sábado, 11 de junho de 2011

MAGIA PRÁTICA, de Franz Bardon: Primeiro capítulo.

Por Ricky Nobre

Amigos da Loboteca, hoje damos uma amostra do recém lançado Magia Prática, de Franz Bardon, na nova edição da Editora Linhas Tortas com tradução de Eddie Van Feu e Patrícia Balan.

Você pode adiquirir o livro Magia Prática no site da editora, www.linhastortas.com, e pagar com cartão Visa ou Mastercard em até 3x sem juros, ou também por depósito bancário. Se preferir pode também comprar pelo telefone: (21) 3872-4971.



Iniciação I
Teoria


O Grande Mistério do Tetragrammaton ou
O Cabalístico Yod-Heh-Vau-Heh
“O que está em cima é como o que está embaixo.” Hermes Trimegisto


Os Elementos

Tudo o que já foi criado veio a este plano através dos efeitos dos elementos. Isso se aplica tanto ao macrocosmo quanto ao microcosmo, os grandes e pequenos mundos. Entretanto, eu vou lidar com essas energias no começo da iniciação e mostrar particularmente sua profunda importância e seu múltiplo significado. Até agora, muito pouco tem sido dito na literatura oculta sobre a energia dos elementos. Por essa razão, tornei minha responsabilidade tratar desse assunto pouco explicado e erguer os véus que encobrem suas leis. Naturalmente, é uma tarefa difícil iluminar o não iniciado para que eles não só se tornem conscientes da existência e da atividade dos elementos, mas que também possam se tornar capazes de trabalhar na prática com essas energias no futuro.
Todo o universo pode ser comparado a um mecanismo de relógio com engrenagens que se juntam e são interdependentes. Até mesmo o conceito da deidade como o ser compreensível mais elevado pode ser categorizado em aspectos análogos aos elementos. Falaremos mais sobre isso no capítulo sobre Deus.
Nas mais antigas escrituras orientais, os elementos são chamados de tattwas. Na literatura européia, só prestamos atenção neles quando seus bons efeitos são mostrados e quando somos avisados de suas influências desfavoráveis. Em outras palavras, sob as influências dos tattwas, certas ações podem ser realizadas e outras não. Não deve haver dúvidas sobre a autenticidade deste fato. Mas tudo o que foi publicado até agora mostra apenas um aspecto limitado dos efeitos dos elementos, que podem ser encontrados facilmente em livros de astrologia.
Entretanto, eu vou penetrar mais fundo no segredo dos elementos. Por isso, eu escolhi uma outra chave, uma que é análoga à chave astrológica, mas que na verdade não tem nada a ver com ela. Vou mostrar como utilizar essa chave nas mais diversas maneiras, as quais são desconhecidas para o leitor, até agora. Nos próximos capítulos, vou lidar em sequência e com detalhes com as funções, analogias e efeitos dos elementos. Não apenas a teoria será revelada, mas daremos atenção também à prática, pois é aqui que você encontrará o maior arcano.
Mesmo no Tarot, o mais antigo livro da sabedoria, esse grande mistério dos elementos é lembrado por ter como representação da primeira carta a figura do Mago, que enfatiza o conhecimento e controle dos elementos. Nessa primeira lâmina, a espada simboliza o elemento Fogo, a varinha, o elemento Ar, a taça, o elemento Água e as moedas, o elemento Terra. Aqui, é óbvio que os antigos mistérios escolheram o Mago como a primeira carta do Tarot e, consequentemente, escolheram o controle dos elementos como primeira ação da iniciação. Em honra a essa tradição, vou devotar a maior atenção aos elementos, acima de tudo. Mais adiante, ficará evidente que a chave para os elementos é um remédio universal com os quais todos os problemas podem ser resolvidos.
A sequência dos tattwas, de acordo com o sistema hindu, é o seguinte:

Akasha – Princípio do Éter
Tejas – Princípio do Fogo
Vayu – Princípio do Ar
Apas – Princípio da Água
Prithiivi – Princípio da Terra

De acordo com a doutrina hindu, os quatro tattwas mais densos se formaram a partir do quinto tattwa, o princípio akáshico (ou o Akasha). Assim, o Akasha é o princípio causal e, como a quinta energia, é também conhecido como a quintessência. No capítulo apropriado, falarei mais detalhes sobre o Akasha, o mais sutil dos elementos. Também falarei dos atributos de cada elemento, indo do mais alto plano até a matéria física mais densa. Neste momento, o leitor já deve ter percebido que não é tarefa fácil analisar o grande mistério da criação e encontrar as palavras certas capazes de fazer alguém penetrar nesse assunto e formar uma imagem dele.
A análise dos elementos é discutida em maiores detalhes e seu valor prático é enfatizado, de forma que qualquer cientista, seja ele um químico, um físico, um hipnotizador, um ocultista, um mago, um místico, um cabalista, um yogui, ou o que quer que seja, poderá extrair disso seus benefícios práticos. O propósito deste livro terá sido alcançado se eu tiver sucesso em ensinar ao leitor como penetrar neste assunto ao menos até o ponto onde ele seja capaz de usar a chave prática para o campo de conhecimento que interessa a ele.

O Princípio do Fogo

Já mencionamos que o Akasha ou princípio Etérico, é a causa da formação dos elementos. De acordo com as escrituras orientais, o primeiro elemento a vir do Akasha é Tejas, o princípio do Fogo. Este elemento, assim como os outros, age não apenas no nosso plano físico, mas em tudo que foi criado. Os atributos fundamentais do princípio do Fogo são calor e expansão. É por isso que, no início de qualquer criação, há Fogo e Luz. Até a Bíblia começa com as palavras “Fiat Lux – que se faça a luz.”
A Luz, naturalmente, tem no Fogo a sua fundação. Todos os elementos, incluindo o Fogo, possuem duas polaridades, chamadas ativa e passiva ou plus e minus. A ativa é sempre construtiva, criativa e geradora, enquanto que a passiva é desagregadora e destruidora. Quando falamos de um elemento, devemos sempre falar de seus dois atributos fundamentais.
A religião tem sempre atribuído o bem à parte ativa e o mal à parte passiva. Fundamentalmente, entretanto, não há bom nem mau. Isso é baseado em conceitos humanos. Para o Universo, não existe bom nem mau, porque tudo foi criado de acordo com leis imutáveis. Os princípios divinos são refletidos nessas leis, e apenas conhecendo essas leis é possível se aproximar do divino.
Como mencionado antes, a expansão é inerente ao princípio do Fogo. A fim de obter uma melhor ideia deste princípio, vamos chamá-lo de fluido elétrico. Mais tarde, descobriremos a razão para a analogia entre o fluido elétrico e a eletricidade física. O princípio elemental do Fogo é ativo e latente em tudo que foi criado em todo o universo, do menor grão de areia ao mais elevado ser visível ou invisível.

O Princípio da Água

No capítulo anterior, tomamos conhecimento da criação e das características do elemento positivo Fogo. Nesse capítulo, vamos descrever o princípio oposto, o princípio da Água. Assim como o Fogo, esse princípio também veio do Akasha, o princípio etérico. Em comparação com o Fogo, ela tem atributos totalmente opostos, sendo suas propriedades fundamentais o frio e a retração. Aqui também lidamos com dois pólos ou polaridades: o pólo positivo é construtor, doador de vida, nutriente e preservador, enquanto o pólo negativo, assim como o Fogo, é decompositor, fermentador, desagregador e dissipador. Uma vez que o atributo fundamental deste elemento é a retração, ele originou o fluido magnético. Fogo, assim como a Água, é ativo em todas as regiões. De acordo com a lei da criação, o princípio do Fogo não pode existir sem conter em si um pólo oposto, que é o princípio da Água. Esses são os dois elementos fundamentais com os quais tudo é criado. Consequentemente, nós temos que contar em todos os lugares com esses dois elementos principais, e com os fluidos elétrico e magnético, assim como suas polaridades opostas.


O Princípio do Ar

Outro elemento que se originou do Akasha é o Ar. Iniciados não consideram este um elemento verdadeiro. Ao invés disso, eles lhe dão o lugar de mediador entre os princípios do Fogo e da Água, que o Ar estabiliza, com um equilíbrio neutro entre os princípios ativo e passivo do Fogo e da Água. Toda vida criada foi colocada em movimento através da ação recíproca das polaridades ativa e passiva dos elementos do Fogo e da Água.
Na sua posição de mediador, o princípio do Ar adquiriu do Fogo o atributo do calor e da Água o atributo da umidade. A vida não seria possível sem esses dois atributos, que também dão ao Ar duas polaridades: em seu efeito positivo é a polaridade doadora de vida e no efeito negativo, a polaridade destruidora.
Eu deveria acrescentar a isso que os elementos citados não são o fogo, água e ar comuns, que são apenas aspectos do plano material ou físico. Ao invés disso, estamos lidando aqui somente com os atributos universais dos elementos.

O Princípio da Terra

Nós dissemos que o princípio do Ar não representa verdadeiramente um elemento. O mesmo se aplica ao princípio da Terra. Isso significa que, da ação integrada dos três elementos citados, a Terra formou-se por último e, com seu atributo específico de solidificação, contém os outros três elementos. Esta característica de solidificação também deu aos outros elementos uma forma concreta. Ao mesmo tempo, as atividades desses três elementos foram limitadas e, como resultado, espaço, dimensão, peso e tempo passaram a existir. A ação recíproca dos três elementos junto com o elemento Terra se tornou quadripolar. O fluido na polaridade do elemento Terra é eletromagnético. Uma vez que todos os elementos são ativos no quarto elemento, Terra, toda vida criada pode ser explicada. Através da materialização deste elemento que surgiu o Fiat, o “Faça-se”.
Detalhes dos efeitos específicos dos elementos nas várias esferas e reinos, como o reino da natureza, o reino animal, o reino humano, etc..., serão dados mais adiante. O mais importante neste momento é que o leitor tenha uma ideia geral dos efeitos das características dos elementos em todo o universo.

Luz

A base da luz é o princípio do Fogo. A luz jamais teria vindo ao mundo se não fosse o princípio do Fogo. Assim, a luz é um aspecto do Fogo. Todo elemento do Fogo pode ser transformado em luz, e vice-versa. Por isso, a luz contém todas as características específicas: ela é iluminadora, penetradora e expansiva. O oposto da luz é a escuridão, que veio do princípio da Água. A escuridão possui as características opostas da luz. A luz não poderia ser reconhecida sem a escuridão, pois sem esta, a luz não poderia existir. Você pode tirar disso que luz e escuridão vieram da ação recíproca de dois elementos, Fogo e Água. A luz possui seus efeitos na característica positiva, enquanto a escuridão, na negativa. Essa alternância é ativa em todas as regiões.

O Akasha ou Princípio Etérico

Quando mencionei os elementos, disse várias vezes que eles se originaram do princípio etérico. O princípio etérico é o mais elevado, poderoso, o mais inimaginável, a existência primordial, a causa original de todas as coisas e de tudo criado. É a esfera causal. Não há tempo ou espaço no Akasha. Ele é não criado, incompreensível e indefinível. As diferentes religiões o chamam de Deus. É a quinta energia, a energia primordial. É quem cria todas as coisas e as mantém em equilíbrio. É a fonte e a pureza de todos os pensamentos e ideias. É o mundo primordial no qual todas as coisas criadas se mantêm, da mais alta das esferas a mais baixa. É a quintessência dos alquimistas. É Tudo dentro do Todo.

O Karma: A Lei da Causa e Efeito

A lei da causa e efeito é uma lei imutável que tem em seu aspecto o princípio do Akasha. Cada causa produz seu efeito correspondente. Isso é aceito em todos os lugares como a lei suprema. Toda ação tem como consequência um efeito ou produto. Por isso, o karma não deve ser levado em conta apenas para as boas ações, como a filosofia oriental ensina, mas em seu significado mais profundo. Seres humanos instintivamente sentem que tudo o que for bom só poderá ter como consequência bons frutos e tudo o que for mau, só poderá render maus frutos. Como o provérbio atesta, “o que se planta, colhe”. Todos devem conhecer e respeitar essa lei irrefutável. A lei da causa e efeito também se aplica aos elementos. Não entrarei em detalhes sobre esta lei, que pode ser explicada em muito poucas palavras e que é clara e autoexplicativa para qualquer ser pensante. A lei do desenvolvimento e da evolução também está subordinada a lei da causa e efeito. Por isso a evolução é um aspecto da lei do karma.

