Poucos mitos ganharam tantas versões e releituras quando Rei Arthur e seus cavaleiros. Já tivemos versões mais realistas, mais joviais, mais mágicas e até mais feministas. De Marion Zimmer Bradley a série Camelot (injustamente cancelada na primeira temporada), de Excalibur de 1981 ao anime Rei Arthur, praticamente tudo já foi feito sobre Rei Arthur! Mas não foi o bastante! Nunca será! O encanto de Camelot e a jornada do herói em um dos mitos mais ricos de nossa história nunca terminará e dele nunca nos saciaremos.
Mindinho fugiu de Game of Thrones e foi tumultuar em outro lugar. |
Essa nova versão de Rei Arthur resolveu inovar e ignorar completamente a história original. Sinceramente, isso não me incomoda. Considero tão impossível fazer um bom filme de Rei Arthur tanto quanto de Os Três Mosqueteiros. São histórias novelescas, com muitos personagens e muitas coisas acontecendo ao longo de anos, e nada disso caberia em duas ou três horas. Então, tudo o que eu espero é uma boa e divertida história. E isso Rei Arthur: A Lenda da Espada deu!
Só eu estou surpresa em encontrar o David Beckham na Idade Média??? |
A história começa com o pai de Arthur (rei Uther) enfrentando inimigos mais fortes do que ele poderia vencer, deixando o pequeno Arthur sozinho. A partir daí, a vida de Arthur é resumida em um clipe de 40 segundos e nós o encontramos já galalau vivendo de trambiques. Como sempre, tem uma profecia que envolve a volta do jovem herdeiro ao trono desaparecido quando criança, e Arthur precisa decidir o que quer da vida. Por mais que seja mais fácil continuar sendo um picareta que bate até em vickings (!!!!), essa porta já se fechou.
Ele recebe ajuda da feiticeira Morgana, cuja magia remete ao antigo poder dos druidas de domínio dos animais e de assumir suas formas. Há também uma resistência ao déspota que também se junta ao herói relutante em sua jornada.
Charlie Hunnam faz o que pode, mas carece de tempero. |
THIS IS CAMELOT!!!! |
A música é vibrante, escandalosa e espaçosa, desenhando as lutas e movimentos da história. Os efeitos especiais das feras e monstros são muito bem feitos e a narrativa é extremamente ágil, o que pode atrapalhar os mais distraídos. O elenco é bom, com Jude Law como tio de Arthur, Eric Bana como pai, Dijimon Hounsou, Aidan Gillen e David Beckham (??!!). Astrid Berges-Fribey é Morgana (acho), em um dos poucos papéis femininos relevantes da história. Mas isso não me incomoda, porque é realmente um filme para meninos (e eu não tenho nada contra filmes para meninos).
Parente é f... |
Por incrível que pareça, a escolha mais fraca foi justamente para Arthur. Charles Hunnam, apesar de simpático, lembra um Thor descompensado, sem traço de nenhuma das qualidades que fizeram de Arthur um rei. Falta-lhe carisma e personalidade, o que é uma pena, porque ele acaba se destacando de maneira negativa do resto do elenco.
Astrid é muito bonitinha e uma ótima druidesa. |
Rei Arthur estreia nessa quinta-feira com muito soco, pontapé, espadada e parkur, com música celta ao fundo e fotografia bonita! Já peguei minha pipoca porque eu sou dessas.
Ficha Técnica:
ELENCO: Charlie Hunnam, Jude Law, Eric Bana, Annabelle Wallis, Djimon Hounsou, Eline Powell, David Beckham
ROTEIRO: Joby Harold, Guy Ritchie, Lionel Wigram
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Bruce Berman, David Dobkin, Jeff Kleeman
PRODUÇÃO: Guy Ritchie, Tory Tunnell, Lionel Wigram, Akiva Goldsman, Joby Harold
DIREÇÃO: Guy Ritchie
País: EUA
Gênero: Ação, aventura, vídeoclipe e paranauê
Duração: 126 min
Distribuição: Warner Bros.
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