Por
Gabriel Maia
Quando
anunciaram "Coringa" li a proposta e pensei; "Cara, isso pode
ser muito legal".
A
proposta era um Coringa mais pé no chão. Algo que você imagina que poderia
acontecer com qualquer um, seja seu vizinho, seu primo, ou até com você mesmo.
E
o filme trouxe essa ideia.
Arthur
Fleck é um homem claramente doente, criado por uma mulher também com distúrbios
mentais, que o maltratava a nível de tortura física e psicológica.
Porém,
Arthur cresceu como um homem "comum", até que cada pequeno evento
ruim de sua vida culmina no rompimento de sua realidade.
Arthur
é um homem doente onde o maior problema dele nem eram os distúrbios, mas a
carência. Ele era tão carente que quando sentiu que foi notado, achou que este
era o caminho.
As
pessoas falaram do palhaço assassino, vestiram máscaras dele, finalmente ele
era alguém. A carência era o verdadeiro inimigo ali. E para matar sua carência
e fazer valer os olhares que davam a ele, Arthur faria qualquer coisa; matar um
apresentador, instigar uma rebelião... ser um símbolo.
Na
verdade, este Coringa é apenas isso; um símbolo. Gotham, conhecida pelos fãs do
Batman como lar dos criminosos insanos mais perigosos que existem, no filme é
só uma cidade decadente moralmente. E é o Coringa quem dá o início à loucura da
cidade. Ele dá o primeiro tiro que desperta outros malucos no sentido
"Sim, nós podemos!". E é o que o filme passa até seu último segundo.
Para
nós, o Coringa é símbolo da loucura, do caos e da crueldade.
No
filme, o Coringa mostrado é apenas o símbolo da loucura sendo liberada.
Pode
ser que haja outro Coringa que se tornará inimigo do Batman, e este seja o que
nós conhecemos e amamos/odiamos.
As
pessoas precisam ir ao cinema preparadas para ver um Coringa... light.
Não
tem nada da violência excessiva que mencionaram.
A
iluminação é boa, a fotografia é linda, e Joaquin está incrível como sempre
(sou fã do cara).
Mas
o filme é parado... morto... na verdade.
O
filme não se vale de sonoplastia o que dá um tom de tédio (lembra da cena do
Batman espancando o Coringa na delegacia? Ali tem um som crescente na mente que
nos aflige, pressiona e nos deixa apreensivos), o recurso sonoro é praticamente
abandonado aqui.
O
filme também peca na pobreza de construção de personagens.
Você
tem o oprimido e o opressor.
O
oprimido é pobre, bonzinho e sofre muito.
O
opressor é rico (ou empresário, ainda que pequeno), e mal.
A
sociedade é cruel e fica claro o direito a se rebelar porque você foi
abandonado por todos e todo mundo é mal.
Não
é que estimule a criminalidade, não é isso.
Mas
é bem chato não deixar claro que Arthur fez as piores escolhas possíveis e que
havia outras. Ou que existem mais camadas do que "opressor e
oprimido".
O
filme é pobre, sem emoção e Joaquin fez de tudo pra salvá-lo.
Enfim...
muita gente vai adorar o filme.
Outros,
como eu, talvez saiam um pouco decepcionados.
Se
for pra ver um filme de alguém que chega ao limite com a sociedade "Um dia
de fúria" é muito melhor.
3 comentários:
شركة تنظيف بالقطيف
The Network Systems Engineer must document all the interactions with detail technical descriptions, root causes and solutions. The professionals have to examine and evaluate the new technology and must brief others about its merits, weaknesses and recommendation on adoptability. They have to validate the updates of the operating system, software, hardware.
Wow Wow Wow! This is what I have been waiting for, thank you very much!
I am a Mgwin88 web developer, online casino website, slots service, quick bonuses, baccarat, give away free credit, invite friends, get 20% free credit, Mgwin88 หวยลอตโต้ 1-minute automatic deposit system, 24-hour service.
Postar um comentário