O Ser Humano – O corpo

A verdadeira imagem de Deus é o ser humano, que foi criado como um retrato do universo. Tudo o que puder ser encontrado no universo em uma larga escala pode ser refletido em um ser humano numa escala menor. É por isso que o ser humano é chamado microcosmo, enquanto que o universo é chamado de macrocosmo. Na realidade, toda a natureza se reflete no ser humano, e o objetivo deste capítulo é ensinar o estudante a aprender, observar, conhecer e dominar essa verdade.
Eu não vou descrever os processos físicos do corpo humano, uma vez que qualquer um pode encontrar isso em literatura relevante sobre o tema. Ao invés disso, eu vou ensinar como observar o ser humano de um ponto de vista hermético e esclarecer àqueles que se interessarem em fazer uso da chave fundamental, o efeito dos elementos.
Um conhecido provérbio diz: “Mente saudável em corpo saudável”. A profunda verdade contida nessas palavras se tornará clara para quem estudar o ser humano. Alguém certamente perguntará: o que é a saúde do ponto de vista hermético? Nem todo mundo estará em posição de responder essa pergunta imediatamente, porque a maioria das pessoas vai explicar a saúde de um ponto de vista totalmente pessoal. Entretanto, do ponto de vista hermético, a saúde é considerada a completa harmonia das energias que atuam no corpo, respeitando os atributos originais dos elementos. Não é preciso uma desarmonia muito grande dos elementos num corpo para provocar um efeito visível que chamamos comumente como doença. Desarmonia na forma de doença já é um distúrbio importante nas regiões do corpo em que atuam elementos. Por isso, é um pré-requisito para o iniciado dar muita atenção ao seu corpo. A visão da aparência externa do corpo se assemelha a uma bela vestimenta, e a beleza, em todos os aspectos, no todo ou no detalhe, em grande ou pequena escala, também é um aspecto da natureza divina. Basicamente, a beleza não é somente o que nos agrada ou o que nos é simpático, porque simpatia e antipatia também dependem das ações recíprocas dos elementos. A saúde verdadeira é um pré-requisito para a ascensão espiritual. Se desejamos viver bem e rodeados de beleza, devemos arrumar nosso apartamento e nossa casa. Da mesma forma, devemos deixar nosso corpo belo e harmonioso.
Os elementos devem realizar determinadas funções no corpo de acordo com a lei universal. Em princípio, os elementos são construtores, preservadores e destruidores. A parte positiva no corpo, aquela que é construtiva, é a parte ativa ou positiva dos elementos. A parte preservadora e equilibratória é assegurada pela função agregadora dos elementos, ou seja, a parte neutra. A deterioração e decomposição no corpo são conduzidas pelos atributos negativos dos elementos.
Assim sendo, cabe ao princípio do Fogo em sua forma ativa, com seu fluido elétrico, a atividade ativa, construtiva e expansiva, e na sua polaridade negativa, o oposto.
O princípio da Água, em sua forma positiva, influencia as atividades construtivas e em sua forma negativa, as atividades decompositoras de todos os líquidos no corpo.
Ao princípio do Ar é dada a tarefa de regular os fluidos elétricos do Fogo e os fluidos magnéticos da Água no corpo, mantendo-os em equilíbrio. Por isso ele é definido como um elemento neutro ou mediador.
Como mencionado na chave básica a respeito das energias do princípio da Terra, ele tem a tarefa de manter os efeitos ou atividades de todos os três elementos juntos no corpo. O princípio do elemento Terra em sua forma positiva é estimulante, fortalecedor, construtor, preservador, etc... Na sua forma negativa, é o oposto. O desenvolvimento, assim como o amadurecimento do corpo, é responsabilidade do princípio da Terra. Muitas outras analogias a respeito dos efeitos dos elementos no corpo poderiam ser citadas, mas por enquanto, essas explicações são suficientes.
Desde o início dos tempos, iniciados nunca escreveram sobre os efeitos dos elementos em detalhes, talvez para evitar qualquer mal uso, mas eles sabiam muito bem sobre o assunto. Eles dividiram o corpo humano em três conceitos básicos, atribuindo a cabeça ao princípio do Fogo, o abdômen ao princípio da Água e o tórax ao princípio do Ar, sendo este o mediador entre o Fogo e a Água.
É evidente como eles foram precisos em estabelecer essas ligações para o corpo humano, porque tudo que é ativo, tudo que é Fogo, está na cabeça. No abdômen, no entanto, temos o oposto, o princípio da Água, a eliminação, as atividades dos líquidos, etc... O tórax pertence ao Ar e possui da mesma maneira, uma função mediadora, já que a respiração que ali acontece é mecânica. O princípio da Terra com seu poder de coesão, a energia que mantém tudo unido, essencialmente representa todo o corpo com seus ossos e carne.
Agora, uma pergunta importante vem à tona: Como e de quais maneiras o Akasha ou o princípio etérico se mostra no corpo físico? Quem meditar profundamente sobre o assunto será capaz de responder a pergunta por si mesmo. O princípio etérico em sua forma densa ou material está contido no corpo na forma de sangue e sêmen, e no efeito recíproco dessas duas substâncias na matéria vital ou na vitalidade.
Nós aprendemos que o elemento Fogo produz o fluido elétrico no corpo e que o elemento Água, o fluido magnético. Cada um desses fluidos possui duas polaridades, a ativa e a passiva, e as influências mútuas e ações recíprocas das quatro emanações igualam-se a um magneto tetrapolar, que é idêntico ao mistério que é o Tetragrammaton, o Yod-Heh-Vau-Heh dos cabalistas. É por isso que o fluido eletromagnético no corpo humano, em sua irradiação para o exterior, é chamado magnetismo vital, chamado Od, que pode ter outros nomes. O lado direito do corpo humano é elétrico-ativo, e o lado esquerdo é magnético-passivo quando falamos de uma pessoa destra. Uma pessoa canhota possui as polaridades inversas. A intensidade da emanação dos fluidos eletromagnéticos depende da capacidade de cada um. Em outras palavras, depende da intensidade das atividades dos elementos no corpo. Quanto mais saudáveis e harmoniosas forem as atividades dos elementos no corpo, mais intensa será a emanação.
Com a ajuda de exercícios particulares, assim como certas atitudes e atenção a essas leis, você pode aumentar ou diminuir a capacidade, força e poder dos efeitos desses fluidos eletromagnéticos ou Od, conforme a necessidade. A maneira como isso pode ser feito está na parte prática deste livro.
Os fluidos elétrico e magnético no corpo humano não tem nada a ver com a eletricidade e magnetismo comuns. No entanto, eles são análogos. A lei da analogia é um fator muito importante nas ciências herméticas e ter este conhecimento permitirá ao aspirante a iniciado alcançar grandes milagres com esta chave.
Quando chegamos a nutrição, os elementos são misturados. Sua assimilação desencadeia um processo químico através do qual nossos corpos permanecem preservados. A assimilação de qualquer nutriente junto com a respiração, do ponto de vista médico, desencadeia um processo de combustão. O hermetista vê nesse processo de combustão mais do que um simples processo químico. Ele vê a fusão do nutriente, similar ao fogo que é constantemente mantido através da matéria em combustão. É por isso que toda vida depende de um suprimento contínuo de material combustível, que são nutrientes e respiração. Um suprimento de vários tipos de nutrientes que contêm as substâncias básicas dos elementos é aconselhável, para que cada elemento receba as substâncias necessárias para sua preservação. Se passássemos a vida inteira consumindo um único tipo de nutriente, nossos corpos ficariam definitivamente doentes, ou seja, uma desarmonia seria causada no corpo. Através da decomposição dos nutrientes e do ar, os elementos são sustentados com as substâncias que os mantêm, assim como sua atividade também é sustentada. Esse é o modo de vida natural do ser humano. Se faltar um elemento, há uma reação imediata. A carência se manifesta nas funções correspondentes, como por exemplo:

Quando há falta do elemento Fogo, nós sentimos sede.
Quando há falta do elemento Ar, nós sentimos fome.
Quando há falta do elemento Água, nós sentimos frio.
Quando há falta do elemento Terra, nós sentimos cansaço.

Uma saturação dos elementos no corpo provoca efeitos intensificados em uma área específica.

Excesso do elemento Fogo: o corpo sente uma ânsia por atividade e movimento.
Excesso do elemento Ar: o corpo limita a ingestão de qualquer comida.
Excesso do elemento Água: aumento do processo de eliminação.
Excesso do elemento Terra: manifesta-se na vida sexual, mas não se expressa necessariamente pelo impulso sexual, no sentido carnal. Pode se manifestar nas pessoas mais velhas externamente, por exemplo, como um desejo por atividades físicas ou aumento de criatividade.


Dieta

Um estilo de vida baseado na razão deve ser adotado a fim de manter a harmonia dos elementos no corpo. Se uma desarmonia ocorrer pelo enfraquecimento ou predominância de um ou outro elemento, então medidas específicas devem ser tomadas, como a ingestão de nutrientes a fim de direcionar os elementos para os lugares certos ou ao menos influenciá-los favoravelmente. É por isso que várias dietas são prescritas para casos específicos. Desde os tempos antigos, o homem comum chegou a essa conclusão através de numerosas observações, mesmo sem compreender a causa exata do problema.
Se o distúrbio dos elementos é tão grave que a desarmonia se torna visível, então você não está mais lidando com um simples desequilíbrio, mas com uma doença. Isso significa que você terá que empregar remédios mais efetivos a fim de restabelecer a harmonia necessária se você quiser obter uma completa recuperação e normalizar as funções do corpo novamente. Todos os métodos de cura conhecidos hoje são estabelecidos nessa base. Vou me abster de mencionar detalhes sobre esses métodos de tratamento, já que eles são comumente conhecidos ou facilmente disponíveis.
Geralmente, o naturopata utiliza métodos térmicos, como banhos, compressas, cataplasmas, ervas, massagem, etc. O alopata utiliza remédios concentrados para promover os efeitos correspondentes dos elementos e assim recuperar a saúde. O homeopata estimula o elemento oposto através de seus remédios, similia similibus curantur, para obter o elemento ameaçado de volta ao seu equilíbrio de acordo com sua polaridade. Através dos seus remédios, a homeopatia-elétrica trabalha sobre os fluidos elétrico e magnético a fim de equilibrar o elemento que caiu em desarmonia através do fortalecimento desses fluidos, tudo, naturalmente, levando em consideração o tipo de doença em questão.
Dessa forma, todos os métodos de cura servem ao propósito de restaurar o equilíbrio perdido dos elementos. O magnetopata, pelo conhecimento da influência dos elementos no corpo, tem de longe uma chance muito maior de ter sucesso com suas energias, especialmente quando ele tem a habilidade de conscientemente despertar os fluidos elétrico ou magnético, para intensificar e transferi-las para aquela parte do corpo que está em desarmonia. Mais adiante, teremos um capítulo dedicado à prática deste método de tratamento.
As funções completas do corpo já foram descritas em detalhes. Cada parte do corpo, além de ser influenciada pelos efeitos dos elementos análogos, é também influenciada por um elemento específico que se expressa na polaridade correspondente à parte do corpo. É interessante que alguns órgãos contêm em seu mecanismo, no ritmo do seu funcionamento, como no mecanismo de um relógio, uma alternância do fluido elétrico de dentro pra fora e do fluido magnético de fora pra dentro. Isso faz com que o ritmo e as funções de todo o organismo consigam chegar harmônica e analogamente em equilíbrio. Quando falamos de outros órgãos, o oposto se aplica. O fluido elétrico tem efeito de fora pra dentro e o magnético, de dentro pra fora. O conhecimento desta emanação de polaridade é conhecida nas ciências herméticas como anatomia oculta do corpo. É de suma importância que todo iniciado possua o conhecimento dos efeitos dessa anatomia oculta se ele desejar conhecer, influenciar e controlar seu próprio corpo.
Por isso, pretendo escrever aqui sobre a anatomia oculta do corpo e sua relação com os fluidos elétrico e magnético, tanto na sua forma positiva quanto na negativa. Essa informação será de grande benefício para o magnetopata, porque ele será capaz de tratar uma parte do corpo específica segundo a origem da enfermidade, com o fluido elétrico ou magnético. Esse conhecimento pode ser de grande ajuda para qualquer pessoa, em geral.

A Anatomia Oculta do Corpo

A CABEÇA
A parte da frente da cabeça é elétrica. A parte de trás é magnética. A parte direita é magnética. A parte esquerda é elétrica. A parte interna é elétrica.

OS OLHOS
As partes da frente e de trás dos olhos são neutras. O lado direito é magnético. O lado esquerdo é elétrico. A parte interna é neutra.

AS ORELHAS
As partes da frente e de trás das orelhas são neutras. O lado direito é magnético. O lado esquerdo é elétrico. O interior é neutro.

A BOCA E A LÍNGUA
A parte da frente, a de trás, o lado esquerdo e o direito são neutros. O interior é magnético.

O PESCOÇO
As partes da frente e de trás do pescoço são magnéticas. O lado direito do pescoço é magnético. O lado esquerdo é elétrico. A parte de dentro é elétrica.

O PEITORAL
A parte da frente do peitoral é eletromagnética. A parte de trás é elétrica. O lado direito é neutro. O lado esquerdo é elétrico. O lado de dentro é neutro.

