quinta-feira, 6 de setembro de 2018

A FREIRA: UMA CRÔNICA DE TERROR E BELEZA

por Eddie Van Feu


Quando Invocação do Mal chegou às telas, ninguém sabia que ele estava abrindo um novo tipo de filme de terror. Assim como A Hora do Espanto inaugurou uma nova e próspera fase de terror adolescente com risadas, Invocação do Mal trouxe o terror com medo e beleza. O sucesso foi tanto que a história do casal exorcista Lorraine e Ed Warren ganhou continuação e spin offs. Depois de dois filmes da boneca medonha Anabelle, está em produção O Homem Torto e nos cinemas, A Freira, todas assombrações sinistras que saíram de Invocação do Mal para amedrontar uma audiência ainda maior.




A Freira prometia ser algo realmente assustador, mas depois de Anabelle 1 e 2, que apesar dos bons momentos de tensão carece da qualidade de sua matriz, eu não sabia muito bem o que esperar. Gatos pulando do armário? Mãos tocando o ombro do personagem enquanto o som aumenta e nos dá um susto para só então vermos que é um amigo perguntando se está tudo bem? Felizmente, esse não é o caso de A Freira.

A história se passa em 1958 em uma abadia nos confins da Romênia, onde um padre exorcista, uma noviça bonitinha e um francês bonitão vão parar. O lugar teve um suicídio de uma freira que precisa ser investigado e as coisas não vão ficando melhores conforme a investigação prossegue.

A fotografia do filme é linda e as cenas são assustadoras. O ambiente gótico da abadia, cercada por cruzes e lápides, e com criptas centenárias em seu salão de entrada dá o tom da história. Toda cena é um pedacinho de terror construído com cuidado. Basta se deixar mergulhar na tensão cada vez maior.




O elenco está ótimo e a semelhança da noviça Irene com a protagonista de Invocação, Lorraine Warren, nos leva a crer que são a mesma personagem em momentos diferentes da vida. Mas aparentemente, não foi a intenção. Ou foi, e mudaram de ideia depois. A semelhança das duas protagonistas é tanta que não é uma surpresa quando descobrimos que são irmãs. Thaíssa Farmiga (de American Horror Story) é a irmã mais nova de Vera Farmiga. Mas a beleza não é só da atriz, mas de todo o visual, mesmo das cenas mais aterrorizantes. E, seguindo a regra da franquia, sempre tem espaço para um pouco de humor.

Veja taambém o nosso Vlog no Chá das Cinco aqui:

O roteiro faz tudo para amarrar a história com o que já foi contado nos filmes anteriores, mantendo-se fiel ao universo, e isso é bom. A história do demônio em si é meio bobinha, e, talvez por isso mesmo, resumida em um flashback de alguns segundos.

Se você curte um bom filme de terror e aprecia a beleza de noites no cemitério e abadias assombradas, esse é o programa ideal pra você! E aproveite também a trilha maravilhosa de Abel Korzeniowski (de Animais Noturnos). Eu já quero ir de novo!




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