Eddie Van Feu
Chega às telonas nessa próxima quinta-feira, dia 23, a animação Frankie e os Monstros, com direção de Steve Hudson, que assina o roteiro junto com Guy Bass. A trama é divertida e ideal para quem curte o clima de Halloween do mês de outubro.
Frankie é uma criação de um cientista louco, no filme chamado de professor não sei por quê, que cuida do castelo, das novas criações que estão sempre chegando e até da segurança do cientista. Numa alegoria de pais que se empolgam tanto com suas conquistas que estão sempre em busca de novas, o “Professor Maluco”, como é chamado, apesar de não ensinar nada a ninguém, vive numa histeria criativa, pulando de uma criação a outra, sem nem mesmo aproveitar ou admirar o que acabou de criar.

Os monstros, feitos de partes humanas e de animais, sobram
para Frankie, seu primeiro “filho”, que cuida deles como quem cuida de crianças,
incutindo neles o medo das pessoas da cidade, que podem invadir o castelo e tacar
fogo em tudo se souberem de sua existência.
O povo da cidade vive no tédio e no medo do que pode ter
naquele castelo sinistro, o Grotescal, até que chega um Circo de Horrores que
não horroriza ninguém. À beira da falência, o dono do circo vai até o castelo e
convence o jovem a ir com ele. Frankie não se sente amado, sendo invisível ao
seu criador que só se ocupa com o que ainda não existe, num tipo de ansiedade
psicótica. E aí ele vai!
Criação, que lembra um pouco o amigo imaginário do primeiro Divertidamente, vai ao seu resgate, acreditando que ele foi sequestrado. No meio disso tudo temos a divertida Anabela, uma menininha fofa que não tem medo de monstros e parece ser a única pessoa racional na cidade.
Tudo parece ir bem, até que a ganância se apresenta e aí...
Aí é ir ver o filme, né?
Vi com o Douglas, meu filho de 6 anos, e ele adorou. As
músicas são divertidas, os personagens são cativantes e o humor é sutil, mas funciona
bem.
O tema central gira em torno da percepção e o do real. Humanos temem monstros que temem humanos. Frankie se sente ignorado ao não receber afeto do pai, mas ignora o afeto que recebe dos irmãos monstros. Não tem fôlego para um clássico, mas é uma boa diversão e uma história sensível e moderna, apesar de se passar em sei lá quando. Douglas gostou e eu também!
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