quarta-feira, 5 de abril de 2017

ESTREIA AMANHÃ DOLORES: UMA MULHER, DOIS AMORES

Para quem tem um gosto refinado e mente aberta para obras fora do mainstream tradicional, é uma boa dica assistir DOLORES, um filme de Juan Dickinson que mistura Brasil e Argentina em sua produção. É também uma boa oportunidade para assistir a uma personagem feminina forte que se impõe em plena década de 40.

“Dolores”, que dá nome ao filme, é uma mulher de descendência escocesa que retorna à Argentina depois da morte de sua irmã para cuidar de seu sobrinho de oito anos, mas atraída também pelo amor platônico de seu cunhado Jack. Este amor tem como pano de fundo a Segunda Guerra Mundial, onde os ecos da guerra ficam cada vez mais próximos e a disputa global entre alemães e ingleses começa a se tornar pessoal, quando o descendente de alemães Octavio Brandt passa a seduzir Dolores que, longe de ser o inimigo, torna-se um amor inesperado para ela, que precisa decidir entre dois amores.

DOLORES - Trailer Versão brasileira from Valkyria Filmes on Vimeo.

BRASIL E ARGENTINA JUNTOS NAS TELAS

“Dolores” é uma coprodução Brasil/Argentina e estreia amanhã em circuito nacional. O filme, dirigido pelo argentino Juan Eduardo Dickinson, tem no elenco principal os atores brasileiros Roberto Birindelli e Jandir Ferrari e os atores argentinos Emilia Attias, Guillermo Pfening e Mara Bestelli. A coprodução foi realizada entre a produtora brasileira Angelisa Stein, da empresa Valkyria Filmes e pela produtora argentina Dar A Luz Cine, de Fernando Musa. O filme participou da Première Latina no Festival do Rio de 2016, com salas lotadas.



Em meio ao período que antecede a Segunda Guerra Mundial, no interior dos pampas argentino, Dolores (Emilia Attias) retorna da Escócia depois da morte de sua irmã Helen para cuidar de seu sobrinho Harry. Com a morte de Helen, seu marido Jack Hillary (Guillermo Pfening) mergulha em uma profunda depressão, tornando a fazenda Los Ombúes um lugar de luto e deterioração. Os Hillary, com a fazenda hipotecada, estão prestes a perdê-la. Porém, com a energia da recém-chegada Dolores, a negociação com o banco é retomada. A situação faz renascer um potencial conflito: um romance inacabado entre Dolores e seu cunhado Jack, que começa a ficar mais e mais atraído pela coragem e beleza de Dolores. Ao mesmo tempo, Dolores também conhece Octavio Brandt (Roberto Birindelli), um rico fazendeiro filho de alemães. Esta relação desperta o ciúme de Jack que, temendo a dor de outra perda, resolve alistar-se para lutar na Segunda Guerra Mundial. A rivalidade entre ingleses e alemães se torna pessoal e ao final da guerra uma nova realidade começa para todos.

As filmagens aconteceram entre janeiro e fevereiro de 2016. Para ambientar o filme nos anos 40, elegeu-se uma fazenda na grande Buenos Aires, em Lujan, que guarda os ares da época deste período. O figurino criado para "Dolores" foi desenvolvido por Pepe Uria, ganhador do prêmio da Associação de Críticos Argentinos pelo seu figurino para o filme Amapola, em 2015. Para a personagem principal Dolores, interpretada pela atriz Emillia Attias, Uria desenvolveu 20 figurinos para as cenas da área rural e da cidade, todas roupas inspiradas em filmes dos anos 40.




O elenco conta com o ator brasileiro Jandir Ferrari no papel de Virtuoso que trabalha na fazenda dos Hillary, com Mara Bestelli no papel de Florrie, com os atores mirins, os gêmeos Felipe e Mateo Flossdorf, interpretando Harry, filho de Jack na fase infantil, entre outros.

CONHEÇA O ELENCO

EMILIA ATTIAS - Atriz, cantora e bailarina argentina, Emilia Attias, tem muitos trabalhos de destaque no teatro, cinema e TV em seu país. No Brasil, seu trabalho pode ser visto atualmente na Netflix com a série "Cromo", de Pablo Fendrik, Lucia Puenzo e Nicolás Puenzo. Attias fez sua estreia como atriz em 2004, no telefilme “No Hay 2 sin 3”, no Canal 9. Em 2005, Miguel Angel Cherutti e Reina Reech a convidaram para fazer a espetáculo teatral “Inolvidable”, trabalho pelo qual ganhou o prêmio de Atriz Revelação. Emilia fez uma aparição especial em "Dancing with the Stars 6".




