terça-feira, 12 de agosto de 2014

GOOD MORNING, MR WILLIAMS


por Ricky Nobre (Via Facebook)

Tem gente aí falando mal do Robin Williams por causa da piada de mau gosto sobre o Brasil. Sim foi de mal gosto mesmo. Ninguém é perfeito e ele, depois de quase 40 anos, tinha voltado a ter problemas com álcool, drogas e depressão. Julgar é muito fácil.

A notícia de sua morte me chocou como a de um conhecido. Dois dos filmes que mais me marcaram nos anos 80 e que amo até hoje são Bom Dia Vietnam e Sociedade dos Poetas Mortos. Era um ator não apenas de um talento extraordinário e de um senso de humor único, mas um amigo exemplar. Chistopher Reeve, o saudoso Super Homem, foi quem ajudou Williams a superar seu vício em drogas. Muitos anos mais tarde, em retribuição, Williams pagou os milhões de dólares que custaram o tratamento médico de Reeve quando este ficou tetraplégico e o plano de saúde se recusou a continuar pagando.

Lembro-me também de Steven Spielberg durante as dificílimas e depressivas filmagens de A Lista de Schindler na Polônia. Exausto com o clima do trabalho, Spielberg ligou para seu velho amigo Williams. "Eu não sorria faziam três semanas e ele me fez rir por 20 minutos sem parar".

São só histórias das quais sempre me lembro.

Um comentário:

Gabriel Maia disse...

"Sociedade dos poetas mortos" foi o primeiro filme que vi dele, e realmente, foi um marco na minha personalidade, a habilidade de "ser melhor" do que se é em pura essência e não em simples títulos.
Robin foi uma das minhas inspirações por muito mais do que seus trabalhos, foi minha inspiração inclusive em descobrir e entender o porque de pessoas tão especiais como ele sentirem aquele tipo de tristeza que ele carregava e por vezes aparecia, mas muito pouco, pois parece que ele sabia de sua missão em inspirar as pessoas ao melhor que elas poderiam ser.
É o tipo de despedida que deixa um vácuo no mundo.