quarta-feira, 22 de junho de 2011

O FIM DA ERA RICHARD DONNER


Por Renato Rodrigues
O canal da Warner aqui do Brasil já levou ao ar o episódio final de Smallville, série que contava a juventude de Clark Kent, o Peter Pan de Krypton. E, mesmo sendo motivo de gozação de muitos, ela serviu para manter o interesse pelo Superman ativo para toda uma geração (Foram 10 anos no ar!!! Teve gente que cresceu vendo isso!). Mas sua alardeada última temporada também marcou o FIM de uma prolífera era iniciada em 1978 por Richard Donner e pelos irmãos Salking com Superman – O filme.

Superman realiza o sonho da casa própria. Herdou do pai!

Toda a mitologia iniciada por eles em 78 foi adotada nos outros 5 filmes posteriores (estou contando com Supergirl de 1984 e Superman – O retorno de 2006 nesta matemática). O visual de Krypton e da Fortaleza da Solidão, os uniformes, a trilha sonora mais “super” da história do cinema e o insuperável carisma da figura de Christopher Reeve formaram bases tão sólidas que atravessaram intactas pelos coloridos anos 80, pelos dark anos 90, pelos tecnológicos anos 2000 e chegaram até o episódio final de Smallville tão modernos quanto começaram.

Sobreviveram até a Richard Pryor, Bryan Singer e ao Homem Nuclear!!!

Ainda inspiraram fortemente as séries de TV Superboy (de 1989, também produzida pelos Salking) e a moderna Smallville que se despediu em grande estilo com o herói vestindo a roupa e voando ao som de John Willians (isso não é spoiler, TODOS sabiam que terminaria assim e se não terminasse eu ia xingar muito no twitter!).

Até os quadrinhos se renderam (tardiamente) aos conceitos do diretor. Primeiro quando o chamaram para roteirizar um arco de histórias para a revista Action Comics e depois quando Geoff Johns recontou (mais uma vez) a origem do herói com influência direta nos filmes (incluindo as feições de Chris Reeve).

"Origem Secreta" trouxe a arte de Gary Frank que mandou na lata estampando o Christopher Reeve e outros conceitos tanto dos filmes quanto de Smallville.
Superman – O Retorno de Bryan Singer bebeu da fonte de Richard Donner. Mas bebeu demais, e quem bebe demais faz merda! O filme foi alvo de muitas críticas desde a estreia e a cada ano mais gente aparece para jogar pedras verdes no filme. Como me disse uma vez o Ricky Nobre, “O filme parece que vai piorando um pouco mais a cada vez que a gente assiste!”. E eu concordo com tristeza. O Retorno deu de tudo menos retorno (desculpe!) financeiro para os padrões da Warner que depois de muito blá-blá-blá assumiu que não continuaria o filme (nem com Bryan Singer nem sem Bryan Singer) e oficilializou um reboot da franquia de Superman nos cinemas.

Sensível demais? Com pouca ação? O que matou o filme foi ter CHUPADO o roteiro do Superman I
Agora sim chegamos ao assunto do título. Para o bem ou para o mal, é o fim da era Donner. É a hora de dizer adeus a Krypton de cristal, Marlon Brando como Jor-el, Lex Luthor (a maior mente criminosa de nosso tempo!) e seus planos imobiliários (pelo menos isso será bom!), ao visual da Fortaleza da Solidão e, principalmente, ao tema de John Willians.

Smallville bebeu um pouco nesta fonte (com muito mais moderação do que o filme de 2006) e não faltaram homenagens e citações como a emocionante participação de Christopher Reeve e as presenças de Maggot Kidder, Helen Slater e Terence Stamp (como a voz de Jor-el) encerrando com chave de ouro a era Richard Donner.

A Fortaleza da Solidão de Smallville fez a gente se sentir em casa.
Agora sob a batuta de Zack Snyder (com produção de Christopher Nolan, amém), Man of Stell chegará em 2012 aos cinemas com a responsabilidade de apresentar um NOVO Superman para uma nova platéia. Gente que não quer ver um casal voando pelos céus de Metrópolis ao som de Can you read my mind? e nem ver um repórter tímido tropeçando nos próprios pés pela redação.


A DC já deu uma pista sobre como será o visual do herói ao reformular seu uniforme nos quadrinhos. Não é a cara do padrão que o Zac Snyder usou em Watchmen?
Longa vida ao novo homem de aço! E boa sorte ao nos fazer continuar acreditando que um homem pode voar!

6 comentários:

Ricky Nobre disse...

Excelente, Renato. Tô cheio de medo do Snyder, mas uma hora esse momento ia ter que chegar. Agora é ter fé e torcer pra ele NÂO chamar Tyler Bates, seu compositor habitual, pois até processo de plágio o cara respondeu. Minha esperança é James Newton Howard, que já fez vários filmes com o produtor Nolan e até um com o próprio Snyder (A Lenda do Guardião, o únio sem o Bates).

Pelo menos o elenco, até agora, eu tô adorando.

Ricky Nobre disse...

Esqueçam o que eu escrevi acima. ACABEI de ouvir a trilha de James Newton Howard para Lanterna Verde e ela é imensamente medíocre. Nem parece um compositor que começou a carreira na década de 80, uma época em que as trilhas ainda tinham temas e os temas, melodias...

Nanael Soubaim disse...

Obrigado por poupar-me as palavras, Ricky, especialmente na última oração.

Eddie disse...

Eu me sinto entre dois mundos. Gosto de coisas novas, mas me irrito ao ver coisas mal refeitas. Não consigo imaginar Superhomem sem a música. Mal consigo imaginá-lo sem Christopher Reeve. Mas aceito a ideia de que as novas gerações merecem suas próprias versões (teoria do Stan Lee). Então, estarei lá no cinema, vendo como o Homem de Aço virá em sua nova encarnação ("Melhor. Mais rápido. Mais forte..."). Só espero que arrumem um vilão à altura com plano decente. Chega de planos de dominação mundial através do mercado de imóveis! Será que o Sbyder não poderia tomar um cafezinho com o Michael Bay?

Renato Rodrigues disse...

Se esses dois farofeiros se juntarem vão explodir o mundo inteiro em câmera lenta e em 3-D!!!

FRANK JOSEPH disse...

Se Zack Snyder usar esse tipo de uniforme no super. vão repensar se Brandon Routh era tão ruim assim.