O ABDÔMEM
A parte da frente é elétrica. A parte de trás é magnética. O lado direito é magnético. O lado esquerdo é elétrico. O lado de dentro é magnético.

AS MÃOS
A parte da frente e a parte de trás são neutras. O lado direito é magnético. O lado esquerdo é elétrico. A parte de dentro é neutra.

OS DEDOS DAS MÃOS
A parte da frente e a parte de trás são neutras. O lado direito e o lado esquerdo são elétricos. A parte de dentro é neutra.

OS PÉS
A parte da frente e a parte de trás são neutras. O lado direito é magnético. O lado esquerdo é elétrico. A parte interna é neutra.

A GENITÁLIA MASCULINA
A parte da frente é elétrica. A parte de trás é neutra. Os lados direito e esquerdo também são neutros. A parte de dentro é magnética.

A GENITÁLIA FEMININA
A parte da frente é magnética. A parte de trás é neutra. Os lados direito e esquerdo são neutros. A parte interna é elétrica.

A ÚLTIMA VÉRTEBRA E O ÂNUS
A parte da frente e a parte de trás são neutras. O lado direito e esquerdo são neutros. A parte interna é magnética.

Baseado nessa anatomia oculta, o iniciado pode compilar outras analogias com a chave do magneto tetrapolar de acordo com suas necessidades. O alquimista vai reconhecer através disso que o corpo humano é um verdadeiro athanor, no qual o mais completo processo alquímico, o Grande Trabalho, ou preparação da pedra filosofal, acontece. Isso conclui o capítulo sobre o corpo. Não posso dizer que levei tudo em consideração, mas ao menos apontei os aspectos mais importantes a respeito dos elementos, o magneto tetrapolar, e desvendei os mistérios do Tetragrammaton em relação ao corpo físico.

O Plano ou Mundo Físico Material

Neste capítulo, eu não vou descrever o mundo material ou físico, o reino mineral, vegetal e animal, nem vou discutir os processos físicos da natureza. Estou certo de que isso já foi suficientemente discutido nas escolas, por exemplo, que existe um pólo Norte e um pólo Sul, como as chuvas se formam, como as tempestades acontecem, e assim por diante. O aspirante a iniciado deveria se interessar mais em seu progresso para conhecer o mundo material por meio dos elementos e suas polaridades do que nestas ocorrências. Não preciso mencionar que em nosso planeta existe fogo, água, ar e terra. Isto deveria estar claro na mente de todos. Entretanto, seria uma excelente ideia para o futuro iniciado aprender a causa e efeito dos quatro elementos e entender como fazer uso devido destes, de acordo com as analogias correspondentes a outros planos. Num capítulo futuro sobre a prática da magia, você vai aprender como é possível, através do conhecimento dos elementos materiais, contatar planos mais elevados. No momento, é importante saber que em nossa terra, as manobras dos elementos, em sua forma mais sutil, acontecem da mesma maneira no corpo humano. Quando você traça analogias para o corpo humano, você aprenderá a estabelecer paralelos para os elementos e você verá que a analogia com o corpo humano é justificada. No capítulo sobre o corpo, nós discutimos o estilo de vida e funções dos elementos em relação ao corpo, e caso o iniciado tenha sucesso em fazer uso dos elementos em sua forma mais sutil, ele será capaz de realizar milagres em seu corpo. Não apenas isso, ele tem o direito de afirmar que nada é impossível no que diz respeito ao corpo.
O elemento Terra traz dentro de si o magneto tetrapolar com sua polaridade e o efeito dos outros três elementos. Na natureza, o princípio do Fogo em sua forma ativa causa o princípio vitalizante, e na sua forma negativa, o princípio destrutivo e decompositor. O princípio Água faz o oposto em sua forma negativa. O princípio Ar, com sua bipolaridade, é também neutro, equilibrando e preservando a natureza. Por conta deste atributo de coesão específico, o elemento Terra tem como sua base os dois grandes elementos fundamentais, Fogo e Água, junto com sua neutralização através do princípio Ar. Devemos considerar, portanto, a Terra o elemento material mais denso. Através do efeito recíproco do elemento Fogo e do elemento Água, nós temos, como mencionado sobre o corpo, dois fluidos fundamentais, o elétrico e o magnético. Eles se formaram de acordo com as mesmas leis que se aplicam ao corpo, e eles também tem seus efeitos mútuos. Tudo o que ocorre na nossa terra no sentido físico e material é causado por estes dois elementos e seus fluidos. Eles influenciam todos os processos químicos dentro e fora da terra nos reinos mineral, vegetal e animal. Em vista disso, você pode deduzir que o fluido elétrico está no centro da terra e o magnético, na superfície. Esse fluido magnético da superfície da terra, com seu poder de coesão, mantém sólido tudo o que é material ou composto, exceto pelo atributo do princípio da Água.
Através dos atributos específicos de cada corpo – que depende da composição dos elementos – cada objeto tem emanações particulares a respeito do fluido elétrico, as assim chamadas vibrações elétricas, que são atraídas pelo fluido magnético comum de todo o mundo material. Esta atração é chamada peso. Portanto, peso é a manifestação de poder atrativo da terra. Esse poder atrativo do ferro e níquel, que é bem conhecido de nós, é só um pequeno exemplo de algo que emula um fenômeno que ocorre em uma larga escala sobre toda a terra. O que é conhecido na nossa terra como magnetismo e eletricidade é uma manifestação do magneto tetrapolar; nós também sabemos que, ao reverter arbitrariamente a polaridade, nós podemos produzir eletricidade do magnetismo e, por meios mecânicos, podemos novamente obter magnetismo de eletricidade. A transformação de um poder em outro é um procedimento alquímico ou mágico na qual, no decorrer do tempo, se tornou tão comum, que não é mais considerado alquímico ou mágico, mas atribuído à física. Nesta base, vemos que o magneto tetrapolar pode ser utilizado aqui. Todo hermético sabe a função do magnetismo e da eletricidade, de acordo com a lei “tudo o que está em cima é como o que está embaixo”, e não somente o corpo humano, mas no mundo material também. Qualquer iniciado que entende como empregar as energias dos elementos ou o grande mistério do Tetragrammaton em todos os planos é capaz de atingir grandes coisas em nosso mundo material, o que para os olhos do não iniciado, aparenta ser milagres. Entretanto, para o iniciado, eles não são milagres. Ele pode explicar até a maior esquisitice com base em seu conhecimento das leis.
Todo desenvolvimento, maturidade, vida e morte aqui na terra dependem dos princípios aqui descritos. Consequentemente, é totalmente claro para o iniciado que o conceito de “morte” não indica uma decomposição para o nada. Ao invés disso, o que é considerada a aniquilação ou morte, é meramente a transição de um estado para o outro.
O mundo material se formou a partir do princípio akáshico, ou Éter. O mundo material também é regulado e mantido pelo Akasha. Isso explica todas as invenções baseadas na transmissão de fluido elétrico ou magnético, tais como rádio, telegrafia, telefone e televisão. Isso inclui todas as futuras invenções alcançadas por meio dos fluidos elétricos e magnéticos no Éter. O princípio fundamental e as leis foram, são e sempre serão as mesmas.
Um livro bem grosso com um conteúdo excitante poderia ser escrito sob os efeitos dos fluidos elétrico e magnético sobre o plano material. Entretanto, o leitor observador, que decidiu trilhar o caminho da iniciação e que não se desencorajar ao estudar os princípios fundamentais, conhecerá as diferentes variações de energias e atributos por si mesmo. Seus esforços serão amplamente recompensados com conhecimento.

A Alma e o Corpo Astral

Através das vibrações mais sutis dos elementos e da polaridade dos fluidos elétrico e magnético, o verdadeiro ser humano, a alma, partiu do princípio do Akasha ou das vibrações mais sutis do Éter. As funções dos elementos no corpo físico acontecem da mesma maneira na alma ou corpo astral. A alma é conectada ao corpo através do magneto tetrapolar com seus atributos específicos. Sua unificação acontecerá de forma análoga ao corpo através da influência eletromagnética dos elementos. O iniciado chama o trabalho dos elementos, o assim chamado fluido eletromagnético da alma, a “matriz astral” ou “vida”. A matriz astral ou o fluido eletromagnético da alma não é igual à aura dos ocultistas. Falaremos depois sobre a aura. A matriz astral ou fluido eletromagnético é o agente unificador entre corpo e alma. O princípio do Fogo exerce na alma seu efeito construtor, o princípio da Água, vitaliza, o princípio do Ar, equilibra e o princípio da Terra coloca tudo junto, desenvolvendo e preservando. O corpo astral é sujeito exatamente às mesmas funções que o corpo físico.
Seres humanos são dotados de cinco sentidos que correspondem aos cinco elementos. O corpo astral ou a alma, com a ajuda dos sentidos do corpo, assimila para si os cinco sentidos e a percepção do mundo físico. Essa assimilação e atuação dos cinco sentidos por meio dos corpos material e astral acorrem através de nosso espírito imortal. A razão de o espírito ser imortal será explicada adiante. O corpo astral ficaria sem vida e se dissolveria em seus componentes sem a atividade do espírito na alma.
O espírito não poderia realizar seus efeitos sem a mediação da alma; por esta razão o corpo astral é o domicílio de todos os atributos do espírito imortal. De acordo com seu desenvolvimento e maturidade, o espírito tem o tipo diferente de vibração elétrica e magnética, que a alma mostra externamente nos quatro temperamentos.
De acordo com os elementos predominantes, nós diferenciamos os temperamentos colérico, sanguíneo, melancólico e fleumático, a saber:

O temperamento colérico se origina do elemento Fogo.
O temperamento sanguíneo se origina do elemento Ar.
O temperamento melancólico se origina do elemento Água.
O temperamento fleumático se origina do elemento Terra.

De acordo com a força e a vibração do respectivo elemento você também notará nos vários atributos, a força, a energia e a expansão das alternância dos respectivos fluidos.
Cada um destes quatro elementos, que determinam o temperamento de um ser humano, têm em sua forma ativa a bondade ou bons atributos, enquanto em sua forma passiva, incorpora o oposto, os atributos maus. Seria muito trabalhoso descrever aqui com precisão as características dos elementos, e seria muito mais vantajoso para o futuro iniciado descobrir outros efeitos através de sua própria meditação, porque isto serve ao propósito particular no caminho da iniciação.
No entanto seguem alguns exemplos:

O temperamento colérico tem na sua polaridade ativa os seguintes bons atributos:
Atividade, entusiasmo, força de vontade, determinação, bravura, coragem, energia criativa, assiduidade etc.

O temperamento colérico tem em sua polaridade negativa os seguintes maus atributos:
Voracidade, ciúme, paixão, irritabilidade, agressividade, falta de moderação e tendências destrutivas.

O temperamento sanguíneo tem em sua polaridade ativa os seguintes bons atributos:
Compenetração, diligência, alegria, destreza, ser prestativo, lucidez, falta de preocupação, bom-humor, leveza, otimismo, vivacidade, independência, percepção, confiabilidade etc.

O temperamento sanguíneo tem em sua forma negativa os seguintes maus atributos:
Ser facilmente ofendido, desdém, paixão por fofoca, falta de persistência, trapaça, tagarelice, desonestidade, futilidade etc.

O temperamento melancólico tem em sua polaridade ativa os seguintes bons atributos:
Respeito, compaixão, modéstia, humildade, seriedade, cumplicidade, fervor, intimidade, poder de compreensão, meditação, misericórdia, tranquilidade, interiorização, imersão, confiança incondicional, capacidade de perdoar, ternura etc.

O temperamento melancólico tem em sua forma negativa os seguintes maus atributos:
Indiferença, derrotismo, timidez, desinteresse, inflexibilidade, indolência etc.

O temperamento fleumático tem na sua polaridade ativa os seguintes bons atributos:
Respeito, reputação, perseverança, ponderação, determinação, seriedade, firmeza, consciência, detalhismo, concentração, sobriedade, pontualidade, discrição, pertinência, incorruptibilidade, senso de responsabilidade, confiabilidade, prudência, resistência, objetividade etc.

O temperamento fleumático tem em sua forma negativa os seguintes maus atributos:
Superficialidade, desleixo, desdém, indiferença, irresponsabilidade, intransigência, lentidão, hesitação, inércia, não ser confiável, taciturnidade etc.

