência dos produtores em seu últimos trabalhos. Com um baixíssimo orçamento, voltou ao sucesso de público com um suspense estilo found footage com A Visita (2015), que custou 5 milhões de dólares e rendeu 98 milhões. Em seguida, Shyamalan se voltou a um projeto que era muito mais a sua cara. Fragmentado (2016) trazia um deslumbrante James McAvoy como um psicopata de múltiplas personalidades e o desespero de três meninas tentando fugir de seu cativeiro, enquanto conhecemos detalhes de sua história e dos indivíduos dentro dele em seus encontros com sua psiquiatra. Custou meros 9 milhões a arrecadou 278 milhões. Aos olhos de todos, Shyamalan estava de volta.


Rapidamente, Shyamalan tratou de anunciar seu filme seguinte. Seguindo a última cena do filme, em que descobrimos que tudo ocorre no mesmo universo do filme Corpo Fechado, ele releva que faria um crossover entre os filmes, no capítulo final de uma trilogia que, de fato, ninguém sabia que existia. Seu prestígio estava renovado a tal ponto que ele conseguiu rigorosamente sem esforço algum convencer a Disney e a Universal, cada uma detentora dos direitos de um filme, a juntarem as forças numa parceria inédita. Vidro chega carregado de expectativa, uma vez que seria o encontro de dois de seus melhores filmes. Como é de seu estilo, Shyamalan subverte expectativas logo de início, ao apressar o encontro entre o herói Dunn (Bruce Willis) e o vilão Kevin (McAvoy), para logo em seguida trancafiá-los numa instituição psiquiátrica sob os cuidados da Dra. Staple (Sarah Paulson), que acredita que eles sofram, junto com Elijah (Samuel L. Jackson), preso ali há 19 anos, de uma condição psiquiátrica que os fazem acreditar ter superpoderes. 

 

Vidro segue, a exemplo de Corpo Fechado, dissertando sobre os rudimentos das HQs de heróis, obsessão de Ellijah, que pretende se aproveitar da força bruta da Besta presente em Kevin para confrontar Dunn. Diversos aspectos do texto de Shyamalan são fascinantes, como a forma com que cada um dos três aprisionados tem um familiar que tenta agir em favor deles. Além dos óbvios (a mãe de Elijah e o filho de Dunn), a grande surpresa é Casey, a sobrevivente em Fragmentado que nutre imensa simpatia por Kevin, não apenas por ter sido poupada, mas pelo motivo dessa decisão de Kevin: são ambos vítimas da dor, sofrimento e abuso. A forma como os dois interagem ao longo do filme mostra grande sensibilidade de Shyamalan e é um de seus pontos altos. 

 

Igualmente instigantes são os esforços da Dra. Staple em convencer os três personagens de que seus superpoderes são uma ilusão, uma junção de pequenas coincidências com os traumas que sofreram em determinados momentos de suas vidas. Aqui, ele sugere um embate entre fé e ceticismo, mas também entre a arte dos quadrinhos e a sisudez engessada de quem a considera uma arte menor. A dúvida sobre seus argumentos, porém, é plantada com sucesso não só nos personagens mas também no público, e cabe justamente aos entes queridos (mãe, filho e vítima) manter viva a fé nos seus. 

 

Shyamalan, próximo ao fim, sente-se novamente à vontade em construir suas viradas de trama, e aqui pode-se até considerar uma certa “overdose”, com a virada da virada da virada. Essas revelações da trama, embora de qualidade, podem trazer um sabor insosso ao deixar o público órfão de um clímax prometido mas não concretizado. Mas isso é Shyamalan subvertendo expectativas, e para tirar o melhor da experiência é preciso embarcar no seu estilo. Numa das surpresas finais, porém, um determinado fato se mostra excessivamente bruto e frio, e provavelmente é a pior coisa do filme, principalmente em comparação com a forma com que outros personagens são tratados. Ao fim, percebemos que o filme não se chama Vidro a toa: é de fato o filme do Mr. Glass, assim como o primeiro foi de Dunn e o segundo de Kevin. O preço, porém, é alto. Relações e sentimentos preciosos entre os personagens são forjados e redenções são alcançadas e tudo parece ir por terra de forma violenta e impiedosa, para, no momento final, tudo mostrar-se como necessário para um objetivo mais elevado. Pode ser belo para alguns e descer quadrado para outros.

 

Vidro está sendo injustamente massacrado pela crítica internacional. Ainda que tenha alguns problemas, ele consolida um Shyamalan novamente à vontade com seu cinema que, reiterando, nunca foi de fato uma unanimidade após Sexto Sentido. Apesar de alguns momentos brilhantes, em sua totalidade ele fica abaixo dos dois anteriores, mas não de forma vergonhosa, pelo contrário. É possível que parte do público realmente deteste os rumos que Shyamalan escolheu para a história, e isso é bem compreensível. Mas está longe da fase nefasta iniciada com Fim dos Tempos. Esperamos que Shyamalan tenha voltado de fato, e pra ficar.

 

COTAÇÃO: 

VIDRO (Glass, 2019)

Com: Bruce Willis, Samuel L. Jackson, James McAvoy, Sarah Paulson, Anya Taylor-Joy, Spencer Treat Clark e Charlayne Woodard.

Roteiro e direção: M. Night Shyamalan  

Fotografia: Mike Gioulakis

Montagem: Luke Ciarrocchi e Blu Murray

Música: West Dylan Thordson