Por Gabriel Maia
O
Hulk surgiu como um personagem de história em quadrinhos e passou por grandes
mudanças desde então.
Primeiro
ele só se transformava a noite, e depois passou a se transformar sempre que
ficava nervoso.
Apesar
do temperamento e mentalidade sua imagem sempre se dividiu entre a ameaça e o
herói.
Ele
começou a se popularizar através dos filmes antigos com Lou Ferrigno, fã e
competidor de Arnold Schwarzenegger no fisiculturismo e hoje é um dos heróis
mais conhecidos através dos filmes dos Vingadores.
Hoje ele é referência do pessoal da academia que quer ficar "monstro", pois o Hulk é uma figura composta por músculos que, quanto mais nervoso, mais forte fica. Ou seja, sua força é crescente, como a vontade dessa galera em crescer no físico.
Mas
o personagem era muito mais do que isso.
O
Hulk representa nosso lado obscuro, ele é a selvageria humana, nosso lado
irracional e poderoso que, sem o devido controle ou direcionamento, se torna
uma ameaça a todos e a nós mesmos. Mas não é que ele seja uma força que sai destruindo tudo, por muitas vezes a vontade dele é de ficar sozinho e se isolar. O Hulk somos cada um de nós que se irrita e quer um tempo para digerir essa raiva sozinhos.
A ideia remete ao livro “O médico e o
monstro”, onde o dr. Jekyll pesquisa uma forma de separar o bem e o mal no
homem, mas o que ele consegue é criar uma segunda personalidade chamada Mr.
Hyde. E por isso o Hulk, muitas vezes, é tido como uma personalidade diferente da de Bruce Banner. O gigante nada mais é do que o cientista transformado, mas de alguma forma sua mente acaba mudando com o corpo, gerando essa segunda persona, como alguém lutando para manter sua sanidade.
O
Hulk é um bom personagem por demonstrar isso, nosso lado selvagem e
descontrolado que surge a partir da raiva, nossa agressividade e fúria
desmedida, que podem ser bem direcionadas e trabalhadas para algo bom.
As
pessoas se acostumaram a ver o seu lado mal como algo muito ruim e que precisa
ser eliminado, mas eu vejo o lado mal como o contraponto do bom, algo que
equilibre a balança e, para mim, o equilíbrio é tudo. Nem todo bom e nem todo
mal.
O
Hulk é a ilustração do nosso lado destrutivo sendo usado corretamente. Podemos
ser ameaças ou heróis, depende de como usamos o que temos.
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