domingo, 12 de setembro de 2021

Dylan Dog e as Criaturas da Noite: Um Equívoco do Início ao Fim

 Eddie Van Feu
 
O filme é de 2011, mas eu só vi agora e a experiência foi tão esquisita que eu tinha que compartilhar com você! 





Inspirado em uma série de quadrinhos que rola até hoje e tem uma grande base de fãs, ele traz Brandon Routh no papel título. Nos quadrinhos, Dylan Dog é um detetive que investiga casos paranormais em roteiros interessantes, como no caso do homem que era tão inexpressivo em sua vida que acaba se tornando invisível, literalmente. Aí eu pensei: “Ah, um filme baseado em quadrinhos com terror e Brandon Routh! O que pode dar errado?” Então, tudo!
Pra começar, direção e roteiro são medíocres em essência e me ofende que essa gente tenha ganho dinheiro por isso. A inspiração nos quadrinhos começa no título e termina no fusquinha que Dylan dirige. As atuações são terríveis. A trama parece ter sido escrita por um Mestre de RPG Lobisomem de 12 anos em um dia ruim.



Dá pra perceber que tem algo errado nos primeiros três minutos de filme. Foi, aliás, quando eu parei e só retomei por teimosia alguns dias depois. Na primeira sequência, que já é um cliché em si, há uma tremenda falta de ritmo que já aponta que a direção é desastrosa. O momento de suspense com amimais mortos empalhados em uma sala escura não funciona, graças à atriz com cara de papel em branco e a trilha sonora inexistente. A seguir, vemos Brandon Routh jogando pela janela qualquer referência ao personagem agindo como um detetive super mega fodão que acerta todas, prevê o futuro e não tem medo de nada. Atenção! Não é culpa do ator! Ele seguiu o roteiro e o diretor.




Daí em diante é ladeira abaixo. O amigo de Dylan, Marcus, que deveria ser um alívio cômico, fracassa retumbantemente e não sei se podemos culpá-lo. Suas falas são péssimas, o humor não funciona, e o texto se detém tempo demais em piadas sem graça (na esperança de que se esticarem bastante consigam fazer alguém rir). A mocinha não tem fala, expressão, carisma e é tão esquecível que ninguém lembra dela no final, depois da batalha que deveria ser o clímax.



As cenas de ação são tão ruins, mas tão ruins, que eu comecei a me perguntar se o filme era dos anos 80. “Não pode ser! O Brandon Routh está ali! Eu o estou vendo!”, pensei. Gente! É sério! As lutas são piores (BEM PIORES) que qualquer episódio de Buffy e Angel, que são para a TV e anteriores! Os efeitos de vampiros, inclusive, são muito similares aos de Buffy. O lobisomem que aparece no começo é claramente alguém de macacão peludo! Aí eu pensei: “Coitados! Deve ter sido uma produção com pouco dinheiro!” Eles tiveram 20 milhões de dólares! VINTE MILHÕES! E segundo alguns sites, 35 milhões! Ah, eu pedia uma auditoria! CPI neles!
O roteiro é simples e previsível, com direito a artefato mágico que faz algo incrível. Só que nada é explicado corretamente, graças ao texto horrível e a péssima direção, deixando tudo um pouco confuso. Só dá pra entender porque é muito básico mesmo e porque alguém depois faz questão de explicar para a audiência que cochilou no meio.
Enfim, eu vi até o final porque era como alguém vendo um acidente acontecendo. Não encontrei uma explicação para o filme ser tão ruim. Para os fãs do quadrinho, foi uma ofensa. Para os que só queriam um bom filme, foi uma decepção. Não funciona nem como um, nem como outro. Sinceramente, eu teria feito bem melhor.



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