As características dos temperamentos formam a base do caráter de uma pessoa, dependendo de qual atributo é predominante. A intensidade de características particulares que se mostram externamente depende da polaridade dos fluidos elétrico e magnético. A influência completa do efeito dos temperamentos tem como consequência uma emanação, que chamamos de aura. Assim sendo, a aura não pode ser comparada à matriz astral, porque entre as duas há uma considerável diferença. A matriz astral é a conexão ou a substância unificadora entre corpo e alma, enquanto a aura é a emanação dos efeitos dos elementos dos vários atributos, baseados tanto na forma ativa ou passiva. Essa emanação atrai uma vibração particular em toda a alma, que corresponde a uma cor específica. Baseado nessa cor, o iniciado pode ver claramente sua própria aura ou a de outros seres com seus olhos astrais. Aqueles que podem ver com seus olhos astrais podem não apenas determinar o caráter básico de um ser humano com a ajuda da aura, mas também perceber a polaridade da vibração da alma e pode ser capaz de influenciar a vibração desta alma. Este assunto será discutido com mais detalhes em um outro capítulo ligado à introspecção. Assim, o temperamento de uma pessoa influencia seu caráter, e ambos formam, efetivamente em sua totalidade, a emanação da alma ou a aura. Pinturas de altos iniciados ou de santos são sempre representados com uma auréola, que é id­êntica à aura que acabamos de descrever.
Além do caráter, temperamentos e as atividades do fluido eletromagnético, o corpo astral tem mais dois centros no cérebro que são o domínio da consciência normal, que está localizada no cérebro maior, e o subconsciente, o oposto da consciência normal, que está localizado no cerebelo. No capítulo intitulado “O Espírito” você vai encontrar mais detalhes no que diz respeito a essas funções.
Como mencionado anteriormente, a alma é organizada da mesma maneira que o corpo, de acordo com os elementos. As funções psíquicas ou astrais, energias e características, têm seus respectivos domínios na alma, através de centros específicos, os quais a filosofia hindu descreve como “Lótus”, análogo a todos os elementos. Nos ensinamentos hindus, o despertar destes Lótus são chamados Kundalini Yoga. Eu não vou entrar no mérito a respeito destes Lótus ou centros; esse conhecimento pode ser conseguido em leituras relevantes sobre este assunto. Eu vou meramente tocar nessa matéria en passant e dizer que o centro mais baixo é o muladhara ou centro da Terra, que fica na parte mais baixa da alma. O próximo centro é o da Água, o qual os indianos chamam svadstana, que se localiza nos órgãos sexuais. O centro do Fogo, o qual é o centro da alma, é localizado na área do umbigo, e é chamado Manipura. O centro do Ar, o elemento equilibrador, é localizado na área do coração e é chamado anahata. O centro do Éter, ou o princípio akáshico, pode ser achado na área do pescoço e é chamado visuddha. Outro centro, o da força de vontade, razão e intelecto é localizado entre as sobrancelhas e é chamado ajna. O centro mais elevado e divino é a Lótus de Mil Pétalas, chamado sahasrara, do qual todas as energias de todos os outros centros se originam e são influenciadas. Começando com o mais alto e mais importante centro, o susumna ou princípio akáshico, que já nos é conhecido, toma seu curso ao longo das costas, como se fluindo através de um canal, descendo até o mais baixo centro da Terra. Ele é responsável pela conexão e regularização entre todos os centros. Em outro capítulo, eu explicarei o despertar do poder da serpente nos centros individuais. Ao descrever a alma, nosso objetivo é estabelecer e dar uma imagem clara da conexão dos elementos com suas polaridades positivas e negativas na alma. Torna-se óbvio que tanto o corpo quanto a alma e todos os seus efeitos vivem e trabalham para sua própria preservação e destruição e estão sujeitos às leis imutáveis do magneto tetrapolar – o mistério do Tetragrammaton. Quando a pessoa que está para ser iniciada medita intensamente sobre este assunto, ela vai entender claramente a função do corpo e da alma e vai discernir uma ideia própria sobre a interação de acordo com as leis primordiais.

O Plano Astral

O plano astral, frequentemente apresentado como a quarta dimensão, também é criado dos quatro elementos, assim sendo um nível de densidade do princípio akáshico. Consequentemente, o plano astral forma a base de tudo o que tem uma origem, uma regra e uma vida, tudo o que já ocorreu, está ocorrendo no momento ou que ocorrerá no futuro, no mundo material. Como já foi mencionado, o Akasha na sua forma mais sutil é o bem conhecido Éter, no qual, entre outras coisas, as vibrações elétricas e magnéticas se propagam. Assim sendo, ele também é a esfera das vibrações, na qual luz, som, cor, ritmo e assim toda vida em todas as coisas criadas teve a sua origem. Desde que o Akasha é a fonte de toda a existência, é compreensível que tudo ache seu reflexo no Akasha, que é tudo que já foi, é ou será. É por isso que você vai ver no plano astral a emanação do Eterno, que não é nem o começo, nem o fim, que não tem tempo nem espaço. O iniciado que encontrar seu caminho por esse plano achará tudo aqui, seja passado, presente ou futuro. A extensão da percepção depende do grau de aperfeiçoamento de cada um.
A maioria das religiões, ocultistas e espiritualistas mostra o plano astral como o “Além”. Está claro para o iniciado que não existe tal coisa como a vida e a vida que está por vir, este mundo e o mundo que está por vir (o Além); é por isso que ele não sente medo da morte, porque esse conceito é estranho a ele. Se a substância conectora entre o corpo físico e o corpo astral se dissolve através das atividades decompositoras dos elementos ou através de uma repentina ruptura da matriz astral, o que ocorre é o que comumente se chama de morte, a qual na realidade é simplesmente a transição do mundo terreno para o mundo astral. O iniciado não teme a morte porque na base desta lei sabe que ele não entra para a incerteza. Ao dominar os elementos, ele pode, além de muitas outras coisas, alcançar um desprendimento da matriz astral e assim conseguir uma separação espontânea do corpo astral do invólucro carnal. Isso vai permitir que ele visite as regiões mais remotas e prossiga para vários planos com o seu corpo astral. Dentro desse fenômeno nós vamos achar o esclarecimento positivo das histórias nas quais alguns santos foram não só vistos ao mesmo tempo em lugares diferentes, mas foram até vistos trabalhando naqueles vários lugares.
O plano astral possui diferentes tipos de habitantes. São, sobretudo, pessoas que já deixaram o mundo terreno e lá se demoram, de acordo com seu nível de maturidade espiritual, nos níveis de densidade correspondentes. De acordo com várias religiões, isto é descrito como céu ou inferno, mas o iniciado percebe isso meramente como um símbolo. Quanto mais aperfeiçoado, nobre e puro um ser é, mais puro e sutil o grau de densidade do plano astral ou esfera onde ele vai residir. O corpo astral começa a dissolver gradualmente até corresponder com a frequência de vibração de seu nível de plano astral em particular, ou em outras palavras, até ele se tornar idêntico ao nível do plano astral. Essa identificação depende da maturidade e aperfeiçoamento espiritual que aquele ser em particular atingiu no mundo terreno.
Além dos supracitados humanos que partiram, o plano astral é habitado por muitos outros seres, dos quais vou mencionar só algumas espécies. Existem, por exemplo, os assim chamados elementares, seres com apenas um ou poucos atributos que dependem das vibrações do elemento dominante. Eles se mantêm do mesmo tipo de vibração que é peculiar aos seres humanos e as vibrações que as pessoas mandam para o plano astral. Entre eles, existem aqueles que já alcançaram um certo grau de inteligência. Certos magos podem fazer uso dessas forças mais baixas para satisfazer suas intenções egoístas. Existe também outro tipo de ser, assim chamada larva, que são chamadas para a existência através da matriz astral, intencionalmente ou não, por um intenso pensamento emocional. Elas não são seres de verdade, mas meramente formas que se mantêm vivas das paixões do mundo animalístico no nível mais baixo do plano astral. Seu instinto de auto preservação as leva para a esfera daqueles seres humanos cujas paixões as atrai. Elas tentam despertar ou chamar diretamente ou indiretamente as paixões que estão adormecidas num ser humano. Se essas formas tiverem sucesso em atiçar o indivíduo para uma paixão que as agrade, aí elas também se nutrem, mantêm e fortalecem da emanação que sai dessa pessoa. Aquele que é dado a muitas paixões traz em si um anfitrião para tais larvas para a esfera mais baixa do seu plano e uma grande luta se inicia com essas larvas.
O domínio destes elementos é um componente importante no que diz respeito à magia. Você vai encontrar mais informações sobre as paixões e como elas se relacionam aos elementos no capítulo que trata sobre a introspecção. Além disso, há elementares e larvas que podem ser criados artificialmente através da magia. Você encontrará detalhes na parte prática deste livro.
Há também outro tipo de ser que não pode ser ignorado porque o iniciado quase sempre tem que lidar com esses seres no plano astral.
Eles são os seres dos quatro elementos puros. Esses seres, quando estão no elemento Fogo, são chamados salamandras; quando estão no elemento Ar são chamados silfos; quando estão no elemento Água, são chamados sereias ou ondinas; e quando estão no elemento Terra, são chamados gnomos.
Esses seres representam, por assim dizer, a conexão entre o plano astral e os elementos terrenos. Como contatar e controlar tais seres e como conseguir algo deles é algo que será discutido na parte prática deste livro, no Passo X.
Existe também uma multidão de outros seres, tais como sátiros, ninfas das florestas, duendes da água etc., que podem ser adicionados aos anteriores. Tudo isso pode soar como um conto de fadas. Entretanto, no plano astral isso é realidade, assim como todos os seres terrenos também são reais. O olho clarividente do iniciado pode vê-los de acordo com sua vontade, e tem habilidade de contatá-los. Isso imediatamente elimina qualquer dúvida sobre sua existência. Em primeiro lugar o iniciado tem que atingir um certo nível de maturidade, deve entender como examinar a situação e fazer um julgamento.

O Espírito

Já foi mencionado antes que o homem foi criado à imagem de Deus e que ele consiste em corpo, alma e espírito. Lembrando de capítulos anteriores, podemos deduzir que o corpo e a alma servem apenas como uma concha ou vestimenta para o espírito, pois eles são apenas transitórios. Assim sendo, apenas o espírito é a parte imortal da imagem de Deus. É difícil analisar algo divino, algo imortal e algo eterno, e encontrar as palavras certas. Mesmo aqui, nós podemos empregar a ajuda da chave do magneto tetrapolar, assim como nós podemos fazer com qualquer outro problema. Do mais elevado e primordial princípio (o Akasha), a fonte primordial de toda a existência, da matéria espiritual primordial, surgiu o espírito, o “eu” espiritual, com as características específicas dos elementos que pertencem ao espírito imortal, criado à imagem de Deus.
O princípio do Fogo, a parte impulsiva, é o desejo. O princípio do Ar se mostra no intelecto. O princípio da Água se mostra como vida e sentimentos. O princípio da Terra se mostra como a unificação dos três elementos na consciência do “eu”.
Todas as outras características do espírito têm esses quatro princípios fundamentais como sua base. A parte típica do quinto princípio, princípio do Éter (Akasha), se mostra como aspecto mais elevado como crença e em sua forma mais baixa como instinto de autopreservação. Cada um dos quatros princípios aqui mencionados têm muito mais aspectos, exatamente de acordo com a lei da analogia das polaridades, ou dos elementos em seu sentido positivo e negativo. Todos juntos, eles formam o “eu” ou o espírito. Assim sendo, nós atribuímos ao:

Princípio do Fogo: energia, poder e paixão.
Princípio do Ar: memória, poder de julgar e diferenciar.
Princípio da Água: consciência e intuição.
Princípio da Terra: egoísmo, instinto de autopreservação e propagação.


Seria muito trabalhoso listar as qualidades do espírito a respeito dos elementos. O aspirante a iniciado pode aumentar essas qualidades por conta própria através de estudo diligente e meditação intensa, considerando as leis da analogia do magneto tetrapolar. Esse é um trabalho recompensador e não deve ser negligenciado, uma vez que produz grande sucesso e assegura bons resultados no que diz respeito ao conhecimento e domínio dos elementos.
Nesses três capítulos lidando com o corpo, alma e espírito, eu descrevi o ser humano em sua forma mais completa. A essa altura, deve ser óbvio para o estudante como é necessário ter conhecimento de seu próprio pequeno universo para a iniciação, assim como na prática da magia e misticismo em todos os seus segredos. A maioria dos autores falhou em escrever sobre a parte mais importante, a fundação, seja por causa de ignorância ou por outras razões.

