sexta-feira, 9 de março de 2018

ALGUMAS PALAVRAS SOBRE STAR TREK DISCOVERY.

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Por Carlos Tavares 
Como todo trekker que se preza, também estava contando os dias para a estreia de Discovery. Afinal, desde 2005, com o término abrupto de Enterprise, que ficamos órfãos de uma série de Star Trek na telinha.

Depois de tanto tempo, alguns medos acompanham a expectativa do novo que chega:
Será que vão fazer direito?
Vão respeitar a cronologia?


Pois é. A série estreou e o que vimos não correspondeu em nada o que conhecíamos de Jornada nas Estrelas. Iluminação diferente, pareando com o novo universo cinematográfico. Tecnologia fora da cronologia. Carisma de menos em todos os personagens e o que eu esperava foi jogado pro alto sim! 

Uma amiga me chama de “nerd maldito”, por me apegar a detalhes que algumas pessoas deixam pra lá, ou, nem reparam. 

Como por exemplo:
  • A Frota Estelar, nesta época, não utilizava o delta da Enterprise, como insígnia unificada. Isso só passou a acontecer depois das viagens do Capitão Kirk com seus incontáveis “Primeiros Contatos”. Os povos visitados passaram a associar o Delta como símbolo da Frota, e para evitar a confusão, o delta foi adotado como símbolo único de toda a Frota Estelar. Tal fato foi ignorado nos novos filmes e aconteceu o mesmo com Discovery.
  • Os Klingons não poderiam ter essa aparência já que na Série Clássica eles são bem parecidos conosco. Correto? Mais ou menos. Eu explico. O próprio Gene Rodenberry disse quando lançou A Nova Geração, que os Klingons sempre tiveram as testas de casco de tartaruga, mas na época da serie clássica, era impossível usar tais maquiagens. Que deveríamos visualizar os “klingons clássicos” desse jeito e pronto. Porem, na serie Enterprise, eles optaram por criar uma explicação para a diferença de aparência, e que ficou valendo até então. Aparentemente os produtores, roteiristas, ou que quer que seja, seguiram novamente a fórmula cinematográfica, e utilizaram os “klingons do Gene”. Talvez para não confundir os imbecis que fossem assistir, e que ficariam confusos com os klingons diferentes aqui e ali. 
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  • Tecnologia avançada demais para a época cronológica. Já que localizaram esta serie, 10 anos antes das viagens de Kirk e companhia, a tecnologia teria que ser mais avançada que a mostrada em Star Trek Enterprise, e menos que a mostrada na Série Clássica. Porem, novamente, isso não aconteceu. Para citar apenas um exemplo, (não vou nem falar do motor de esporos, pois a tal rede miscelial me lembrou demais a rede neural de Avatar, e tecnologicamente? Sem chance!) a tecnologia de comunicação holográfica, passou a ser cronologicamente usada apenas em Voyager!!! 

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Tudo bem Carlos, agora, e a história? O que você achou?
Eu achei um começo sem pé nem cabeça, onde os valores da Federação e da Frota não estão em lugar nenhum. Uma Corte Marcial justificada apenas pelo motim já que acusá-la de começar a guerra não fez sentido nenhum. 

Um festival de primeira pessoa, com eu isso, eu aquilo. O que se arrastou até o intervalo de novembro, no episódio 09, onde o problema com os klingons teve uma solução que foi a cara da série. 

Desânimo total para conferir o que vinha pela frente com a volta dos episódios, pois, nesse meio tempo, eu assistia outra serie: The Orville. Essa sim! Com todo o espírito e visual que faz nossa mente retornar ao módulo “futuro promissor”. Isso mesmo, uma série feita por um fã, inspirada em Star Trek, se tornou melhor que a própria série de Star Trek

Porem, Discovery estava de volta, e como dizem os Borgs: “resistir é inútil”, já que eu veria de qualquer jeito. Agora, em outro universo. O famoso universo espelho de mirror, mirror.

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E tudo mudou! O ritmo melhorou! As historias assumiram uma premissa interessante e com propósito. Consegui ignorar todas as falhas apontadas acima. Nem lembrei dado o novo e finalmente, agora sim, os ideais da Frota e da Federação. 

Muito tem que ser feito para essa série se enquadrar no padrão Jornada nas Estrelas de ser. Mas os primeiros passos foram dados, correções foram feitas. Um novo ritmo foi estabelecido. Agora é esperar o que a segunda temporada terá a nos oferecer, depois daquele final de arrancar os cabelos. 

Vida longa e Prospera
Ka ‘pla!

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Um comentário:

Nanael Soubaim disse...

Foi o que pensei... a erva de betazóide fez mal à produção.