GUILLERMO PFENING - atuou em mais de 25 filmes argentinos e internacionais, entre eles “Nacido y Criado” de Pablo Trapero, “Wakolda” de Lucía Puenzo, “El resultado del Amor”, de Eliseo Subiela, “Paco” de Diego Rafecas, “El Vestido” de Paula de Luque, “Fontana” de Juan Bautista Stagnaro e “El último Verano de la Boyita” de Julia Solomonoff. “Il Richiamo” de Stefano Pasetto (Itália) e “Riobamba” de Kathie Sebah (França) e "Belgrano, o filme" de Sebastian Pivotto, “Atlântida” de Ines Barrionuevo, “El Patron” de Sebastian Shindler, “La Parte Ausente” de Galel Maidana, “Los Nadies” Nestor Sotello, “La Valija de Benavidez” de Laura Casabe.


ROBERTO BIRINDELLI - Bacharel em Arquitetura e Artes Cênicas, pesquisa desde 1991 a linguagem teatral e a presença cênica do performer. Estudou com LUME (Unicamp); Jacques Lecoq (Paris); Grupo POTLACH (Itália - Fara Sabina); Thomas Leabhart (Califórnia - USA); Philippe Gaulier; Yoshi Oida e Eugenio Barba (Dinamarca).



JANDIR FERRARI - Nascido em Presidente Prudente, interior de São Paulo, Jandir Ferrari começou a trabalhar em teatro no ano de 1983 com a peça “O Guarani”, de José de Alencar e direção de Carlos Wilson (Damião). A partir daí foram várias peças com direção do próprio Carlos Wilson e também Bernardo Jablonsky, Maria Clara Machado, João Bittencourt, Fernando Peixoto, Roberto Lage, Marcos Caruso, Luiz Artur Nunes, Guilherme Leme, Diogo Vilela, Paulo Biscaia entre outros. É um dos sócios da empresa Decinco Produções onde atuou como produtor em diversos eventos e festivais.



MARA BESTELLI - No teatro seus trabalhos mais recentes incluem “Según Roxy”, de Azul Lombardía. Teatro La Comedia en “Vigilia de Noche”, de Daniel Veronese no Teatro General San Martín, que lhe rendeu a indicação ao Prêmio ACE “Mejor Actriz Dramática 2016”.



DIRETOR JUAN DICKINSON

Estudou cinema na AFI (American Film Institute) e na Svenska Filminstitutet, é diretor dos longas argentinos “Destino Anunciado”, “Um Dia na Constituição”, “Partindo Átomos”, “Dolores”, além de vários documentários, entre eles “Quebrando o Ciclo”, realizado no Reino Unido, o argentino “Era una vez un tren” e “Ajishama”, realizado na Venezuela. Com a série de documentários “Os Habitantes da Terra de Graça”, “El Diablo de Cumaná”, “Pintor Campesino” e “El Rey del Bandolín” foi agraciado com mais de 20 prêmios em concursos municipais e nacionais da Venezuela, entre eles: Melhor Série, Melhor Direção, Melhor Filme e Melhor Documentário. Essa série de documentários também participou do Festival do Réel do Centro Pompidou de Paris, no Margaret Mead Festival em NY, recebendo Menção Honrosa no Festival de Leipzig.



TRILHA SONORA - LEO GANDELMAN

Leo Gandelman é um artista múltiplo, compositor e arranjador. Instrumentista versátil que vai do pop à música clássica com a mesma desenvoltura, Leo escreveu uma grande parte da história da MPB, participando de gravações antológicas de praticamente todos os grandes nomes da música brasileira. Foram participações em mais de 1000 CDs! Seu álbum “Solar” foi um marco na história da música brasileira, indicado para cinco categorias do Prêmio Sharp (atual Prêmio da Música Brasileira): disco, música, arranjo, instrumentista e produtor e chegou a vender mais de 100 mil cópias, um volume extraordinário para uma obra instrumental no Brasil, o que tornou Gandelman um artista pop. Com mais de 500 mil discos vendidos até hoje, 30 anos de carreira solo, Leo Gandelman é hoje um dos mais influentes músicos brasileiros, um ícone da nossa boa música. Leo Gandelman se dedica também a produção audiovisual, já tendo feito diversas trilhas para cinema e TV e é atualmente diretor artístico, roteirista e apresentador do programa “Vamos Tocar”, no canal BIS.

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