O Plano Mental

Assim como o corpo físico tem o plano terreno e como o corpo astral ou alma tem o plano astral, da mesma forma o espírito tem seu próprio plano, a esfera mental ou plano mental (“espírito” pode, às vezes ser interligado à “mente”). Esta esfera é a esfera do espírito, com todas as suas energias e poderes.
Ambas as esferas, tanto a material quanto a astral, foram criadas dos quatro elementos, os quais foram originados do Akasha, ou princípio causal da esfera apropriada. A esfera mental tem as mesmas bases; ela também vem do princípio Akasha do espírito. O espírito forma em si mesmo o magneto tetrapolar, através de um trabalho apropriado e mostra uma aparência de um fluido eletromagnético análogo ao corpo astral como resultado das atividades dos elementos como efeitos relevantes à sua polaridade; é assim que o corpo mental se comporta na esfera mental ou astral. Assim como o corpo astral forma uma matriz astral através do fluido eletromagnético do mundo astral, o assim chamado Od astral, o fluido magnético do mundo mental forma uma matriz mental que liga o corpo mental ao corpo astral. A matriz mental ou Od mental, também chamado substância mental, é a forma mais sutil do Akasha; ele regula e mantém a atividade do espírito no corpo astral. Como já foi mencionado, esta substância mental é ao mesmo tempo eletromagnética e serve de condutor para pensamentos e ideias para a consciência do espírito. Esta substância mental coloca a consciência em movimento através dos corpos astral e físico. Assim sendo, a matriz mental, ou Od mental, com seu fluido bipolar, é a substância mais sutil que podemos imaginar no corpo físico.
A esfera mental é ao mesmo tempo uma esfera de pensamentos, os quais têm a sua origem no mundo das ideias, no Akasha do espírito. Cada pensamento é precedido de uma ideia básica, a qual, de acordo com seus atributos, toma uma forma específica e alcança a consciência do “eu” como forma-pensamento ou figura plástica através do princípio do Éter – em outras palavras, pela matriz mental. Assim, o ser humano não é o criador de seus próprios pensamentos; ao invés disso, a fonte de todo pensamento pode ser encontrada nas mais altas esferas do Akasha, ou esfera mental. O espírito do ser humano é, por assim dizer, o receptor; ele é a antena para os pensamentos que vêm do mundo das ideias de acordo com a situação e posição na qual ele se encontra. Partindo do princípio que o mundo das ideias é o Tudo de Tudo, todos nós podemos dizer que todo novo pensamento, toda nova invenção, em suma, tudo o que os seres humanos acreditam que tenha criado por sua própria engenhosidade, foi tirado do mundo das ideias. Tirar essas novas ideias do mundo das ideias depende da maturidade do espírito. Cada pensamento traz em si um elemento completamente puro, especialmente quando o pensamento contém ideias abstratas. Se houver várias combinações do mundo das ideias presente dentro daquele pensamento, então existem vários elementos efetivos entre si em sua forma e também em sua emanação. Somente pensamentos abstratos têm elementos puros e emanação polar pura, porque eles se originam diretamente do mundo causal de uma ideia.
Com base neste conhecimento pode-se chegar à conclusão de que existe eletricidade pura, magnetismo puro, indiferente, e pensamentos neutros no que diz respeito a seus efeitos na existência. Na esfera mental, todo pensamento tem sua própria forma, cor e emanação (vibração) de acordo com sua ideia. O pensamento alcança a consciência através do magneto tetrapolar do espírito e é transmitido por este magneto até que se torne realidade. Tudo criado no mundo físico tem sua causa através do pensamento e da consciência do espírito no mundo das ideias e, claro, seu reflexo. Se você não estiver lidando diretamente com uma ideia abstrata, então várias formas de pensamento podem ser expressas. Estes pensamentos podem ser elétricos, magnéticos ou eletromagnéticos. Isso sempre vai depender de qual tipo de atributo elementar é apresentado naquele pensamento.

O plano físico ou material é ligado ao tempo e espaço.
O plano astral, a esfera do transitório e espírito transformável, é ligado ao espaço.
A esfera mental não possui espaço ou tempo.

O mesmo se aplica a todos os atributos do espírito. No entanto, através da conexão das matrizes astral e mental, que estão ligadas em sua forma total ao tempo e espaço, o corpo mental requer um certo tempo para se tornar consciente da percepção de um pensamento. A linha de pensamento é diferente para cada um, pois depende da maturidade do espírito. Quanto mais madura e mais desenvolvida espiritualmente a pessoa é, mais rapidamente os pensamentos se formam no espírito (mente).
Assim como o plano astral tem seus habitantes, o plano mental também tem os seus. Além das formas-pensamento, ele é habitado por todos os seres humanos desencarnados cujos corpos astrais se dissolveram através dos elementos, como resultado de sua maturidade e que, de acordo com seu grau de perfeição, receberam suas moradias na região da esfera astral que é apropriada e análoga a eles.
Além disso, a esfera mental também é a esfera dos elementos. Estes são seres que foram criados, consciente ou inconscientemente, por indivíduos através de pensamentos intensos e repetidos. Um ser elementar não possui densidade de forma ou assume para si mesmo uma casca astral. Isso tem seus efeitos na esfera espiritual. A diferença entre a forma-pensamento e um elementar é que a forma-pensamento é baseada em uma ou mais ideias. O elementar, entretanto, é dotado de uma certa quantidade de consciência, e assim, com um instinto de autopreservação, mas ele não consegue distinguir a si mesmo de outros seres mentais viventes; ele pode até ter a mesma forma de uma forma-pensamento. O iniciado faz uso constante destes seres elementares. Na parte prática deste livro, um testemunho detalhado é dado sobre como tal elementar é criado, mantido e como pode ser usado para tarefas particulares.
Muito mais poderia ser dito da esfera mental, especialmente sobre as características específicas particulares aos seres individualmente, mas isso deve ser o suficiente para servir de estímulo ao trabalho em linhas gerais no que diz respeito a explicações dadas sobre o plano mental.

Verdade

Agora nós vamos deixar o microcosmo, o ser humano com seu corpo físico, astral e mental, e vamos dirigir nossa atenção em direção a outras tarefas com as quais o aspirante a iniciado vai ter que lidar no tempo apropriado. Acima de tudo está o problema da verdade. Muitos filósofos se ocuparam frequentemente com esta tarefa e agora cabe a nós também lidar com ela.
Aqui, nós vamos lidar somente com aquelas verdades das quais nós temos conhecimento preciso. A verdade depende do reconhecimento de cada indivíduo. E desde que todos nós não temos a mesma concepção, nós não podemos generalizar o problema da verdade. É por isso que cada indivíduo, contanto que seja sincero, tem sua própria verdade, de seu próprio ponto de vista e, de acordo com sua maturidade e reconhecimento. Só aquele que conhece e domina as leis absolutas do macrocosmo e microcosmo pode falar de uma verdade absoluta. Qualquer um vai certamente aceitar certos aspectos da verdade absoluta. Ninguém vai duvidar da existência da vida, da vontade, memória e intelecto; Certamente, ele vai hesitar em negar essas coisas. O verdadeiro iniciado nunca vai forçar alguém que não chegou a um certo nível de maturidade a aceitar a sua verdade. Essa pessoa em particular vai novamente ver a verdade do seu próprio ponto de vista. Não servirá a nenhum propósito discutir verdades maiores com um não iniciado, exceto para aqueles que estão buscando essas verdades maiores e começam a amadurecer para essas verdades. Tudo o mais deve ser considerado profano e, do ponto de vista mágico, incorreto. Mantenha em mente as palavras Mestre do Cristianismo: “Não jogue suas pérolas aos porcos”.
A habilidade de diferenciar conhecimento de sabedoria também pertence à verdade. Conhecimento em todos os níveis da existência humana depende de maturidade, receptividade, inteligência e memória, não importando se enriquecemos nossa sabedoria através da leitura, comunicação através das esferas ou outras experiências.
Existe uma enorme diferença entre conhecimento e sabedoria. É muito mais fácil conseguir conhecimento do que adquirir sabedoria. Sabedoria não depende em nada do conhecimento, apesar de ambos serem idênticos em um certo grau. A fonte da sabedoria está em Deus, no princípio causal, no Akasha, em todos os planos do mundo material, astral e mental. Assim sendo, sabedoria não depende do intelecto e memória, mas da maturidade, pureza e perfeição da personalidade do indivíduo. Você pode também considerar sabedoria como um estado de desenvolvimento do “Eu”. Consequentemente, reconhecimento não nos é dado somente através do intelecto, mas especialmente através da intuição ou inspiração. Assim sendo, o grau de sabedoria determina nosso grau de desenvolvimento. Isso não significa que devemos negligenciar a inteligência; ao contrário, inteligência e sabedoria devem andar de mãos dadas. É por isso que o iniciado vai lutar para evoluir no conhecimento tanto quanto na sabedoria, porque não se pode deixar um deles para trás quando se trata de desenvolvimento.
Quando o conhecimento e a sabedoria mantêm o mesmo passo no desenvolvimento do iniciado, então lhe é dada a possibilidade de compreender e reconhecer todas as leis do microcosmo e macrocosmo – não somente pelo ponto de vista da sabedoria, mas também pelo ponto de vista intelectual, ou em outras palavras, bipolarmente – e fazer uso deles para seu desenvolvimento.
Uma das muitas leis, a chave primordial, o mistério do Tetragrammaton ou magneto tetrapolar em todos os planos já foi discutido. Desde que é uma chave universal, pode ser usada para resolver todos os problemas, todas as leis, para todas as verdades; em suma, pode ser usado para tudo, contanto que o iniciado entenda como usar essa chave de maneira correta. No curso do tempo, enquanto esse desenvolvimento se desdobra e ele se aperfeiçoa nas Ciências Herméticas, ele vai aprender diferentes aspectos dessa chave e reconhecer esses aspectos como leis imutáveis. Ele não vai vagar na escuridão e incerteza; ao invés disso, ele vai segurar uma luz em sua mão com a qual será capaz de penetrar qualquer ignorância.
Essa breve descrição deve ser suficiente para o aspirante a iniciado saber que posição ele deve tomar no que diz respeito à questão da verdade.

Religião

O aspirante a mago professará uma religião universal. Ele vai descobrir que toda religião tem seus bons aspectos, mas também tem seu lado obscuro. Assim sendo, ele vai manter o melhor para si mesmo e não prestar atenção às fraquezas. Isso não significa que ele deva adotar todas as religiões, mas ele deve mostrar o devido respeito a todas elas. Toda religião tem o seu princípio divino, não importando se estamos lidando com o cristianismo, budismo, islamismo ou o que quer que seja. Basicamente, o mago pode manter-se fiel à sua própria religião. Entretanto, ele não estará satisfeito com o dogma oficial de sua igreja, mas lutará para penetrar mais profundamente no trabalho de Deus. E este é o propósito da nossa iniciação. O mago formará sua própria ideologia universal de acordo com as leis universais, que serão sua verdadeira religião. Ele verá que todo defensor de religião fará um esforço para representar sua religião como a melhor, ignorando suas fraquezas. Toda verdade religiosa é relativa e sua compreensão depende da maturidade do indivíduo. É por isso que o iniciado não interfere com o direito de outra pessoa em sua crença religiosa e não tenta dissuadi-lo de sua verdade, condená-lo ou mesmo criticá-lo. Na parte mais profunda de sua alma, o iniciado encontrará apenas compaixão por um fanático ou um ateu, sem expressar isso de forma alguma. Assim sendo, ele permite que cada um se agarre firmemente no que acredita e que o deixa feliz e contente. Se cada um aderisse a este princípio e o tomasse para si, não haveria ódio ou discórdia religiosa. Não haveria razão para as diferenças de opinião e todas as filosofias ou religiões poderiam coexistir alegremente.
É naturalmente um assunto muito diferente quando aquele que busca, não mais satisfeito com o materialismo ou dogma, e ávido por nutriente espiritual, pede a um iniciado por conselho e esclarecimento. Em tais circunstâncias o dever do iniciado é esclarecer aquele que busca de acordo com suas faculdades perceptivas. O mago não deve poupar nem tempo nem esforço para comunicar seus tesouros espirituais àquele que busca e guiá-lo em direção à luz.

Deus

Desde os primórdios a humanidade tem acreditado em algo mais alto, onisciente, algo que ela possa idolatrar, independente de ser um conceito de Deus personificado ou não. Tudo o que a humanidade não consegue assimilar ou compreender tem sido atribuído a um poder superior de acordo com seus próprios conceitos. As divindades dos povos, tanto as boas quanto as más (demônios) nasceram desta maneira. Ao longo do tempo deuses, anjos, demiurgos, demônios e espíritos foram adorados, mas sempre de acordo com a mentalidade de um povo ou nação em particular, independente deles terem vivido de verdade ou existido apenas na imaginação. Quanto mais a humanidade se desenvolveu intelectualmente, mais seu conceito de deuses diminuiu, especialmente quando certas aparições, que antes eram atribuídas aos deuses, podiam ser explicadas pela ciência moderna. Levaríamos muitos volumes se tentássemos descrever em detalhes as várias crenças em deuses através da história da humanidade.
Vamos nos voltar para o conceito de Deus do ponto de vista de um mago. O conceito de Deus serve ao homem comum como um suporte ou um ponto de referência para seu espírito a fim de estar livre da incerteza e não se perder. É por isso que seu Deus permanece sempre incompreensível, inconcebível e inimaginável. Isto é muito diferente quando se trata do mago; ele conhece seu Deus em todos os aspectos. Ele nutre a mais alta estima pela sua divindade, porque ele sabe que ele foi criado à Sua semelhança, que ele é parte de Deus. Assim sendo, ele vê como seu mais alto ideal, seu mais alto dever e sua meta mais sagrada se tornar um com a divindade, se tornando um homem-Deus. Mais tarde eu vou descrever como essa ascensão acontece. A síntese de se tornar um com Deus está em desenvolver as ideias divinas, começando do nível mais baixo e indo para o mais alto, até o ponto em que a unidade com o Espírito Universal é alcançada. Fica a critério de cada um manter sua individualidade ou abrir mão dela. Seres humanos que alcançam tal grandeza normalmente voltarão à terra com missões ou tarefas particularmente sagradas.
Durante essa ascensão, o mago iniciado é ao mesmo tempo um místico. Apenas quando ele abre mão de sua individualidade e se torna um, ele entrará voluntariamente em uma dissolução a qual, em terminologia mística, é descrita como a morte mística.
Isso demonstra que na verdadeira iniciação não há nem o caminho místico ou mágico. Há apenas uma verdadeira iniciação que conecta os dois conceitos, em contraste com a maioria das vertentes místicas e espirituais que se preocupam imediatamente com os problemas mais elevados através da meditação ou outros exercícios espirituais sem ter trabalhado seu caminho através dos níveis mais baixos. Isso pode ser comparado a alguém querer imediatamente ir para a universidade sem nunca ter terminado o ensino elementar. As consequências de tal educação unilateral são em muitos casos muito difíceis e, às vezes, até drásticas, de acordo com a aptidão do indivíduo. Este erro pode ser atribuído em maior parte ao fato de que a maioria do material relacionado a este assunto vem do Oriente, onde os mundos material e astral são tidos como maya (ilusão ou aparência enganosa) e por isso muito pouca atenção é dada a eles. Não é possível mencionar detalhes porque isso excederia o tamanho do livro. Entretanto, um desenvolvimento bem planejado, passo a passo, não resultará em fracasso ou em severas consequências, porque o processo de amadurecimento é lento, mas é seguro. Se o iniciado escolher Cristo, Buda, Brahma, Alá ou qualquer um como seu conceito de Deus, fica à sua escolha. Quando se trata de iniciação tudo depende unicamente do conceito. O místico puro apenas se aproximará de seu Deus através do amor incondicional. O iogue se atém principalmente a somente um aspecto de Deus também; o bhakti iogue fica no caminho do amor e devoção, o raja iogue e o hatha iogue estão no caminho de autocontrole e o jnana iogue está no caminho da sabedoria e reconhecimento.
Se olharmos para o conceito de Deus do ponto de vista mágico, de acordo com os quatro elementos, o assim chamado Tetragrammaton, o Impronunciável, o mais alto, então atribuímos aos quatro elementos o seguinte:

O princípio do Fogo Primordial: onipotência e energia incondicional.
O princípio do Ar Primordial: sabedoria, pureza e clareza; destes aspectos nasce a lei universal.
O princípio da Água Primordial: amor e vida eterna.
O princípio da Terra Primordial: onipresença, imortalidade e, consequentemente, eternidade.


Esses quatro aspectos juntos formam a mais alta divindade. Nós vamos entrar de maneira prática no caminho para o aspecto mais elevado desta divindade, mas passo a passo, começando com a esfera mais baixa para atingir intrinsecamente a verdadeira compreensão de Deus. Aquele que alcança o objetivo nesta vida pode ser considerado muito afortunado. Ninguém deveria medir esforços, porque cedo ou tarde, todos vamos chegar a este destino.

Asceticismo

Dos tempos imemoriais, todas as religiões, seitas, ideologias e sistemas educacionais, têm dado grande importância ao asceticismo. A exemplo de certos sistemas orientais, o asceticismo se tornou fanatismo, que causa grandes males em muitos casos. Quanto o asceticismo é levado ao extremo ele se torna não natural e fora da lei. A mortificação da carne em geral é tão unilateral, por exemplo, como se fôssemos desenvolver um lado do corpo humano em detrimento do outro. Caso o asceticismo sirva ao corpo humano na forma de uma dieta para eliminar as várias impurezas e inutilidades, ou para remover doenças e equilibrar desarmonias, então o uso de medidas ascéticas é justificável. Mas fique atento quando medidas extremas são aplicadas.
Seria tolice para alguém que faz um trabalho pesado privar seu corpo de substâncias que são absolutamente necessárias para preservação do seu corpo, simplesmente porque ele se ocupa com ioga ou misticismo em sua vida particular. Tais medidas extremas inevitavelmente levam a sérias consequências no que diz respeito à saúde do indivíduo.
A não ser que o vegetarianismo sirva a um propósito particular, como por exemplo, a desintoxicação ou purificação do corpo, não é absolutamente necessário para o espírito progredir e desenvolver a este ponto. Abstinência ocasional de carne ou comida de origem animais é somente recomendada para operações mágicas muito específicas e, ao mesmo tempo, como preparação, e só por um certo período de tempo. Abstinência sexual cai na mesma categoria.
A ideia de que comer carne de animais também causa a transferência das características animais é tola e vem de uma ideologia ignorante das leis primordiais completas e verdadeiras. O mago não presta atenção em tais noções. Para o desenvolvimento mágico-místico, o mago deve, entretanto, praticar moderação ao comer e beber e levar um estilo de vida sensato. Não se podem dar instruções exatas, porque o estilo de vida de cada mago é muito individual. Todos deveriam saber o que está de acordo ou não consigo mesmo e é seu dever sagrado manter o equilíbrio em todos os lugares. Existem três tipos de asceticismo:

(1) Asceticismo mental ou espiritual.
(2) Asceticismo psíquico ou astral.
(3) Asceticismo corporal ou material.

Disciplina de pensamento é uma incumbência do primeiro tipo. Enobrecimento da alma controlando paixões e anseios é incumbência do segundo tipo. A harmonia do corpo através de um estilo de vida moderado e natural é incumbência do terceiro tipo de asceticismo. Sem esses três tipos de asceticismo, uma ascensão mágica apropriada é impensável. Elas devem ser desenvolvidas simultaneamente ou paralelamente uma a outra. Nenhum desses três tipos pode ser negligenciado e nenhum deve ganhar prioridade frente ao outro. De outra forma, o desenvolvimento se tornará unilateral. O método de sucesso vai ser explicado na parte prática desse livro.
Antes de eu concluir a parte teórica desse livro, que explica princípios teóricos, eu apelo a todos que leiam toda a teoria em detalhes antes de prosseguir para a prática, porque ela deve se tornar propriedade espiritual de todos, através do pensamento intenso e meditação. De outra forma, o resultado será o fracasso. O aspirante a mago deve ater-se a reconhecer que o trabalho dos elementos nos vários planos e esferas determina vida. Você vai notar energias atuando e sendo efetivas em pequena e larga escala, no microcosmo e no macrocosmo, no temporal e no eterno. Disso você pode concluir que não há morte no sentido verdadeiro da palavra; ao invés disso, tudo continua a viver, transformando-se e aperfeiçoando-se de acordo com as leis primordiais. É por isso que o mago não teme a morte, já que a morte física é meramente uma transição para uma esfera mais sutil e mais vasta, o plano astral, e de lá para o plano espiritual, etc. O mago não acredita em céu ou inferno. Os padres, os clérigos e os pastores de várias religiões aderem a este conceito para manter os fiéis sob controle. Seus sermões aumentam o medo do inferno e purgatório e prometem o céu para seres humanos moralmente bons. Para a pessoa comum, na medida em que ele é inclinado à religião, essa noção tem seu lado bom, porque pelo menos ele se esforça para ser bom por medo do inferno.
Por outro lado, essas leis de moralidade servem ao mago para enobrecer a alma e o espírito. As energias universais só tem efeito em uma alma enobrecida, especialmente quando corpo, alma e espírito foram treinados para se desenvolver simultaneamente.

Para ler os prefáfios das primeiras edições alemãs, inéditos no Brasil, CLIQUE AQUI!

39 comentários:

Frabato, O Mago disse...

Esperamos que com esta obra finalmente Franz Bardon seja popularizado e reconhecido no Brasil. Muitas ordens iniciáticas não ensinam todo o conteúdo que está no livro Magia Prática. É uma oportunidade dos interessados no caminho do adepto percorrerem a senda oculta de forma segura! E ainda mais, sem as taxas, trimestralidades e cotações que servem unicamente para sustentar organizações ditas espiritualistas...

Anonymous disse...

Frabato, devo concordar com a sua opinião, dada ter sido esta a intenção do nobre mestre.

Porém, com o devido respeito, a mencionada tradução peca pela sua frieza.

Tenho a oportunidade de consultar Bardon em diversos idiomas, bem como na edição anterior, da Ground, e realmente, sinto-me entristecido com o resultado que ora vejo.

Preocupo-me, ainda, com o eventual resultado da tradução na parte prática da obra. Aqui é onde mora o perigo, bem ressaltado por Bardon em todo o seu material.

Saudações.

Marcia disse...

Simplesmente maravilhoso!
Grata
Marcia

Anonymous disse...

eu já tenho esse livro traduzido pro Portugues há muito tempo, com certeza ele não vai se popularizar,pois trata de magia e disciplinas herméticas, e não de , pagode.

Frabato, O Mago disse...

Neste particular, talvez se a EVF tivesse começado pelo livro 2: A Prática da Evocação Mágica, poderia conseguir uma penetração muito maior de leitores.

Anonymous disse...

estranho eu já possuo esta obra traduzida por completo,é so procurar na internet que vocÊs acham,

Anonymous disse...

Devo parabenizar a publicação.
Entretanto é preciso fazer um pequeno reparo, a capa mostra uma sacerdotiza com pentagrama e este livro não trata deste tipo de magia ou cultura ligada aos celtas.

O livro de Bardon é baseado na tradição egípcia que foi levada ao tibet quando o Egito decaiu. Trata-se de magia tibetana em essência, adaptada para ocidentais do século 20.

Obrigado pela publicação.

Eddie disse...

Caros amigos,

Sobre a capa, ela mostra uma pessoa, que poderia ser um homem, um velho ou uma mulher, com um manto, erguendo-o suavelemente diante dos olhos não vistos, numa alusão arquetípica dos mistérios desvelados. O pentagrama é uma alusão ao TETRAGRAMMATON, citado constantemente por Bardon em toda a obra, obra que trata especialmente dos cinco elementos e sua manipulação mágica. Logo, não tem nada a ver com wicca, celtas ou druidas, mas como estes também se utilizam do pentagrama, é um erro de julgamento bastante comum. Se uma pessoa olhar para esta capa sem saber quem é Bardon ou do que ele fala, saberá o essencial simplesmente vendo a capa: é um livro de revelação do oculto e equilíbrio dos elementos. O resto, só lendo.

Frabato, O Mago disse...

Todos que conhecem a Magia Cerimonial, a Magia-Teúrgica sabem que o manto com capuz e o pentagrama são símbolos profundamente herméticos ligados a Tradição Esotérica Ocidental e como bem disse EVF:"...não tem nada a ver com wicca, celtas ou druidas, mas como estes também se utilizam do pentagrama, é um erro de julgamento bastante comum."

Patrícia Balan disse...

Frabato, participei da tradução (sou a Astróloga do prefácio do livro)e vou me meter na conversa. Começar pelo número dois foi um troço muito retrógrado ao que o grupo que fez parte desse projeto sentiu. A vontade de fazer uma tradução "com pinça", catando o termo mais próximo do sentido da frase e respeitando todas as repetições foi muito forte. Esse livro assombrou a gente mesmo. O pessoal da revisão também passou a sonhar com os assuntos do livro. Perdemos a conta da quantidade de vezes que dissemos "Ahhhnnn, isso faz muito sentido!". Não sou Maga, tenho aqui minhas convicções, e tive mais uma prova de que todo conhecimento agrega valor. As lições de ética do livro e de compreensão do contexto em que vivemos - o próprio ponto de vista do Bardon - já me transformaram em outra pessoa. O que vier daqui para frente é lucro. Eu acho muito positivo que o livro seja um instrumento para popularizar o Bardon.
Nós aqui da Alcateia consideramos seus comentários como uma medalhinha na página, por isso eu gostaria que você não continuasse lendo daqui para frente.

Não leia! Olha! Não vale espiar!

Bom...

Eu fiz a proposta para a galera da Alcateia de apagar comentários de quem não tem blog, e-mail, nome ou qualquer forma de retorno para seus comentários. Anônimo não é gente, portanto não pode assumir o que fala e ocupa espaço desnecessariamente. Só que o pessoal não quer saber de nenhuma forma de censura.

Tá.

Mas entrar na página da crítica de um livro para dizer que é mais fácil ser um pobre de espírito e baixar Bardon da rede - comer caviar em marmita - é indigno de quem sabe escrever.
Tudo bem que não é o caso desses anônimos aí de cima, que leram Bardon, mas não entendem pontuação.

Não quer comprar, não compra. Volta pro site do BBB e deixa essa página para quem gosta de conhecimento disseminado. O outro diz que o livro não vai se popularizar pois não é pagode. Livro nenhum é... Deu pra entender uma ironia bem brega de que o conhecimento superior não pode atingir massas pobres e ignorantes (que nojo!), mas concorda que não tem nada mais burro do que essa atitude? Entrar nos comentários para convidar os outros visitantes a baixarem o troço pela internet?

Volta pro BBB e só volta aqui com um nome, uma cara e uma coragem - isso vai ser complicado, mas você pode pedir emprestado.

Até lá, se manda! Vai procurar o que fazer. Isso não são opiniões, são flatulências ortográficas - não prestam para nada!!

Frabato, eu falei para você não ler!

Ps: o Anônimo da magia tibetana vai ouvir também para aprender a ler Bardon com atenção. Se conhece o autor sabe que ele bate na tecla do bom senso e do conhecimento abrangente o tempo todo.

Frabato, O Mago disse...

Prezados, estive pensando o que ajudaria a realmente a proposta de Franz Bardon, uma iniciação ao hermetismo, atingir mais pessoas. Além do livro, seria interessante algo que ajudasse mais nas práticas, como dicas e esclarecimentos adicionais. Temos um exemplo no livro Um Companheiro no Estudo de Franz Bardon de Rawn Clark. Talvez o grupo publicando artigos por passos ou um guia de auxilio nas práticas do livro de Bardon.
P.S. Não se preocupem com as pessoas mesquinhas, elas sempre querem negar o que receberam aos demais. Mas não é esta a vontade da providência divina, tanto que constantemente o conhecimento iniciático é levado a mais e mais pessoas...
O Sol não nasce para todos? Não leva seus raios a todos os recantos da terra? Pois também a iniciação é para todos, bastando o desejo e vontade dos interessados nela!

Patrícia Balan disse...

Eu falei que era uma medalhinha!!! Quantas medalhinhas já ganhamos? Quatro medalhinhas!

Isso seria legal, mas vamos precisar seguir uns conselhos bardonianos para nos organizar e dar conta de tudo o que está rolando aqui. Se bem que, quando a Divina Providência resolve, não adianta. O troço acaba acontecendo mesmo que o notebook fique todo babado de tanto a gente dormir em cima dele.

Anonymous disse...

É evidente que o desenho da capa é uma mulher com um manto rosado juntamente a um símbolo do pentagrama, isso é uma alusão indireta a neo-druidistas e wiccanos, só não percebe quem não quer.
Só que a abordagem do livro é hermética e vínculada a magia indiana e tibetana, nada de fadinhas :P.

PS. O fato de alguém ser anônimo não tira a credibilidade dos argumentos, caso respeitosos, então deixemos de falácias.

Eddie disse...

Bom, como disse Bardon, que se tornou meu amigo pessoal me assombrando desde que começamos essa tradução, "o que não tem nome não existe". Isso posto... vou responder somente a quem existe e merece atenção.
Frabato, eu gostei muito da idéia e estou dentro. Já começarei essa semana a fazer matérias sobre o Bardon e sua obra, sobre magia hermética e tudo o mais. Claro que isso vai deixar muita gente descontente, mas, como sempre disse, eu só trabalho aqui e meu ofício está ligado justamente a levar belíssimas sinfonias para o público que muitas vezes, só tem acesso ao pagode. Se alguém já foi ao Teatro Municipal quando os preços são populares ou se lembra dos Concertos para a Juventude na Quinta da Boa Vista, lotados e silenciosos, saberá que coisas finas, sutis e belas podem ser valorizadas por todos, desde que se tornem disponíveis. Não é diferente com o conhecimento.
Quanto à Patrícia, bom, ela já disse tudo e eu não poderia dizer melhor.
E faço um convite aos bardonianos que quiserem promover o trabalho de Bardon e fazer artigos ou espalhar os que publicarmos por aí. É só entrar em contato. Frabato, procurarei o livro que mencionaste. Parece ótimo!

Frabato, O Mago disse...

Bem, quem tiver interesse em conhecer o trabalho do Rawn Clark pode ver o seguinte link:

http://www.abardoncompanion.com/

Sobre o termo Bardonista (somos bardonistas?) veja abaixo extrato do wiki Franz Bardon:
Bardonista (Bardonist em inglês) é termo cunhado por Paul Allen e depois utilizado em larga escala por Rawn Clark, definindo um praticante, estudante ou proponente das obras do adepto tcheco Franz Bardon.

Anonymous disse...

Frabato, o pessoal está bravo com você por não ter citado o trabalho do A.A. do site bardonista, que só tem as propagandas do google para custear seu blog:

http://www.bardonista.com/

Cristiano Nunes disse...

Ola. gostaria de dar minha opinião nessa tão polemica situação, percebo que algumas pessoas se fecham tanto que invertem completamente os valores que eles mesmos tentam esclarecer, ifelismente essas pessoas, "invertidas" não tem sequer a coragem de colocar uma identificação, pois demonstraria tbm respeito ao que ela mesmo prega. não conheço Bardon, fico feliz que pessoas como Eddie e a Patricia, fazerem parte da minha vida, muita coisa aprendi lendo seus livros, e discutindo com meus amigos, sou eu "EddieVanFista" por tudo que ela representa e tenho certeza que esse livro será mais um grande sucesso por que ele carregado de amor, de prazer em compartilhar algo que todos deveriam ter: CONHECIMENTO. Já vivemos num país onde a educação é dificil (sou professor), e perceber que ainda existe pessoas que tentam emperrar o crescimento de tantas outra por preconceito ou por puro egoísmo, com certeza não está no caminho da magia.


PS: concordo plenamente com a Patricia! falou tudo!!!! uhu

Wilson disse...

Olá à todos !

Recentemente fiz alguns comentários no blog da Alcatéia, apresentando(por minha própria conta) os motivos para o ranço por parte de vários estudantes quanto à esta nova tradução do trabalho de Bardon. Bem, estou aqui para desculpar-me publicamente com a Eddie e a Patrícia, e adicionar mais uma medalhinha(como a Patrícia disse) nesta página, pelo pouco que pude observar, estão de parabéns neste trabalho.
Estou de pleno acordo com a idéia de Frabato, de publicar artigos que sirvam de guias aos estudantes de Bardon.
NAMASTÊ !

Wilson

Cinthia disse...

Eu estou muito animada em ter a possibilidade de agregar conhecimento, que é o mais importante na minha opinião, seja em um livro da Eddie(que particularmente eu acompanho/leio/estudo a 8 anos) ou me outras fontes. Acho muito egoísta provar as pessoas do conhecimento, cada um deve ter a opção de saber que aquele conhecimento esta disponível e escolher se quer se aprofundar ou não.
Todos estão de parabéns na elaboração e concretização desde idéia!!

F. Ledoc disse...

Não percebi a (desnecessária) ojeriza aos anônimos. A partir do momento que há um pensamento coerente, penso que este deva ser devidamente respeitado e, conforme o caso, respondido, afinal, não é apenas de elogios que o mundo vive.

Diante disto, tomo a liberdade de repostar os meus comentários:

Uma tradução extremamente fria, para um texto sobremaneira humano e tocante.

Quem se presta a falar sobre Bardon deve saber não apenas sobre o que está a falar, mas também sobre quem.

Afinal, o espírito da sua obra traz algo além de letras e frases no azo de se encontrar um resultado: ele infla o coração do Adepto para que ele sinta tal resultado desde os seus primeiros passos.

Minha conclusão decorre da leitura não apenas da boa tradução anterior, da Ed. Ground, mas também da obra em diversos outros idiomas.

Enfim, se tenho esta sensação já na parte teórica, posso imaginar o teor do livro na parte prática.

Que a D.P. perdoe este ato que, ao meu ver, foge de qualquer intenção de pura e simplesmente divulgar a obra.

Quanto à divulgar a obra de Bardon, importa destacar o excelente trabalho feito por A.A. em seu blog www.bardonista.com . Ninguém melhor do que alguém realmente imbuído em divulgar o Mestre para dele falar.

Na continuidade, coloquei o seguinte:

E.V.F., perdão, mas a capa nitidamente aponta para uma mulher jovem (basta ver o desenho da mão, os traços da boca e o colo...)... Há um simbolismo wiccano embuído nela o que decorre, por óbvio, da sua própria história, totalmente dedicada à Wicca.

Diante também disto, é natural que os estudantes sérios de Bardon, e que já se encontram no caminho há tempos, se sintam, no mínimo, preocupados, já que a obra do Mestre não foi dedicada a modismos.

Logo, é impossível concordar de que a capa simboliza "um homem, um velho ou uma mulher"...

Eddie disse...

Wilson, você aqueceu meu coração e eu lhe agradeço profundamente por isso. Vamos, sim, divulgar o Bardon para quem desejar ampliar seus horizontes.

Respondendo ao FL, a proposta de Bardon era disponibilizar um conhecimento que até então era totalmente secreto. Quanto mais popular ele for, melhor!
Quanto à capa, deixe-me explicar novamente que se eu quisesse dizer que a pessoa da capa É um homem, velho ou mulher, eu diria que ela PODE ser um homem, um velho ou uma mulher. Eu disse que PODERIA ser, porque ficou à critério da ilustradora e sua intuição e, sinceramente, para nós tanto fazia ser um homem, um velho, uma mulher, ou quem quer que fosse, desde que mostrasse o manto, o ato de erguê-lo e o pentagrama. Se alguns quiserem ver isso como símbolo único e exclusivo da wicca, é porque de fato nunca leram Bardon na vida. Mas é sempre tempo de começar! Temos uma ótima versão disponível no www.linhastortas.com!!!
Quanto à crítica da tradução fria, só lamento, mas o papel do tradutor não é reescrever, mas dar uma versão o mais aproximada possível do que o autor quis dizer, incluindo sua linguagem. O tradutor deve ser INVISÍVEL, para que o autor se sobressaia. Não sei que outras versões nosso amigo linguista leu, até porque ele não disse, mas só posso falar pela versão que chegou às minhas mãos. Sim, a linguagem do Bardon é assim. Reclamem com ele. A versão da Ground traz erros, como traduzir "temptation" como "tentativa", erros de interpretação (no original diz "faça isso", na tradução está "não faça isso") e cortes diversos. Mas pra quem gosta, sempre vale a "temptation" e algo de bom sempre se extrai. Considerando o erro na interpretação da capa, o erro na interpretação da minha própria explicação e o erro de julgamento em considerar a tradução anterior perfeita, não é surpresa nenhuma encontrar mais um erro por parte dessas pessoas. Mas não se preocupem. Mesmo os erros nos ajudam a crescer. Só demora mais um pouco...

P.S.: Para quem está preocupado com o futuro do livro ou a divulgação de Bardon, o livro, lançado na XVIII Convenção de Bruxas e Magos de Paranapiacaba, esgotou ANTES do lançamento. Foi o primeiro lançamento que fiz sem livro. As pessoas compraram virtualmente e a LT está enviando até agora para as casas das pessoas. E ele continua vendendo rapidamente, antes mesmo da divulgação ter sido lançada, então tudo indica que chegou o momento desses ensinamentos irem para o mundo. E vamos voar!

P.S.: Não, não estou nem um pouco preocupada. Ninguém aqui está. O trabalho foi feito. O resto é consequência.

Φίλιππος disse...

Realmente, a capa do livro de primeiro momento EM NADA se aplica ao conteúdo tratado pelo livro. É evidente marcas de leitura pagã/wicca. Agora sobre popularizar Bardon eu acho uma ideia totalmente esdrúxula e desconexa. Práticas herméticas requerem determinação, vontade, persistência, ANOS praticando, estudando, praticando, estudando, estudando e praticando. Esperamos que essa "popularização" não leve, infelizmente, ao que a Wicca hoje em dia tem vivido. Centenas de jovens brincando de bruxinhos e bruxinhas achando que Harry Potter existe e saem por aí se autoproclamando wiccanos. Independente da linhagem ou religião que se siga tudo necessita de um estudo aprofundando do assunto e muito tempo de prática. Enfim, sinceramente, grande parte dos magos e ocultistas não ficaram contente com esta publicação.

93/ 93 93

Djaysel Pessôa disse...

É muito nobre a atitude de traduzir um livro de tamanha importância. Tanto para ocultistas como para wiccanos, místicos, etc... que agora tem em mãos algo que vai além da magia natural, e com práticas, não só teoria. Isso é um trabalho realmente louvável e que deve exigir da pessoa muito.
Contudo... concordo com o anônimo que se indentificou posteriormente que a capa deixa a desejar. Isso não é uma crítica absurda só pra denegrir os trabalho de vcs, muito pelo contrário... eu mesmo já deixei de comprar livros por conter capas que faziam alusão que me desagradavam... por exemplo, comprei um de Eliphas pela editora pensamento, mas não comprei o mesmo pela madras... pelo exagero da capa... Sendo assim, se eu não soubesse nada a respeito, e já não tivesse o mesmo por outra editora eu com toda certeza pensaria duas vezes antes de comprar...

Concordo que quem ver capa não vê conteúdo, mas isso é coisa do passado... o trabalho gráfico de uma obra é tão importante quanto, principalmente para a editora que visa lucro, antes de mais nada...

Já me arrependi deveras por ter avaliado livros pela capa, um mesmo que fiz isso foi por causa do nome... "Magia branca;Magia negra"... por sinal ridículo... mas quando li até que gostei... uma coisa 'Eliphaniana' mais digerida... valeu a pena...

Agora quando sai o segundo livro? isso sim me interessa mais... já que vcs conseguiram os direitos fica a cargo de vcs a tradução dos demais não é?!

abraços e parabéns....


S.O.Q.C.

Frabato, O Mago disse...

Tenho lido vários comentários e muitas críticas, inclusive bem agressivas. Mas o preconceito supera a sobriedade. Sabemos reconhecer críticas imparciais e sóbrias que ajudam a corrigir possíveis erros. Não é em vão que o ditado popular italiano reza: Traduttore, Traditore!!!
Francês, a parcialidade é tamanha que se atribui a A.A. um excelente trabalho de divulgação e tradução. Porém, tem sérias limitações suas traduções, inclusive ele mesmo reconhece este fato. E conforme li na comunidade do orkut pelo nosso amigo Bardonista:
"Não tenho a sua proficiência em francês, mas comparando a tradução da ground, com a espanhola da Mirach e a inglesa da Merkur não encontrei o calor humano que falas. Bardon sempre foi simples e direto, não é literatura e nunca será." Link para comunidade: http://goo.gl/Fk2c7

Patrícia Balan disse...

Agradecimentos aos sóbrios que têm alguma coisa que preste para falar e para quem, pelo menos, dá um endereço de volta para sua crítica - no sentido de análise. Também não acredito em elogio Anônimo.
Wilson, gentileza gera gentileza, então muito obrigado. Foi um trabalho e-noooorr-me e o reconhecimento aquece o coração.
Ao pessoal que está com fome do segundo livro, façam o favor de ler este saboreando, curtindo, analisando bem o conteúdo. Eu não quero enfrentar outro pepino gigante igual a esse até o ano que vem.
Uma tradução não se faz com uma cabeça só, com um ponto de vista só. É preciso ter um bom conhecimento do idioma de origem e do idioma de chegada. É preciso não se apaixonar. É preciso restaurar a ideia principal do autor da maneira mais clara.
Eu até pediria perdões pela frieza que foi atribuída à obra, mas não vai rolar porque tenho certeza que o Bardon não falava igual à Hebe.
Não é um livro para se ler de uma vez, do início ao fim. Quem não colocar o livro de lado de vez em quando para ficar com a boca escancarada olhando para o teto não está lendo o livro direito.
Sobre a capa devo dizer honestamente que ela cumpre o papel que eu, particularmente, esperava dela - proteger o miolo. Pode ser que ela espante alguns magos que têm horror ao pensamento wicca e que não conhecem Franz Bardon. Ótimo: já limamos os ignorantes e preconceituosos. Pode ser que ela espante os magos que odeiam wicca e conhecem Bardon. Ótimo: quem leu Bardon em mil e quinhentos idiomas não precisa ler em português só para ficar catando piolho e berrando pelos piolhos que NÃO ACHOU! Pode ser que espante quem não quer saber de uma mulher usando capuz. Ótimo! Simplesmente ótimo.
...
Ah! Esse cara não entrou na livraria pra comprar nada! Ele deve estar procurando defeito em tudo o que é capa!

MAS pode ser que este livro não assuste wiccas que acham que fazer magia é que nem fazer bolo. Pode ser que ele não assuste gente que acha que passa a perna na Divina Providência dando uma volta e três pulinhos para conseguir o que quer e manipular o outro de longe - da maneira mais covarde possível. Pode ser que este livro atraia quem acha que ser mago é ser o número UM.

Se bem que é mesmo - se você conseguir excelência no que faz, você consegue ser o número um - numa escala que vai de ZERO a VINTE E UM!!! Tomara que esse livro atraia um monte de gente que entenda que, seja qual for a filosofia, religião, time de futebol e programa favorito, pelo menos até chegar ao dezoito, dezenove - Até passar pelo treze! Pronto! - aqui nesse plano é todo mundo igual.

Um fraterno rodar de baiana a todos.

Professor Pardal disse...

Eddie, você já conseguiu atingir que grau desta obra, Caminho do Adepto? Quanto tempo levou?
Abraços

Eddie disse...

Professor Pardal, fui até o passo cinco, mas a partir daí, fiz diversos exercícios que me foram passados por outras fontes e que estão espalhados pelo livro. Mesmo por outras fontes, nunca fiz nenhum exercício do passo sete e do passo dez. Levei cerca de dez anos pra chegar ao passo cinco, mas se tivesse que voltar a fazer os exercícios, começaria do passo 1, e faria tudo de novo. Estudo outras tradições, tenho outras fontes e gosto de aprender. É uma jornada fantástica essa em que podemos aprender sem preconceito. Que época maravilhosa esta!

Patrícia, como eu queria ter sua verve!!! Não tenho como falar melhor que ela, mas vou falar o que já queria dizer antes. Escrevo sobre magia há muito tempo e aprendi uma coisa. Nem todo conhecimento é pra todo mundo. Isso não quer dizer que o conhecimento deva ser sonegado, trancado numa gaveta, dentro de um armário, dentro de uma sala, dentro de um tempo, cercado de gente armada por todos os lados. O conhecimento deve estar disponível para aqueles que estiverem prontos para ele. Isso me deu a humildade de entender que alguns livros meus não alcançariam todo mundo. Talvez, alcançassem poucos. Para minha surpresa, meus livros alcançam milhares de pessoas no Brasil e fora dele. Por que seria diferente com Bardon?
Se o conhecimento dele tiver que chegar a alguém, chegará! Se a pessoa não estiver pronta, ela encontrará defeitos na capa, na tradução, nas tradutoras, na loja, no preço, no autor ou onde quer que seja. De qualquer forma, essa pessoa não está preparada para este conhecimento. Talvez ela o encontre de outras maneiras, em outras fontes, em outra época. Temos que respeitar o ritmo de cada um. Mas quanto ela estiver pronta, o conhecimento estará lá, e é isso que importa.
E é por isso que também acho muito tolo e muito egóico quando alguém se diz preocupado com a popularização de um conhecimento. Essa pessoa se acha realmente mais sábia que a Divindade. Se um conhecimento está acessível, é porque há uma permissão. Quem somos nós para julgar quem é merecedor desse conhecimento ou não? Nossa missão é disponibilizar esse conhecimento e é essa a missão de Bardon também. Então, queridos irmãos, repensem seus preconceitos, repensem suas limitações. E releiam o Bardon, pelo amor de Deus, pois ele fala isso tudo nesse mesmo livro que vocês estão tacando pedra!!! Sinceramente, pelo que li de alguns aqui, eu duvido muito que essas pessoas realmente tenham lido Bardon. E se leram, não entederam patavina...

Anonymous disse...

Bom trabalho da Van Feu, gostei bastante, já tenho a versão antiga, mas vou comprar essa também.

Complementando, o trabalho da Eddie Van Feu é bem intencionado e gostei das traduções dela para esse capítulo. Ela não tem pretensão de ser a supra suma das magas e faz bem da maneira que pode e com esforço.

E que inveja o Frabato-AEC-Bardonista tem do A.A chega a ser cômico, o diabinho expulso de todas as ordens que passou com inveja de um garoto bem intencionado. Já não bastava as difamações do orkut huahuauhua

No século 21 não cabe mais o ranço antigo de ordens fechadas, ou que tem que ser homem, velho e iniciado para praticar magia.

Tem muita garota simples por aí com mais sensibilidade e profundidade que muito iniciadão. O livro está aí para todos, quero ver praticarem hein.
Concordo com a opinião da Patrícia Balan, e mais, acho que uma mulher usando capuz, sem capuz, de preto, pelada, que seja... ela vai conseguir bons resultados se dedicando aos exercícios pois o livro não tem dogmas nem preconceitos nesse sentido.

Meu nome é Reinaldo Azevedo, FLoripa, sei que vocês pediram para postar com perfil, prometo que vou fazer uma conta logo, estou apressado no intervalo de almoço.
Abraços e vamos praticar com amizade e respeito.

Professor Pardal disse...

Eddie, obrigado pela resposta. Porém, lendo seus outros posts, ainda fiquei com um dúvida. Você cita que "A versão da Ground traz erros, como traduzir "temptation" como "tentativa", erros de interpretação (no original diz "faça isso", na tradução está "não faça isso"..." Você poderia dar algum exemplo sobre esse erro de interpretação "no original diz "faça isso", na tradução está "não faça isso" pois tenho um exemplar do livro publicado pela Ground e fiquei com muitas dúvidas agora.
Abraços

lichhhh disse...

Eddie você também vai públicar , na china e India, paises latinos, assim como fez no Brasil,, ?

silvana disse...

Estou lendo.....maravilhoso parabens!!!!!!
Silvana Vieira

Stela disse...

Parabéns Eddie pelo trabalho. E para quem conhece a frase, desfrute-a e para quem não conhece, procure conhecer.
"Ninguém chuta um cão morto!!!"
Nos encontramos em Extrema.
Grata.
Namastê.

Frabato, O Mago disse...

Anônimo - Reinaldo Azevedo, apenas uma correção, em 9 eu fui expulso, mas em 3 eu pedi para sair!
:-)

Anonymous disse...

Reinaldo M.A, tão anônimo quanto Frabato com uma fotinha do Bardon, 93 pfff...Se enganou de perfil e apagou o post uhauhauhuahua. Bem, misturar bardon rosacruz e thelema(indica goetia para iniciantes...) é indigestão certa hahaha.

Van Feu, quanto tempo levou pra chegar no grau 5 ? Pergunto isso porque tive uma experiência parecida com a que você falou.

Fazia os exercícios sem muita ordem, levei uns anos fazendo e cheguei ao grau 5, mas empaquei no akasha faz 1 ano.
Tenho facilidade de infância com projeção astral e alguma clarividência, e desenvolvi um pouco no espiritismo na adolescência. O grau 7 e a projeção astral já vieram comigo.

Penso que esse livro não é uma bíblia pois assim como nós deve ter gente com facilidade inata para algumas habilidades, sem ter feito os exercícios, ele é só um farol.

E talvez de para conciliar esse sistema com outras práticas não é ? Manter algumas práticas mágicas mais concretas ao ar livre, com outras pessoas junto. Gosto muito de ir ao campo e projetar a consciência em árvores, ao ar livre mina clarividência aumenta muito.

EVF, gostaria que comentasse suas experiências sobre o sistema se quiser, afinal isso é motivador para todos, principalmente quem começa. Não pensa em montar um espaço para confraternizar e comentarmos experiências ?

Abraços.

Tiago Simão disse...

EVF E Patrícia.

O que move toda essa discussão sobre a capa do livro e seu conteúdo acontece não somente aqui, mas em em vários sites/blogs de "ocultismo".

Comprei a edição editada por vocês, o correio ainda não me entregou por isso não posso falar sobre seu conteúdo, mas deixo uma dúvida de vários, será editado os outros 2 livros de Bardon?

Caso seja interessante para vocês, faço parte do Mayhem, um fórum fechado para discussão geral de Hermetismo, lá se encontra um grupo dedicado á Bardon entre vários outros, a citar: Papus, Eliphas Levi, Crowley e etc.

Existe um tópico lá sobre o livro de vocês, deixo um convite para participarem do Mayhem, lá não existem "Trolls", apenas pessoas que estudam diversos sistemas de magia que gostam de conversar.

Att.
Tiago Simão

Anonymous disse...

Caro Tiago, fiz parte do Mayhen por 1 ano e depois saí, achei que tinha pouca interação, principalmente da galera da minha região que nunca se encontrava.
Tinha uma comunidade legal do Bardon por lá, mas tava totalmente parada. Como é que tá a coisa agora ?

RMA.

Eddie disse...

Olá, Tiago Simão! Será um prazer participar do fórum, embora, sinceramente, eu não seja muito boa com a Internet. Gosto muito de Papus, Guaita e Eliphas Levi, embora não seja nem um pouco fã do Crowley, mas adoro a idéia de conhecer cada vez mais este universo.
Fico feliz em saber que tanta gente está interessada em magia hermética e eu adoraria compartilhar minhas experiências, mas nesse momento, minha vida está tão maluca que não tenho como fazer isso. Assim que as coisas derem uma tranquilizada no trabalho, farei isso, OK?
Quanto a publicar na China e na Índia, imagino que tenha sido alguma piada... Então rirei por aqui. Beijos a todos!

Eddie

Frabato, O Mago disse...

Gostaria de deixar outra sugestão: Aproveitar a Estante Virtual para comercializar os livros, pois atinge um grande número de leitores.
http://www.estantevirtual.com.br/

Anonymous disse...

leiam meisshu sama